EFEITOS DA FOLGA FINANCEIRA NO DESEMPENHO DE EMPRESAS NO PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19

Autores/as

  • Paula Borges Tronco Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
  • Luiz Henrique Figueira Marquezan Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
  • Larissa Degenhart Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
  • Maria Laura Pereira Velho Universidade Federal de Santa Maria UFSM
  • Vinicius Costa da Silva Zonatto Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

DOI:

https://doi.org/10.22561/cvr.v34i3.7638

Palabras clave:

Folga Financeira, Desempenho Econômico, Pandemia

Resumen

Este estudo analisa a influência da folga financeira no desempenho econômico de empresas listadas na B3 durante a pandemia de Covid-19. Realizou-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa, com dados de 308 companhias, do segundo trimestre de 2016 ao terceiro trimestre de 2020. Os resultados revelam que os efeitos da folga no desempenho ocorrem em forma de U invertido, apontando para um nível intermediário de folga como melhor prática. Contrariando o esperado, não foram encontradas contribuições adicionais da folga na pandemia. Ao consumir a folga acumulada, as companhias prejudicaram a rentabilidade, sendo ainda mais penalizadas durante a pandemia, contrariando expectativas dos efeitos do uso de recursos acumulados para tais momentos. Contribui ao discutir sobre a atenção da gestão em identificar limites mínimos e máximos de folga, e os riscos do consumo dos recursos acumulados.

Biografía del autor/a

Paula Borges Tronco, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), paula.tronco@ufsm.br.

https://orcid.org/0000-0003-3600-4161

Luiz Henrique Figueira Marquezan, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Maria, luizmarquezan@gmail.com.

https://orcid.org/0000-0003-2935-3099

Larissa Degenhart, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Doutora em Ciências Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau, Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Maria, larissa.degenhart@ufsm.br.

https://orcid.org/0000-0003-0651-8540

Maria Laura Pereira Velho, Universidade Federal de Santa Maria UFSM

Mestranda em Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa Maria, marialauravelho@gmail.com

https://orcid.org/0000-0002-8851-1862

Vinicius Costa da Silva Zonatto, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Pós Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Maria, viniciuszonatto@gmail.com

https://orcid.org/0000-0003-0823-6774

Citas

Alessandri, T.; Depperu, D. C. D. (2014). Organizational slack, experience, and acquisition behavior across varying economic environments. Management Decision, 52(5), 967-982. https://doi.org/10.1108/MD-11-2013-0608

Altaf, N.; Shah, F. (2017). Slack heterogeneity and firm performance: Investigating the relationship in Indian context. Research in International Business and Finance, 42, 390-403. https://doi.org/10.1016/j.ribaf.2017.07.059

Alvarenga, D. (2021). Brasil sai de lista das 10 maiores economias do mundo e cai para a 12ª posição, aponta ranking. Retrived 2021, december, 23, de https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/brasil-sai-de-lista-das-10-maiores-economias-do-mundo-e-cai-para-a-12a-posicao-aponta-ranking.ghtml

Beuren, I. M.; Starosky Filho, L.; Krespi, N. T. (2014). Folga organizacional versus

desempenho financeiro: Um estudo nas empresas da BM&FBovespa. Revista Contaduría y Administración, 59(2),145-177. https://doi.org/10.1016/S0186-1042(14)71258-6

Bourgeois, L. J. (1981). On the Measurement of Organizational Slack. Academy of

Management Review, 6(1)29-39. https://doi.org/10.5465/amr.1981.4287985

Brito, E. P. Z.; Brito, L. A. L.; Morganti, F. (2009). Inovação e o desempenho empresarial: lucro ou crescimento? RAE eletrônica, 8(1). https://doi.org/10.1590/S1676-56482009000100007

Campos, A. L. S.; Nakamura, W. T. (2013). Folga financeira avaliada como endividamento relativo e estrutura de capital. Revista de Finanças Aplicadas, 1, 1-19.

