A tese da performatividade e as interações entre teorias econômicas e realidade social

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Resumo

Resumo

Proposta originalmente pelo filósofo da linguagem John Austin e posteriormente adotada em outras ciências sociais, a tese de performatividade ficou conhecida como uma crítica do homo economicus da teoria econômica mainstream. O que geralmente se entende por performatividade da economia é a ideia de que a teoria econômica cria atividades e mercados no sistema econômico (mais do que meramente os descreve ou interpreta). O artigo apresenta diversos argumentos favoráveis e contrários a esta tese como uma maneira útil de pensar a relação entre a teoria e o sistema econômico. Após essa revisão da literatura, apresentamos nossa interpretação, a saber, uma abordagem interativa do tema. Dessa forma, defendemos a relevância epistemológica da tese para a metodologia econômica, isto é, para o entendimento da relação entre teorias/modelos da ciência econômica e os eventos no mundo econômico. Além disso, argumentamos que, justamente por estarem enraizadas na realidade social, as teorias econômicas dominantes ocupam uma posição particularmente resiliente à crítica.

Palavras-chave: teoria econômica, realidade social, performatividade da economia

Códigos JEL: A11, A14, B41

Biografia do Autor

Celso Neris, Departamento de Economia, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brazil.

Doutor em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 2017. Atualmente, sou professor substituto no Depto. de Economia da UNESP. Leciono História do Pensamento Econômico e Teoria Macroeconômica. Atuo como pesquisador do Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN) da FCL/UNESP e do Laboratório de Estudos das Indústrias Aeroespaciais e de Defesa (LabA&D) da FCA/UNICAMP. Lido com temas relacionados à economia e filosofia, metodologia econômica, economia da inovação e organização industrial.

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Publicado

2021-12-07

Como Citar

NERIS, C.; JOSÉ RICARDO; ALMEIDA, R. G. A tese da performatividade e as interações entre teorias econômicas e realidade social. Nova Economia, [S. l.], v. 31, n. 2, p. 487–510, 2021. Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/novaeconomia/article/view/5837. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

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