FORMAS NÃO CONVENCIONAIS DE ORGANIZAÇÃO E O SISTEMA DE ENSINO SUPERIOR DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Autores

  • Elizeu Barroso Alves PMDA-UP
  • Ademir Moreira Bueno
  • Aline Mara Gumz Eberspächer

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v8i22.5045

Palavras-chave:

Formas não convencionais de organização, Empreendimentos de economia solidária, Curso de Administração

Resumo

O objetivo desse estudo consistiu na análise da qualificação profissional dos egressos do curso de Administração para atuarem em organizações de cunho não convencional. Para ilustrar esse tipo de organização, trazemos o fenômeno da economia solidária. Para tanto, se buscou conhecer, a partir da análise das DCN do curso de Administração, quais são as indicações quanto ao perfil do egresso desejado. Após esse levantamento, partiu-se para uma análise do ENADE que avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação. Tal análise baseou-se na leitura dos relatórios síntese produzidos e disponibilizados em forma digital pelo INEP, referentes aos anos de 2002 a 2012; e nos conteúdos cobrados nas provas do mesmo período. No percurso metodológico, optamos por um estudo exploratória, de abordagem qualitativa e método de pesquisa documental. Após nossas análises, chegamos à conclusão de que ainda se está formando administradores para reproduzir a lógica utilitarista.

Referências

Alcadipani, Rafael (2011) A academia e a fábrica de sardinhas. Organizações & Sociedade, 18(57), 345-348,

Alves, Elizeu B. (2021). Gestão de espaço de fala e análise das condições de produção de versões sobre um crime corporativo: o caso do rompimento da barragem B1 da Vale S/A em Brumadinho/MG. Tese de doutorado, Universidade Positivo, Curitiba, Brasil

Alves, Elizeu B., Bueno, Ademir M., Eberspächer, A. M., & Rolon, Vanessa E. K. (2014) Sobrevivência das empresas de economia solidária brasileiras sob o prisma do capitalismo: sustentabilidade é possível? Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, 7 (3), 701-716.

Alves, Juliano N., Flaviano, Viviane, Klein, Leander L., Löbler, Mauri L., & Pereira, Breno A. D. (2016). A economia solidária no centro das discussões: um trabalho bibliométrico de estudos brasileiros. Cadernos EBAPE.BR, 14(2), 243-257.

Barreyro, Gladys B. & Rothen, José C. (2006). “SINAES” contraditórios: considerações sobre a elaboração e implantação do sistema nacional de avaliação da educação superior. Educação & Sociedade, 27(96), 955-977.

Boaventura, Patricia S. M., Souza, Lucas L. F., Gerhard, Felipe, & Brito, Eliana P. Z. (2018). Desafios na formação de profissionais em Administração no Brasil. Revista Administração: Ensino e Pesquisa, 19(1), 1-31.

Brasil. Lei 10.861, de 14 de abril de 2004 (2004). Institui o sistema nacional de avaliação da educação superior - SINAES e dá outras providências. Brasília. Recuperado em 7, junho 2021 de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.861.htm.

Brasil. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (1996). Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília. Recuperado em 7, junho 2021 de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm.

Bresser-Pereira, Luiz C. (2011). As duas fases da história e as fases do capitalismo. Crítica e Sociedade, 1(1), 168-189.

Culti, Maria N. (2007). Economia solidária: incubadoras universitárias e processo educativo. Proposta, 31(111), 16-22.

Fischer, Tânia (2012). Gestão social do desenvolvimento de territórios. Revista Psicologia: Organização e Trabalho, 12(1), 113-120.

Fischer, Tânia & Waiandt, Claudiani (2012). Educação profissional e os desafios do desenvolvimento brasileiro: uma proposta integradora entre a pós-graduação, a educação básica e os mundos do trabalho. Revista Brasileira de Pós-Graduação, 9(16), 87-110.

França Filho, Genauto C. (2007). Teoria e prática em economia solidária: problemática, desafios e vocação. Civitas – Revista de Ciências Sociais, 7(1), 155-174.

França Filho, Genauto C. & Laville, Jean L. (2004). Economia solidária: uma abordagem internacional. Porto Alegre: UFRGS.

Furlani, Rosa M. & Oliveira, Elaine R. (2015). Currículo, interdisciplinaridade e o pensamento sistêmico novo-paradigmático como inovação no curso de Administração. Pensamento & Realidade, 30(1), 129-150.

Gaiger, Luiz I. (2003). L'économie solidaire au Brésil: l'exemple du Sud. Revue du MAUSS, 21(1), 80-96.

Gaulejac, Vincent (2017). Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida: Ideias & Letras.

Gil, Antonio C. (2009). Métodos e técnicas de pesquisa social (4a ed). São Paulo: Atlas.

Haddad, Fernando (2005). Hay que ser solidário pero sin perder la combatividad jamás. In Sylvia L. Mello (Org.). Economia solidária e autogestão: encontros internacionais (pp. 22-28). São Paulo: NESOL-USP/ITCP-USP/PW.

História do cooperativismo no Brasil (2015). Recuperado em 24 de abril, 2017 de http://www.oseudinheirovalemais.com.br/historia-do-cooperativismo-no-brasil/.

