ANTECEDENTES E CONSEQUENTES DA PROCRASTINAÇÃO DE DISCENTES EM DISCIPLINAS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Autores

  • Itzhak David Simão Kaveski FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
  • Ilse Maria Beuren Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC https://orcid.org/0000-0003-4007-6408

DOI:

https://doi.org/10.22561/cvr.v31i1.5271

Palavras-chave:

Procrastinação, Desvio de Conduta, Desempenho Acadêmico

Resumo

Este estudo objetiva verificar os fatores que levam discentes do curso de Ciências Contábeis ao comportamento procrastinador em disciplinas da área e sua influência na vida acadêmica. Pesquisa descritiva foi realizada a partir de um levantamento, tendo como amostra 225 alunos de três universidades, uma particular, uma comunitária e uma pública. Para testar as hipóteses utilizou-se a modelagem de equações estruturais. Os resultados da pesquisa sinalizaram que os antecedentes pessoais e situacionais levam os discentes a procrastinarem as tarefas de disciplinas da área do curso. Constatou-se também que há relação positiva entre a procrastinação e o desvio de conduta acadêmica. Além disso, identificou-se que há relação negativa entre procrastinação e desempenho acadêmico. Conclui-se com base nos resultados que os fatores pessoais e situacionais levam à procrastinação de discentes do curso de Ciências Contábeis em disciplinas da área. Além disso, que o comportamento procrastinador pode afetar tanto o desempenho acadêmico como o desvio de conduta, inclusive colocar em risco as notas das disciplinas e a perda do curso. Os resultados do estudo contribuem para que docentes e discentes reflitam sobre os resultados negativos da procrastinação no decorrer das disciplinas e para a elaboração de planos e estratégias pedagógicas que possam melhorar a trajetória acadêmica dos alunos.

Referências

Amaro, H.D., Semprebon, E., Junior, E.A.B., & Dezevecki, A.F. (2016). Influência da procrastinação acadêmica na autoavaliação de desempenho de acordo com o nível de autoeficácia do discente. Revista Universo Contábil, 12(4), 48-67. https://doi.org/10.4270/RUC.2016427

Carpenter, D.D., Harding, T.S., Finelli, C.J., Montgomery, S.M., & Passow, H.J. (2006). Engineering students' perceptions of and attitudes towards cheating. Journal of Engineering Education, 95(3), 181-194. https://doi.org/10.1002/j.2168-9830.2006.tb00891.x

Chu, A.H.C., & Choi, J.N. (2005). Rethinking procrastination: positive effects of" active" procrastination behavior on attitudes and performance. The Journal of Social Psychology, 145(3), 245-264. https://doi.org/10.3200/SOCP.145.3.245-264

Costa, M.D.S. (2007). Procrastinação, autorregulação e género (Dissertação de mestrado). Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Dewitte, S., & Schouwenburg, H.C. (2002). Procrastination, temptations, and incentives: The struggle between the present and the future in procrastinators and the punctual. European Journal of Personality, 16(6), 469-489. https://doi.org/10.1002/per.461

Ferrari, J.R., & Scher, S.J. (2000). Toward an understanding of academic and nonacademic tasks procrastinated by students: The use of daily logs. Psychology in the Schools, 37(4), 359-366. https://doi.org/10.1002/1520-6807(200007)37:4<367::AID-PITS7>3.0.CO;2-Y

Grunschel, C., Schwinger, M., Steinmayr, R., & Fries, S. (2016). Effects of using motivational regulation strategies on students' academic procrastination, academic performance, and well-being. Learning and Individual Differences, 49, 162-170. https://doi.org/10.1016/j.lindif.2016.06.008

Hair Jr., J.F., Hult, T.M., Ringle, C.M., & Sarstedt, M. (2017). A Primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). Los Angeles: Sage.

Kim, K.R., & Seo, E.H. (2015). The relationship between procrastination and academic performance: A meta-analysis. Personality and Individual Differences, 82, 26-33. https://doi.org/10.1016/j.paid.2015.02.038

Klein, H.A., Levenburg, N.M., McKendall, M., & Mothersell, W. (2007). Cheating during the college years: How do business school students compare?. Journal of Business Ethics, 72(2), 197-206. https://doi.org/10.1007/s10551-006-9165-7

Klingsieck, K.B., Grund, A., Schmid, S., & Fries, S. (2013). Why students procrastinate: A qualitative approach. Journal of College Student Development, 54(4), 397-412. https://doi.org/10.1353/csd.2013.0060

Medeiros, K.E.B., Antonelli, R.A., & Portulhak, H. (2019). Desempenho acadêmico, procrastinação e o uso de tecnologias de informação e comunicação: uma investigação com estudantes da área de negócios. Revista Gestão Organizacional, 12(1), 92-114. https://doi.org/10.22277/rgo.v14i1.4731

Milgram, N.A., Dangour, W., & Ravi, A. (1992). Situational and personal determinants of academic procrastination. The Journal of General Psychology, 119(2), 123-133. https://doi.org/10.1080/00221309.1992.9921166

Patrzek, J., Sattler, S., van Veen, F., Grunschel, C., & Fries, S. (2015). Investigating the effect of academic procrastination on the frequency and variety of academic misconduct: a panel study. Studies in Higher Education, 40(6), 1014-1029. https://doi.org/10.1080/03075079.2013.854765

Raash, M., & Silveira-Martins, E. (2016). Analise do posicionamento procrastinador como (falta de) estratégia para o desempenho acadêmico: uma pesquisa com estudantes de gestão. Revista Meta: Avaliação, 8(24), 463-487. https://doi.org/10.22347/2175-2753v8i24.1043

Ribeiro, F., Avelino, B.C., Colauto, R.D., & Nova, S.P.D.C.C. (2014). Comportamento procrastinador e desempenho acadêmico de estudantes do curso de ciências contábeis. Advances in Scientific and Applied Accounting, 7(3), 386-406. https://doi.org/10.14392/ASAA.2014070304

Ringle, C.M., Silva, D., & Bido, D.D.S. (2014). Modelagem de equações estruturais com utilização do SmartPLS. Revista Brasileira de Marketing, 13(2), 56-73. https://doi.org/10.5585/remark.v13i2.2717

Semprebon, E., Amaro, H.D., & Beuren, I.M. (2017). A influência da procrastinação no desempenho acadêmico e o papel moderador do senso de poder pessoal. Archivos Analíticos de Políticas Educativas, 25(25), 1-24. https://doi.org/10.14507/epaa.25.2545

Silva, D.J.M., Silva, M.A., Vilela, M.S.S., & Oliveira, R.M. (2016). Procrastinação e desempenho acadêmico: indícios por meio da análise de correspondência. Revista Mineira de Contabilidade, 17(3), 16-31.

Simkin, M.G., & McLeod, A. (2010). Why do college students cheat?. Journal of Business Ethics, 94(3), 441-453. https://doi.org/10.1007/s10551-009-0275-x

Steel, P., & Klingsieck, K.B. (2016). Academic procrastination: psychological antecedents revisited. Australian Psychologist, 51(1), 36-46. https://doi.org/10.1111/ap.12173

Downloads

Publicado

2020-03-30

Como Citar

KAVESKI, I. D. S.; BEUREN, I. M. ANTECEDENTES E CONSEQUENTES DA PROCRASTINAÇÃO DE DISCENTES EM DISCIPLINAS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Contabilidade Vista & Revista, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 136–158, 2020. DOI: 10.22561/cvr.v31i1.5271. Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/5271. Acesso em: 29 mar. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>