O modelo de liberalização financeira dos anos 1990: “restatement” ou auto-crítica?
Palavras-chave:
política financeira, liberalização financeira, modelo Shaw-McKinnon.Resumo
O artigo examina as revisões que sofreu o modelo de liberalização financeira nos últimos vinte anos (décadas de 80 e de 90). Tais revisões foram forçadas, de um lado, pelos resultados desfavoráveis de alguns testes econométricos do modelo Shaw-McKinnon e, de outro, pelas experiências de diversos países desenvolvidos (PD) e em desenvolvimento (PED) com a política de liberalização.No plano econométrico, os testes revelaram fraco poder explicativo das duas variáveis-chave domodelo: a taxa real de juros e a taxa de poupança agregada. Quanto às experiências de PD e PED, o principal desafio ao modelo original de Shaw eMcKinnon foram as crises bancárias e/ou cambiais que, em grande parte dos casos, se seguiram à implementação da política de liberalização financeira. Diante dessas limitações, a “versão moderna” do modelo de liberalização acabou por incorporar diversas críticas (em geral keynesianas) à teoria e à política financeira do modelo Shaw-McKinnon, sendo forçada a admitir a necessidade de algum grau de intervenção do governo na liberdade de escolha do mercado quanto à composição de seu portfolio. Mais que isso, o novo modelo faz uma verdadeira autocrítica, admitindo que, sob determinadas circunstâncias, algum grau de repressão financeira pode ser necessário, e mesmo benéfico, ao desenvolvimento financeiro.Downloads
Publicado
2009-05-31
Como Citar
HERMANN, J. O modelo de liberalização financeira dos anos 1990: “restatement” ou auto-crítica?. Nova Economia, [S. l.], v. 13, n. 2, 2009. Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/novaeconomia/article/view/419. Acesso em: 22 nov. 2024.
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