GESTÃO DE CUSTOS AMBIENTAIS EM HOSPITAIS PRIVADOS BRASILEIROS
DOI:
https://doi.org/10.22561/cvr.v32i1.5162Palabras clave:
Contabilidade Ambiental, Gestão de Custos Ambientais, Meio Ambiente, Hospitais PrivadosResumen
O objetivo do estudo é identificar os procedimentos utilizados por hospitais privados brasileiros na gestão de custos ambientais. Aplicou-se uma pesquisa do tipo survey, composta por assertivas com escalas do tipo Likert de cinco pontos, cujo instrumento foi encaminhado aos respectivos contadores e gerentes da área ambiental de 1.188 hospitais. Os dados de 101 hospitais (8,5% da população) foram coletados em outubro/2017 e foram analisados por meio de estatística descritiva e as hipóteses oriundas da literatura foram testadas pelo modelo de Mann-Whitney, pelo coeficiente de Spearman e pelo modelo de regressão linear múltipla. Os resultados apontam que, em geral, nos hospitais há pouca contabilização e utilização de práticas de gestão de custos ambientais. Os contadores evidenciam pouco conhecimento em contabilidade ambiental. Nos hospitais pesquisados a gestão dos custos ambientais não é tratada de forma estratégica, limitando-se apenas a cumprir a legislação. Não foi possível identificar a existência de relacionamento entre o controle de custos ambientais e o desempenho econômico dos hospitais. Verificou-se, estatisticamente, que os hospitais de maior porte são aqueles que apresentam maior volume de investimentos nas questões ambientais e maior controle dos custos ambientais. Constatou-se que o tema é ainda incipiente nos hospitais pesquisados.
Citas
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2017). Sistema de gestão ambiental ABNT NBR ISO 14001. 2015. Recuperado de <http://www.abnt.org.br/>.
Ahmad, S. & Schroeder, R. G. (2003). The impact of human resource management practices on operational performance: recognizing country and industry differences. Journal of Operations Management, 21(1), 19-43. DOI: https://doi.org/10.1016/S0272-6963(02)00056-6
André, S. C. S., Veiga, T. B. & Takayanagui, A. M. M. (2016). Geração de resíduos de serviços de saúde em hospitais do município de Ribeirão Preto (SP), Brasil. Eng Sanit Ambient, 21(1), 123-130. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41520201600100140092
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2004). Resolução da Diretoria Colegiada nº 306, de 7/12/2004. Brasília, 2004. Recuperado de <http://cfo.org.br/wp-ontent/uploads/2009/10/resolucao_rdc_306_ANVISA_2004.pdf>.
Ben, F. (2005). Evidenciação de informações ambientais pelas empresas gaúchas. Revista Universo Contábil, 1(3), 63-80. DOI: http://dx.doi.org/10.4270/ruc.20051
Braga, C. (2007). Contabilidade ambiental: ferramenta para a gestão da sustentabilidade. São Paulo: Atlas.
Camacho, C. L. (2008). Gestão ambiental na saúde pública: um estudo sobre a percepção ambiental de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde, dos servidores do Hospital Universitário Onofre Lopes do RGN, (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Ro Grande do Norte, Brasil.
Ciplak, N. & Barton, J. R. (2012). A system dynamics approach for healthcare waste management: a case study in Istanbul Metropolitan City, Turkey. Waste Management & Research, 30(6), 576-586. DOI: https://doi.org/10.1177/0734242X12443405
CNS - Confederação Nacional da Saúde. (2018). Dados do setor. Jan. 2018. Recuperado de <http://cns.org.br/links/DADOS_DO_SETOR.htm>.
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. (2005). Resolução nº 005/1993. Brasília. Recuperado de <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=130>.
Conceição, F., Finhani, G., Alonso Jr, N. & Alonso, V. L. C. (2014). Contabilidade ambiental. Anais do Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia - SEGET, 11. Rezende, Rio de Janeiro, Brasil. Recuperado de https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/132021.pdf
Doiphode, S. M.; Hinduja, I. N. & Ahuja, H. S. (2016). Developing a novel, sustainable and beneficial system for the systematic management of hospital wastes. Journal of Clinical and Diagnostic Research - JCDR, 10(9),6-11. DOI: https://doi.org/10.7860/JCDR/2016/21384.8521
Duarte, P. C.; Lamounier, W. M. & Takamatsu , R. T. (2007). Modelos econométricos para dados em painel: aspectos teóricos e exemplos de aplicação à pesquisa em contabilidade e finanças. Anais do Congresso USP Controladoria e Contabilidade, São Paulo, SP, Brasil, 7. Recuperado de https://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos72007/default.asp?con=1
Elkington, J. (1998). Accounting for the triple bottom line. Measuring Business Excellence, 2 (3), 18-22. DOI: https://doi.org/10.1108/eb025539
Ferreira, A. C. S. (2009). Contabilidade ambiental: uma informação para o desenvolvimento sustentável. 2 ed. São Paulo: Atlas.
