O enfeite nosso de todo dia
Significados atribuídos por tweens brasileiras aos acessórios de moda.
DOI:
https://doi.org/10.29149/mtr.v6i2.6669Palavras-chave:
Tweens, consumo, significadoResumo
Tweens são consideradas as crianças incluídas em uma faixa etária que pode variar de sete a quatorze anos e, portanto, estão em um estágio entre a infância e a adolescência. Amparado por teorias sobre a participação das crianças no universo do consumo e sobre a atribuição de significado aos bens, o estudo aqui alvitrado apresenta, por meio de análise interpretativista, com método de pesquisa de inspiração etnográfica, os significados que dez tweens atribuíramm a acessórios pessoais. Os resultados convergem para o uso dos acessórios como instrumentos importantes de ajuste social. Em nível mais particular, os acessórios se prestam igualmente a práticas performáticas lúdicas e de competências, e ainda são instrumentos bastante úteis à aproximação e reforço de laços afetivos.
Referências
Abdala, P. R. Z. (2008). Vaidade e consumo: Como a vaidade física influencia o comportamento do consumidor. 2008. 119 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Recuperado de https://lume.ufrgs.br/handle/10183/14147.
Andersen, L. P., Tufte, B., Rasmussen, J. & Chan, K. (2007). Tweens and new media in Denmark and Hong Kong. Journal of Consumer Marketing, 24(6). Recuperado de https://doi.org/10.1108/07363760710822927
Arnould, E. J. & Thompson, C. J. (2005). Consumer culture theory (CCT): Twenty years of research. Journal of Consumer Research, 31(4). Recuperado de https://doi.org/10.1086/426626
Barbosa, L. (2010). Sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Zahar.
Barbosa, L. (2006). Apresentação. In Barbosa, L.; Campbell, C. (org), Cultura, Consumo e Identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV.
Baudrillard, J. (2009). O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva.
Belk, R. W. (1988). Possessions and the extended self. Journal of Consumer Research, 15. Recuperado de https://doi.org/10.1086/209154
Belk, R. W., Bahn, K. D., & Mayer, R. N. (1982). Developmental Recognition of Consumption Symbolism. Journal of Consumer Research, 9(1). Recuperado de https://doi.org/10.1086/208892
Berger, P. L., & Luckmann, T. (1999). A construção social da realidade (17a ed.). Editora Vozes: Petrópolis.
Bloch, P. H., & Richins, M. L. (1992). You look "Marvelous": The pursuit of beauty and the marketing concept. Psychology and Marketing, 9. Recuperado de https://doi.org/10.1002/mar.4220090103
Bronckart, J-P. (1999). Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: EDUC.
Brusdal, R., & Lavik, R. (2008). Just shopping? A closer look at youth and shopping in Norway, Young, 16(4). Recuperado de https://doi.org/10.1177/110330880801600403
Buckingham, D., & Tingstad, V. (2010). Childhood and consumer culture. Nova Iorque: Palgrave-Macmillan.
Campbell, C. (2006). Eu compro, logo sei que existo: As bases metafísicas do consumo moderno. In, Barbosa, L., & Campbell, Colin (orgs). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV.
Cardoso, A. J. M. (2004). Marketing de vestuário de criança – A percepção das crianças sobre as marcas de vestuário, a moda e o estilo de vestir. 2004. 205f. Tese (Doutorado) – Universidade do Minho, Guimarães, Portugal. Recuperado de http://homepage.ufp.pt/ajcaro/tesedoutoral.htm
Charon, J. M. (2000). Sociologia. (5a ed.) São Paulo: Saraiva.
Cody, K., Lawlor, K., & McLaren, P. (2010). No longer, but not yet – Tweens and the mediating of liminal selves through metaconsumption. Advances in Consumer Research, 38. Recuperado de https://www.acrwebsite.org/volumes/16351/volumes/v38/NA-38
Cook, D. T., & Kaiser, S. B. (2004). Betwixt and between: Age ambiguity and the sexualization of the female consuming subject. Journal of Consumer Culture, 4. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1469540504043682
Cuche, D. (1999). A noção de cultura nas Ciências Sociais. Bauru: EDUSC.
