As grandes cidades atraem ou repulsam?
Arquitetura hostil no espaço público de um atrativo turístico de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.29149/mtr.v10i1.8732Keywords:
Hostile architecture; tourism; hospitality; public space; public policies.Abstract
Hostile architecture is an urban design strategy used in public spaces to prevent the permanence of certain social groups and is presented through physical devices installed on garden walls, near building entrances or through urban furniture. Public space is a place of collective use, free access and essential for tourism. This is where tourists circulate and get their first impressions of the city. It is assumed that the implementation of hostile architecture devices in public space can affect the well-being of everyone, including tourists. In the case of a space that is under the jurisdiction of public authorities, would it be possible to think of ways to prohibit this type of implementation? This article aims to investigate the presence of hostile architecture typologies in the public space of large cities and explore public policies that prohibit their implementation. The spatial outline is Avenida Paulista - one of the most famous tourist attractions in São Paulo, where around 1.5 million people pass through every day. This is exploratory-descriptive research. The results indicate that Brazilian creativity is present in the typologies of hostile architecture and prevent the permanence of any type of person in public space, regardless of their origin. Furthermore, the feeling of well-being and welcome that was previously perceived on the avenue, due to the free access between the front setbacks of the lots and the sidewalks, was lost with the installation of glass railings and walls.
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