Gil, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Hair Junior, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. & Tatham, R. L. (2005). Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Ialam, M. & Deegan, C. (2008). Motivations for an organisation within a developing country to report social responsibility information: evidence from Bangladesh. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 21(6), 850-874. DOI: https://doi.org/10.1108/09513570810893272
Kumar, A. & Nagpal, S. (2011). Strategic cost management: suggested framework for 21st century. Journal of Business and Retail Management Research, 5 (2), 118-130. DOI: https://doi.org/10.24052/JBRMR/13
Lucchese, A. R. (2015). Gestão de custos ambientais em entidades hospitalares da região noroeste do Rio Grande do Sul. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Ciências Contábeis, Universidade do Vale do Rio do Sinos – Unisinos, São Leopoldo, RS, Brasil.
Lucchese, A. R., Souza, M. A. & Machado, D. G. (2018). Gestão de custos ambientais em organizações hospitalares da região noroeste do Rio Grande do Sul. Revista Gestão & Regionalidade, 34(101), 134-151. DOI: http://dx.doi.org/10.13037/gr.vol34n101.4090
Martins, D. B.; Poetulhak, H. & Voese, S. B. (2015). Gestão de custos: um diagnóstico em hospitais universitários federais. RAHIS, 12(3), 58-75. DOI: https://doi.org/10.21450/rahis.v12i3.2461
Martins, G. A. (2006). Estatística geral e aplicada. 3. ed. São Paulo: Atlas.
Miles, M. P. & Covin, J. G. (2000). Environmental marketing: a source of reputational, competitive, and financial advantage. Journal of Business Ethics, 23 (3), 299-311. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1006214509281
Mmereki, D., Baldwin, A., Li, B. & Liu, M. (2015). Healthcare waste management in Botswana: storage, collection, treatment and disposal system. Journal of Material Cycles and Waste Management, 19(1), 351-365. DOI: https://doi.org/10.1007/s10163-015-0429-0
Mosquera, M.; Andrés-Prado, M. J.; Caravaca, G. R.; Latasa, P. & Mosquera, M. E. G. (2014). Evaluation of an education and training intervention to reduce health care waste in a tertiary hospital in Spain. American Journal of Infection Control, 2(8), 894-897. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2014.04.013
Nichols, A.; Grose, J. & Mukonoweshuro R. (2016). Achieving cost and carbon savings in neonatal practice: A review of the literature on sustainable waste management. Journal of Neonatal Nursing, 22(2), 81-87. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jnn.2016.01.002
Oleiro, W. N. & Schmidt, E. B. (2016). Contabilidade ambiental: uma análise da aplicação prática como potencializadora de informações socioambientais nas demonstrações contábeis. Revista Ambiente Contábil, 8(1), 275-293. DOI: https://doaj.org/article/1b0b7a3a6de040a4b454c1a500881830
Oliveira, C. R. D. R., Pandolfo, A., Martins, M. S., Gomes, A. P. & Moro, L. D. (2013). Gestão de resíduos de serviços de saúde: avaliação dos procedimentos adotados no hospital da cidade de Guaporé-RS. Holos, 9 (2), 251-260. DOI: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/886/674
Özkan, A. (2013). Evaluation of healthcare waste treatment/disposal alternatives by using multi-criteria decision-making techniques. Waste Manag & Research, 31(2), 141-149. DOI: https://doi.org/10.1177/0734242X12471578
Pereira, A. C.; Melo, S. B.; Slomskia, V. G. &Weffort, F. J. (2013). Percepções de gestores sobre as contribuições do processo de certificação ISO 14001 nas práticas de gestão ambiental. Revista de Contabilidade e Organizações, 7(17), 69-88. DOI: https://doi.org/10.11606/rco.v7i17.56665
Pizzorno, C. E. A.; Uhlmann, V. O. & Pfitscher, E. D. (2013). Sustentabilidade ambiental no contexto hospitalar: estudo em um hospital do rio grande do sul. RAHIS, 10(3), 1-16. DOI: https://doi.org/10.21450/rahis.v10i3.1690
Rosa, C. D. P.; Mathias, D. & Komata, C. C. (2015). Custo de gerenciamento de RSS: estudo de caso da Unidade de Terapia Intensiva de Infectologia de um hospital público em SP. Revista Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 4 (2), 127-143. DOI: http://www.revistageas.org.br/ojs/index.php/geas/article/view/289/160
Salamoni, F. L.; Gallon, A. V. & Machado, D. D. N. (2015). Gestão ambiental e ações associadas aos custos ambientais em indústrias madeireiras de Caçador, SC. Revista ABCustos – Associação Brasileira de Custo, 2(1), 1-21. DOI: https://doi.org/10.47179/abcustos.v2i1.10
Silva, B. G. (2009). Contabilidade ambiental: sob a ótica da contabilidade financeira. Curitiba: Juruá.