Campos, A. L. S.; Nakamura, W. T. (2015). Rebalanceamento da Estrutura de Capital: Endividamento Setorial e Folga Financeira. Revista de Administração Contemporânea, 19, 20-37. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac20151789

Conceição, A. R. N. da S. (2013). O crédito condcedido às empresas: antes e no decorrer da crise mundial, análise e gestão do risco de crédito. Dissertação de Mestrado, Instituto Politécnico de Lisboa (ISCAL), Lisboa, Portugal.

Costa, F. J. dos S. (2021). Efeitos Da Pandemia da Covid-10 No Desempenho das Empresas do Mercado de Capitais Brasileiro. Monografia, Centro Universitário Christus. Fortaleza.

Cyert, R. M; March, J. G. (1963). A behavioral theory of the firm. Englewood Cliffs. N.J.: Prentice-Hall.

Dallabona, L. F.; Beuren, I. M. (2012) Relação da folga organizacional com medidas de desempenho de empresas brasileiras. Anais do Congresso Brasileiro de Custos, São Leopoldo, RS, 19. Recuperado de https://anaiscbc.abcustos.org.br/anais/article/view/274

Daniel, F.; Lohrke, F. T.; Fornaciari, C. J.; Turner, R. A. (2004). Slack resources and firm performance: a meta-analysis. Journal of Business Research, 57(6), 565-574. https://doi.org/10.1016/S0148-2963(02)00439-3

Decreto Nº 64.881, De 22 De Março De 2020. (2020). Decreta quarentena no Estado de São Paulo, no contexto da pandemia do COVID-19 (Novo Coronavírus), e dá providências complementares. São Paulo.

Freitas, M. C. P. D. (2009). The effect of the global crisis in Brazil: risk aversion and preference for liquidity in the credit market. Estudos Avançados, 23(66) 125-145.

Fundação Getúlio Vargas. Covid-19 e Mercado Financeiro, (2020). Disponível em: <https://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/mercadofinanceiro_v07.pdf>. Acesso em: 24 set 2021.

Gujarati, D. N.; Porter, D. C. (2011). Econometria básica. 5. ed. Porto Alegre: AMGH.

Heinzen, C.; Sell, F. F., Silva, T. P. (2016). Influência da folga financeira no retorno por ações em empresas brasileiras e chilenas. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 9, 39-54.

Ilbay, O. (2009) Antecedents and Effects of Organizational Slack. Master Thesis. Vrije Universiteit Amsterdam. Faculteit Economische Wetenschappen en Bedrijfskunde.

Laffranchini, G. Braun, M. (2014). Slack in Family Firms: Evidence from Italy. Journal of Family Business Management, 4(2), 171-193. https://doi.org/10.1108/JFBM-04-2013-0011

Latham, S. F.; Braun, M. R. (2008). The performance implications of financial slack during economic recession and recovery: observations from the software industry (2001-2003). Journal of Managerial Issues, 20, 30-50. http://www.jstor.org/stable/40604593

Lee, S. (2011). How Financial Slack Affects Firm Performance: Evidence from US Industrial Firms. Journal of Economic Research, 16, 1-27, 2011.

Lee, S. (2012). Corporate governance, financial slack and firm performance: a comparative study between US and UK. Seoul Journal of Business, 18, 3-23.

Leibenstein, H. (1969). Organizational or frictional equilibria, x-efficiency, and the rate of innovation. Quaterly Journal of Economics, 83(4), 600-623. https://doi.org/10.2307/1885452

Lu, L.; Wong, P. (2019). Performance feedback, financial slack and the innovation behavior of firms. Asia Pacific Journal of Management, 1-31. https://doi.org/10.1007/s10490-018-9634-4

March, J. (1979). Interview in Stanford GSB. Graduate School of Business, Stanford University, CA.

Moses, O. D. (1992). Organizational slack and risk- taking behavior: tests of product pricing strategy. Journal of Organizational Change Management, 5(3), 38-54. https://doi.org/10.1108/09534819210018045

Namiki, N. (2012). Financial slack, financial slack reduction and firm performance during the great recession: the case of small-sized Japanese electronics companies. Rikkyo business review, 9, 3-12. https://doi.org/10.14992/00012391

Odum, A. N.; Odum, C. G.; Okoye, G. O. (2019). The Impact of Financial Slack on Firm Performance in a Recessed Economy: the Nigerian Experience. Indonesian Journal of Contemporary Accounting Research, 1(2), 1-9. https://doi.org/10.33455/ijcar.v1i2.95

Padilha, D. F.; Da Silva, A., Da Silva, T. P.; Gonçalves, M. (2017). Financial Slack and Market Performance: an analysis of Brazilian and Italian companies. Revista Contabilidade, Gestão e Governança. 20, 276-292.

