Complexidade setorial e estratégias de diversificação inteligente em nível microrregional: o caso de Santa Catarina
Resumo
Pesquisas recentes vêm utilizando métodos de complexidade econômica e proximidade (relatedness) para identificar oportunidades de diversificação inteligente no Brasil, mas debates metodológicos subnacionais permanecem pouco explorados, apesar de suas implicações políticas. Deve-se priorizar dados de exportação ou de emprego manufatureiro? A análise deve ser estadual ou microrregional? E quais limiares para relatedness e complexidade? Nossos resultados indicam que dados de emprego setorial refletem melhor as capacidades produtivas. Em Santa Catarina, uma abordagem exportadora subestima o conhecimento local e oportunidades de diversificação, na direção dos serviços modernos e atividades manufatureiras voltadas ao mercado nacional, superestimando as microrregiões especializadas em exportações agrícolas. Além disso, focar no nível estadual, mesmo em um estado com relativamente baixa desigualdade econômica, como Santa Catarina, pode beneficiar microrregiões mais avançadas, agravando a polarização econômica. Para superar a dependência de exportações de commodities agrícolas e o desequilíbrio regional, estratégias de diversificação inteligente devem incluir todos os setores e microrregiões.
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Copyright (c) 2025 Dominik Hartmann, Ben-Hur Francisco Cardoso, Marcelo Arend, Eva Yamila da Silva Catela

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