THE PANDEMIC OF DISTOPIA: WHAT FORM OF GOVERNMENT IS ARISING?
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v7i20.6330Palavras-chave:
Biosecurity, Risk management, Latrogenesis, Covid-19, Bare lifeResumo
O paradigma de governo, enunciado por Giorgio Agamben, é explorado por meio dos três conceitos chave de iatrogênese, gestão de risco e biossegurança. O primeiro fora explorado por Ivan Illich e expõe a contraprodutividade do empreendimento médico. O segundo emerge quando as instituições modernas perdem suas identidades para tornarem-se um sistema social integrado que redefine as identidades das pessoas. Sob a alegação de promover autonomia e decisões informadas, as esferas de expertise se extendem a todos aspectos da vida. Finalmente, a biossegurança é um novo ápice no qual em vez de ter direito à saúde, as pessoas se tornam obrigadas a estarem saudáveis. Cada aspecto da vida se torna mediado por tecnologias de vigilância. O resultado é que apenas a vida nua (zoè) é salvaguardada, e para escapar disso seria necessário escapar da pobreza modernizada. A pandemia poderia criar espaço para a discussão pública sobre as consequências deletérias do industrialismo.
Referências
Agamben, Giorgio (2020a). Biosecurity and politics. Retrieved May 27th, 2020, from: https://autonomies.org/2020/05/giorgio-agamben-biosecurity-and-politics/.
Agamben, Giorgio (2020b, April 13). Una domanda. Quodlibet. Retrieved May 25, 2020, from: https://www.quodlibet.it/giorgio-agamben-una-domanda.
Agamben, Giorgio (2016). The use of bodies (Homo Sacer IV, 2). Stanford: Stanford University Press.
Agamben, Giorgio (1998). Homo sacer: sovereign power and bare life. Stanford: Stanford University Press.
AlJazera (2020, May 25) 8,000 'excess deaths' in Mexico City as coronavirus rages: study. Retrieved May 26th, 2020, from: https://www.aljazeera.com/news/2020/05/8000-excess-deaths-mexico-city-coronavirus-rages-study-200526011843496.html.
APA, American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (DSM-5) (5th ed). Washington: American Psychiatric Publishing.
Arantes, Paulo (2015). O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo.
Armstrong, David (1995). The rise of surveillance medicine. Sociology of Health & Illness, 17(3), 393-404.
Augusto, Acácio & Wilke, Helena (2019) 11. Racionalidade neoliberal e segurança: embates entre democracia securitária e anarquia. In Margareth Rago & Mauricio Pelegrini (Orgs.). Neoliberalismo, feminismos e contracondutas: perspectivas foucaultianas, v. 1 (pp. 225-245). São Paulo: Intermeios..
Barruti, Soledad (2020). Nuggets e morcegos: como cozinhamos as pandemias. Retrieved May 29th, 2020, from: https://editoraelefante.com.br/nuggets-e-morcegos-como-cozinhamos-as-pandemias/.
Baudrillard, Jean (2008). Fatal strategies. Boston: Semiotext(e).
Beck, Ulrich (1992). Risk society: towards a new modernity. New Delhi: Sage.
Cayley, David (2020, April 8). Questions about the current pandemic from the point of view of Ivan Illich. DAVIDCAYLEY.COM. Retrieved May 26, 2020, from: https://www.quodlibet.it/david-cayley-questions-about-the-current-pandemic-from-the-point.
Callahan, Manuel (2019). Repairing the community: UT Califas and convivial tools of the commons. Ephemera: Theory & Politics in Organization, 19(2).
Casagrande, Lucas & Freitas, Nilo C. (2020). Organizing in the age of systems: Ivan Illich’s critical contributions to organization studies. Cadernos EBAPE.BR, 18(2), 254–267.
Duden, Barbara (2002). The quest for past somatics. In L. Hoinacki & C. Mitcham (Eds.). The Challenges of Ivan Illich: a collective reflection (pp. 219-230). Albany: Suny Press.
Fradin, Jacques (2020, July 29). Rêve épidémique: le coronavirus est-il anti-économique? (spoiler: non). Lundimatin. Retrieved December 5, 2020, from: https://lundi.am/Reve-epidemique-Jacques-Fradin.
