TRANSAÇÃO COM PARTE RELACIONADA COMO INSTRUMENTO DE FRAUDES CORPORATIVAS EM BANCOS BRASILEIROS

Autores

  • Júlio César Gomes Mendonça Universidade Federal de Goiás
  • Michele Rílany Rodrigues Machado Universidade Federal de Goiás
  • Ercilio Zanolla Universidade Federal de Goiás
  • José Alves Dantas Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.22561/cvr.v32i3.6831

Palavras-chave:

Transação com parte relacionada, Fraude corporativa, Propping, Tunneling

Resumo

Transações com partes relacionadas são transações que auditores, acionistas e acadêmicos temem que sejam utilizadas de maneira destoante do seu propósito econômico. A literatura considera transação com parte relacionada como uma proxy para a oportunidade de se cometer uma fraude. A fraude corporativa pode ser mais bem compreendida e analisada pelo triângulo de Cressey (1953). Este artigo tem por objetivo verificar se transações com partes relacionadas impactam na probabilidade de ocorrência de fraudes corporativas em instituições bancárias brasileiras de capital aberto. Para verificar a probabilidade da ocorrência de fraude foi estimada regressão logística com efeitos aleatórios, com dados de 24 bancos brasileiros de capital aberto, no período de 2010 ao segundo trimestre de 2019. Como principal resultado, verifica-se que transações com partes relacionadas aumentam a probabilidade de ocorrência de fraude corporativa, e o tipo de transação que se mostrou significante foi o propping. Conclui-se que transações passivas (propping) podem se dar de diversas maneiras ou motivos, mas não se deve considerar que todas as transações sejam realizadas para propósitos fraudulentos. O resultado do trabalho dá uma indicação de haver um aumento da probabilidade na ocorrência de fraude nas empresas estudadas. As preocupações dos auditores são válidas e o estudo contribui para pesquisas sobre a importância e o impacto das partes relacionadas nas entidades.

Biografia do Autor

Júlio César Gomes Mendonça , Universidade Federal de Goiás

Mestre em Ciências Contábeis - UFG.

Michele Rílany Rodrigues Machado, Universidade Federal de Goiás

Doutora em Administração – UNB, Professora da Universidade Federal de Goiás – FACE/UFG.

Ercilio Zanolla, Universidade Federal de Goiás

Doutor em Ciências Contábeis – UnB/UFPB/UFRN, Professor da Universidade Federal de Goiás - FACE/UFG.

José Alves Dantas, Universidade de Brasília (UnB)

Doutor em Ciências Contábeis, Professor da Universidade de Brasília (UnB).

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Publicado

2021-12-10

Como Citar

MENDONÇA , J. C. G. .; RODRIGUES MACHADO, M. R.; ZANOLLA, E.; DANTAS, J. A. TRANSAÇÃO COM PARTE RELACIONADA COMO INSTRUMENTO DE FRAUDES CORPORATIVAS EM BANCOS BRASILEIROS. Contabilidade Vista & Revista, [S. l.], v. 32, n. 3, p. 195–216, 2021. DOI: 10.22561/cvr.v32i3.6831. Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/6831. Acesso em: 25 abr. 2024.