Dittmar, H. (1992). The social psychology of material possessions: To have is to be. New York: St. Martin's.
DOUGLAS, M., & ISHERWOOD, B. (2009). O mundo dos bens: Para uma antropologia do consumo (1a ed.) Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.
Firat, F. A., & Venkatesh, A. (1995). Liberatory postmodernism and the reenchantment of consumption. Journal of Consumer Research, 22. Recuperado de https://doi.org/10.1086/209448.
Follmann, J. I. (2001). Identidade como conceito sociológico. Ciências Sociais Unisinos. 37(158). 43-66.
Fournier, S. (1991). A meaning-based framework for the study of consumer-object relations. Advances in Consumer Research, 18. Recuperado de http://web.a.ebscohost.com.proxy3.library.mcgill.ca/ehost/pdfviewer/pdfviewer?vid=29&sid=1385b790-7682-4784-85ad a4101e395d45%40sdc-v-sessmgr02
Friedman, R. (1986). Psychological meaning of products: Identification and Marketing Applications. Psychology and Marketing, 3. Recuperado de https://doi.org/10.1002/mar.4220030102
Giddens, A. (2002). Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Graue, E., & Walsh, D. (2003). Investigação etnográfica com crianças: Teorias, métodos e ética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade (11a ed.), Rio de Janeiro: DP&A Editora.
Hill, J. A. (2011). Endangered childhoods: How consumerism is impacting child and youth identity. Media Culture Society, 33(3). Recuperado de https://doi.org/10.1177/0163443710393387
Hogg, M. K., & Mitchell, P. C. N. (1996). Identity, self and consumption: A conceptual framework. Journal of Marketing Management, 12. Recuperado de https://doi.org/10.1080/0267257X.1996.9964441.
Hirschman, E. C., & Holbrook, M. B. (1982). Hedonic consumption: Emerging concepts, methods and propositions. Journal of Marketing, 46. Recuperado de https://doi.org/10.1177/002224298204600314.
Hyatt, E. M. (1992). Consumer stereotyping: The cognitive bases of the social symbolism of products. Advances in Consumer Research, 19. Recuperado de http://web.a.ebscohost.com.proxy3.library.mcgill.ca/ehost/detail/detail?vid=6&sid=2c411966-a8c3-4d3e-bda6-a9455571bc56%40sessionmgr4008&bdata=JnNjb3BlPXNpdGU%3d#AN=9301106526&db=bth
Kasser, T., & Kanner, A. D. (2004). Where is the psychology of consumer culture? In: Kasser, T., & Kanner, A.D. (eds) Psychology and Consumer Culture: The struggle for a good life in a materialistic world. Washington, DC: American Psychological Association.
Kleine, R. E., & Kernan, J. B. (1991). Contextual Influences on the Meanings Ascribed to Ordinary Consumption Objects. Journal of Consumer Research. 18(3). Recuperado de https://doi.org/10.1086/209262.
Kleine, R. E., & Kernan, J. B. (1988). Measuring the meaning of consumption objects: an empirical investigation. Advances in Consumer Research, 15. Recuperado de http://web.a.ebscohost.com.proxy3.library.mcgill.ca/ehost/detail/detail?vid=4&sid=596a9057-ca89-4e70-98ca-05860f6a2cef%40sessionmgr4007&bdata=JnNjb3BlPXNpdGU%3d#AN=6487651&db=bth
Kjeldgaard, D. (2009). The meaning of style? Style reflexivity among Danish high school youths. Journal of Consumer Behavior. 8(2/3). Recuperado de https://doi.org/10.1002/cb.274.
Kwakye-Opong, R., & Adinku, G.U. (2013). Costume as Medium for Cultural Expression in Stage Performance. Arts and Design Studies, 8. Recuperado de https://www.iiste.org/Journals/index.php/ADS/article/view/5030/512.