Giles, Chris (2020, May 26). UK excess deaths reach almost 60,000. Retrieved May 26th, 2020, from: https://www.ft.com/content/4a91a414-4937-4c54-aa78-6d231f4a4e43.
Han, Byung-Chul (2020). The viral emergenc(e/y) and the world of tomorrow. Retrieved May 27th, 2020, from: https://pianolaconalbedrio.wordpress.com/2020/03/29/the-viral-emergence-y-and-the-world-of-tomorrow-byun-chul-han/.
Illich, Ivan (1995). Death undefeated: from medicine to medicalisation to systematisation. British Medical Journal, 311(7021), 1652-1653.
Illich, Ivan (1992). Twelve years after medical nemesis. In the mirror of the past, lectures and addresses, 1978-1990. New York: Marion Boyars.
Illich, Ivan (1986). Body history. The Lancet, 328(8519), 1325-1327.
Illich, Ivan (1975). Medical nemesis: the expropriation of health. London: Marion Boyars Books.
Illich, Ivan (1974). Medical nemesis. The Lancet, 303(7863), 918-921.
Levin, L. (2003). Ivan Illich. Journal of Epidemiology & Community Health, 57(12), 925-925.
Lichotti, Camille (2020, May 22). Mortos que o vírus não explica. Retrieved May 26th, 2020, from: https://piaui.folha.uol.com.br/mortos-que-o-virus-nao-explica/.
Moises, Subcomandante I. (2020, March 17). EZLN closes caracoles due to coronavirus and calls on people not to abandon current struggles. Retrieved May 29th, 2020, from: http://enlacezapatista.ezln.org.mx/2020/03/17/ezln-closes-caracoles-due-to-coronavirus-and-calls-on-people-not-to-abandon-current-struggles/.
Motta, Fernando C. P. (1986). Tecnoburocracia e educação formal. Educação e Sociedade, 3(23), 50-78.
Miller, Kent D. (2009). Organizational risk after modernism. Organization Studies, 30(2-3), 157–180.
NBC. (2005, September 29). WHO: Impossible to estimate pandemic deaths. NBC News. Retrieved Apr. 5th, 2020 from: https://www.nbcnews.com/id/wbna9535929.
Parker, Martin (2019). Shut down the business school: what’s wrong with management. London: Pluto Press.
Robert, Jean (2019). L’Età dei sistemi nel pensiero dell’ultimo Illich. Bologna: Hermatena.
Russel, Eleanor & Parker, Martin (2020, June 3). How pandemics past and present fuel the rise of large companies. The Conversation. Retrieved Nov. 8th, 2020 from: https://theconversation.com/how-pandemics-past-and-present-fuel-the-rise-of-large-companies-137732.
Samerski, S. (2015). The decision trap. Genetic education and its social consequences. Exeter: Imprint Academic.
Samerski, Silja (2018). Individuals on alert: digital epidemiology and the individualization of surveillance. Life sciences, society and policy, 14(1), 13.
Tiqqun (2010). The cybernetic hypothesis. Retrieved Aug. 27th 2019 from: https://theanarchistlibrary.org/library/tiqqun-the-cybernetic-hypothesis.
Tragtenberg, M. (2006). Burocracia e ideologia. São Paulo: UNESP.
Wallace, Rob (2016). Big farms make big flu: dispatches on influenza, agribusiness, and the nature of science. New York: NYU Press.
WHO. World Health Organization. (2020). Naming the coronavirus disease (COVID-19) and the virus that causes it. World Health Organization. Retrieved Aug. 27th 2019 from: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance/naming-the-coronavirus-disease-(covid-2019)-and-the-virus-that-causes-it.
Zuboff, Shoshana (2015). Big other: surveillance capitalism and the prospects of an information civilization. Journal of Information Technology, 30(1), 75-89.
Zylberman, Patrick (2013). Tempêtes microbiennes. Essai sur la politique de sécurité. Annales du Congrès de l’Association Française de Science Politique. Strasbourg, France, 11.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Nilo Coradini de Freitas, Lucas Casagrande
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