Paeleman, I.; Vanacker, T. (2015). Less is More, or Not? On the Interplay between Bundles of Slack Resources, Firm Performance and Firm Survival. Journal of Management Studies, 52(6), 819-848. https://doi.org/10.1111/joms.12135

Pamplona, E.; Da Silva, T.P.; Nakamura, W. T.; Rodrigues Junior, M. M. (2019). Influência da folga financeira no desempenho de empresas familiares e não familiares brasileiras. Revista Contabilidade Vista & Revista, 30(1), 43-67. https://doi.org/10.22561/cvr.v30i1.4590

Prates, R. C. A. (2009). Crise mundial atual: origem, desdobramentos e a necessidade de regulamentação. Raízes Jurídicas, 5(2), 265-272.

Rajapathirana, R. P. J.; Hui, Y. (2018). Relationship between innovation capability, innovation type, and firm performance. Journal of Innovation & Knowledge, 3(1), 44-55. https://doi.org/10.1016/j.jik.2017.06.002

Santos, D. F. L.; Guevara, M. M.; Rodrigues, S. V. (2018). Folga financeira e inovação empresarial no Brasil. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 8(1), 1-18. https://doi.org/10.18028/rgfc.v8i1.5436

Rezende, A. A. de.; Marcelino, J. A.; Miyaji, M. A. (2020). Reinvenção das vendas: As estratégias das Empresas Brasileiras para gerar receitas na pandemia de Covid-19. Boletim de Conjuntura, 2(6), 53-69. https://doi.org/10.5281/zenodo.3834095%20

Sakaki, H.; Jory, S. R. (2019). Institutional investors' ownership stability and firms' innovation. Journal of Business Research, 103, 10-22. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.05.032

Seven, Ü., Yilmaz, F. (2021). World Equity Markets e COVID-19: Immediate Response and Recovery Prospects. Research in International Business and Finance, 56. https://doi.org/10.1016/j.ribaf.2020.101349

Tan, J.; Peng, M. W. (2003). Organizational slack and firm performance during economic transitions: two studies from an emerging economy. Strategic Management Journal, 24, 1249-1263. https://doi.org/10.1002/smj.351

Trojan, D. A.; Danielli, D. Einsweiller, A. C. (2020). Folga financeira versus desempenho econômico: um estudo em empresas do setor de petróleo, gás e biocombustíveis listadas na B3. Anais Congresso Usp De Iniciação Científica Em Contabilidade São Paulo, SP, 17.

Vanacker, T.; Collewaert, V.; Zahra, S. A. (2017). Slack resources, firm performance and the institutional context: Evidence from privately held European firms. Strategic Management Journal, 38(6), 1305-1326. https://doi.org/10.1002/smj.2583

Zhong, H. (2011). The relationship between slack resources and performance: an empirical study from China. International Journal of Modern Education and Computer Science, 3(1), 1-8.

Zhou, K.; Yan, R.; Liu, Y. (2019) Vertical merger, R&D collaboration and innovation. The European Journal of Finance, 25(14), 1289-1308. https://doi.org/10.1080/1351847X.2019.1589551

Publicado

2023-12-24

Cómo citar

TRONCO, P. B.; MARQUEZAN, L. H. F.; DEGENHART, L.; VELHO, M. L. P.; ZONATTO, V. C. da S. EFEITOS DA FOLGA FINANCEIRA NO DESEMPENHO DE EMPRESAS NO PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19. Contabilidade Vista & Revista, [S. l.], v. 34, n. 3, p. 166–188, 2023. DOI: 10.22561/cvr.v34i3.7638. Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/7638. Acesso em: 21 nov. 2024.