Lindstrom, M. (2007). Tween speak: do you get it? Young Consumers: Insight and Ideas for Responsible Marketers, 8(2). Recuperado de https://doi.org/10.1108/yc.2007.32108bab.003.
Lipovetsky, G. (2004). O império do efêmero: A moda e seu destino nas sociedades modernas (7a ed). Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras.
McCRACKEN, G. (2003). Cultura & Consumo. Rio de Janeiro: Editora Mauad.
McCRACKEN, G. (1986). Culture and consumption: A theoretical account of the structure and movement of the cultural meaning of consumer goods. Journal of Consumer Research, 13(1). Recuperado de https://doi.org/10.1086/209048.
Miller, D. (2002). Teoria das Compras. São Paulo: Nobel.
Peter; P. J., & OLSON, J. C. (2009). Comportamento do consumidor e estratégia de marketing, 8. Ed, São Paulo: McGraw Hill.
Richins, M. L. (1994). Valuing things: The public and private meanings of possessions. Journal of Consumer Research, 21(3). Recuperado de https://doi.org/10.1086/209414.
Rocha, E. P.G. (2002). Cenas do consumo: Notas, ideias, reflexões. Revista Semear, Nº 6. Recuperado de http://www.letras.puc-rio.br/unidades&nucleos/catedra/revista/6Sem_06.html.
Rocha, E. P. G., & Barros, C. (2006). Dimensões culturais do marketing: Teoria antropológica, etnografia e comportamento do consumidor. Revista de Administração de Empresas, 46(4). Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-75902006000400005.
Rocha, E. P. G., & Barros, C. (2004). Dimensões culturais do marketing: Teoria antropológica, estudos etnográficos e comportamento do consumidor. In: Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, 28, Curitiba. Anais. Curitiba: ANPAD.
Rook, D. W., & Levy, S. J. (1983). Psychosocial Themes in Consumer Grooming Rituals, in Advances in Consumer Research, 10(1), eds. Ann Arbor, MI: Association for Consumer Research. Recuperado de http://web.a.ebscohost.com.proxy3.library.mcgill.ca/ehost/resultsadvanced?vid=29&sid=2c411966-a8c3-4d3e-bda6-a9455571bc56%40sessionmgr4008&bquery=TI+Psychosocial+Themes+in+Consumer+Grooming+Rituals&bdata=JmRiPWJ0aCZ0eXBlPTEmc2VhcmNoTW9kZT1TdGFuZGFyZCZzY29wZT1zaXRl.
Roper, S., & La Niece, C. (2009). The importance of brands in the lunch-box choices of low-income British school children. Journal of Consumer Behaviour, 89(2/3). Recuperado de https://doi.org/10.1002/cb.275.
Sahlins, M. (2006). Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar.
Siegel, D. L., Coffey, T. J., & Livingston, G. (2004). The great tween buying machine: Capturing your share of the multibillion dollar tween market. Chicago: Dearborn Trade Publishing.
Slater, D. (1983). Cultura do consumo e modernidade. São Paulo: Nobel, 2002.
Solomon, M. R. (1983). The role of products as social stimuli: A symbolic interactionism perspective. Journal of Consumer Research, 10(3). Recuperado de https://doi.org/10.1086/208971.
Tharp, M., & Scott, L. M. (1990). The Role of Marketing Processes in Creating Cultural Meaning, Journal of Macromarketing, 10(2). Recuperado de https://doi.org/pdf/10.1177/027614679001000204.
Wattanasuwan, K. (2005). The self and symbolic consumption. Journal of American Academy of Business, 6(1). Recuperado de http://www.bus.tu.ac.th/intranet/research/web/Kritsadarat_The%20Self%20and%20Sysbolic%20consumption.pdf.
Woodward, K. (2009). Identidade e Diferença: Uma Introdução Teórica e Conceitual. In: Silva, T. T. (Org.), Identidade e Diferença: A Perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Sany Karla Machado
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista, sem ônus para a mesma, o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores assumem exclusiva responsabilidade pelas suas opiniões emitidas nos trabalhos publicados nesta revista