Schneider, V. E., Stedile, N. L.R., Bigolin, M. & Paiz, J. C. (2013). Sistema de Informações Gerenciais (SIG): ferramenta de monitoramento do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS) e dos custos de tratamento. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade – GeAS, 2(1), 166-188. DOI: https://doi.org/10.5585/geas.v2i1.18
Schneider, V. E. (2004). Sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde: contribuição ao estudo das variáveis que interferem no processo de implantação, monitoramento e custos decorrentes. (Tese de Doutorado). Faculdade de Engenharia de Recursos Hídricos e Ambientais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Schneider, V. E.; Ben, F.; & Carvalho, A. B. (2008). Análise comparativa dos custos ambientais relacionados ao gerenciamento de RSS em dois hospitais da região da Serra Gaúcha-Brasil. Revista AIDIS de Ingeniería y Ciencias Ambientales: Investigación, desarrollo y práctica, 1(4), 1-9. DOI: http://dx.doi.org/10.22201/iingen.0718378xe.2008.1.4.14479
Sgarabotto, C. L., Verona, V. S. & Silva, I. A. (2017). A contabilidade ambiental como instrumento de gestão interna nas organizações. Anais do Seminário de Iniciação Científica do Centro de Negócios do Centro Universitário da Serra Gaúcha. Caxias do Sul, 6 (1), 862-880.
Segatto, S. S. (2012). Modelo de custos ambientais aplicados à gestão e destinação de resíduos (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Engenharia de Produção, - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
Siegel, S. & Castellan Junior, N. J. (2006). Estatística não-paramétrica para ciências do comportamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed.
Silva, I. S. T. (2003). Um estudo da utilização do custeio baseado em atividades (ABC) na apuração dos custos ambientais (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Tinoco, J. E. P.; Kraemer & M. E. P. (2011). Contabilidade ambiental e gestão ambiental. 3. ed. São Paulo: Atlas.
Valle, C. E. (2002). Qualidade ambiental ISO 14000. São Paulo: Senac.
Viviane, S., Moura, G. D., Macêdo, F. F. R. R. & Silva, T. P. (2014). A evidenciação ambiental voluntária e os indicadores de desempenho empresarial de companhias abertas participantes do índice carbono eficiente (ICO2). Revista de Gestão Social e Ambiental, 8(2), 18-35. DOI: https://doi. org/10.5773/rgsa.v8i2.849
Wyssusek, K. H., Foong, W. M., Steel, C. & Gillespie, B. M. (2016). The gold in garbage: implementing a waste segregation and recycling initiative. AORN Journal, 103(3), 316. DOI: https://doi.org/10.1016/j.aorn.2016.01.014
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A submissão do texto para avaliação implica no compromisso de que o material não seja submetido a um outro periódico nacional ou internacional e autoriza, caso aprovado, a sua publicação.
Os artigos publicados são de responsabilidade dos autores não traduzindo, necessariamente, a opinião da revista. A reprodução dos artigos, total ou parcial, pode ser feita desde que citada esta fonte.
Considerando que o(s) autor(es) do texto concorda(m) com a sua publicação, caso o mesmo seja aprovado pela revista, sem que disso lhe seja devido qualquer remuneração, reembolso ou compensação de qualquer natureza, a Revista Contabilidade Vista & Revista através do Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, detém todos os direitos autorais dos textos publicados, conforme a legislação brasileira vigente.
Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais. A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público.