Hocayen-da-silva, Antônio J., Vizeu, Fabio, & Seifert, Rene E. (2016). Formas não-convencionais de organização na América Latina: Reflexões acerca do discurso de desenvolvimento no modo de vida dos Faxinais. Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 3(8), 1122-1219.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2020). Censo da Educação Superior 2019. Recuperado em 7, junho, 2021 de: https://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2020/Apresentacao_Censo_da_Educacao_Superior_2019.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2018). Relatório Gerencial ENADE 2018. Recuperado em 7, junho, 2021 de: https://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2018/Administracao.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2015a). Exame Nacional de Curso 2015 (Prova). Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2015/01_administracao.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2015b). Relatório Gerencial ENADE 2015. Recuperado em 7, junho, 2021 de: https://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2015/administracao.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2012a). Exame Nacional de Curso 2012 (Prova). Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2012/01_ADMINISTRACAO.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2012b). Relatório Gerencial ENADE 2012. Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2012/2012_rel_administracao.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2009a). Exame Nacional de Curso 2009 (Prova). Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://public.inep. gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2009b). Relatório Gerencial ENADE 2009. Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2009/2009_rel_sint_administracao.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2006a). Relatório Gerencial ENADE 2006. Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/relatorios/administracao_relatoriofinal.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2006b). Exame Nacional de Curso 2006 (Prova). Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_DE_ADMINISTRACAO.pdf.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2003). Exame Nacional de Curso 2003 (Prova). Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://www.blogdaprofa.com.br/enade/cat_view/49-enade-2003.html.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (s/d). O que é o Enade. Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://portal.inep. gov.br/enade.

IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (2013). Caderno Estatístico Município de Curitiba. Recuperado em 7, junho, 2021 de: http://www.ipardes.gov.br/cadernos/Montapdf.php?Municipio=80000.

Laville, Jean L. (2009). Empreendimento Econômico Solidário. In: Gaiger, L. et al. (Org.) Dicionário internacional da outra economia. Coimbra: Almedina.

Laville, Jean L., Hillenkamp, Isabelle, Eynaud, Philippe , Coraggio, Jose L., Ferrarini, Adriane, França Filho, Genauto C., Gaiger, Luis I., Kitajima, Kenichi, Lemaître, Andrea, Sadik, Youssef, Veronese, Marilia, & Wanderley, Fernanda (2016). Théorie de l’entreprise sociale et pluralisme: L’entreprise sociale de type solidaire. Revue Interventions Economiques, 54, 1-16.

Leal, Kamila S. & Rodrigues, Marilsa S. (2018) Economia solidária: conceitos e princípios norteadores. Humanidades & Inovação, 5(11), 209-219.

MEC. Ministério da Educação. Resolução n. 4, de 13 de julho 2005 (2005). Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado, e dá outras providências. Recuperado em 12 março, 2017, de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces004_05.pdf.

MEC. Ministério da Educação. Parecer n. CNE/CES 67/2003, de 13 de março de 2003 (2003). Referencial para as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN dos Cursos de Graduação. Recuperado em 12 março, 2017, de: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2003/pces067_03.pdf.

Mühl, Eldon H. (2009). Violência, racionalidade instrumental e a perspectiva educacional comunicativa. Cadernos de Educação, 33, 251-274.

Pádua, Elisabete M. M. (1997). Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática (2a ed). Campinas: Papirus.

Polanyi, Karl (2000). A grande transformação: as origens de nossa época (2a ed). Rio de Janeiro: Campus.

Ramos, Alberto G. (1989). A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações (2a ed). Rio de Janeiro: FGV.

Razeto, Luís (1993). Economia de solidariedade e organização popular. In Moacir Gadotti & Francisco Gutierrez (Orgs). Educação comunitária e economia popular (pp. 34-58). São Paulo: Cortez.

Rifkin, Jeremy (2000) Identidade e natureza do terceiro setor. In Evelyn B. Ioschpe (Org.). 3º Setor: desenvolvimento social sustentável (pp. 13-23). São Paulo: Gife/Paz e Terra.

Rufino, Sandra (2005). (Re)fazer, (re)modelar, (re)criar: a autogestão no processo produtivo. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Scherer-Warren, Ilse (1999). Cidadania sem fronteiras: ações coletivas na era da globalização. São Paulo: Hucitec.

Seifert, Rene E. & Vizeu, Fabio. (2015). Is organizational growth a managerial ideology? Revista de Administração Contemporânea, 19(1), 127-141.

Secretaria Nacional de Economia Solidária (2006). Atlas da economia solidária no Brasil. Brasília: TEM.

Serva, Mauricio (1996). Racionalidade e organizações: o fenômeno das organizações substantivas. Tese de doutorado, Fundação Getulio Vargas, São Paulo, Brasil.

Singer, Paul (2005). Introdução. In Sylvia L. Mello (Org.). Economia solidária e autogestão: encontros internacionais (pp. 9-16). São Paulo: NESOL-USP/ITCP-USP/PW.

Singer, Paul (2004). A economia solidária no governo federal. Mercado de Trabalho, 24, 3-5.

Singer, Paul (2002). Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

Singer, Paul (2001). Economia solidária versus economia capitalista. Sociedade e Estado, 16(1-2), 100-112.

Travaglini, Claudio (2012). The generation and re-generation of social capital and enterprises in multi-stakeholders social cooperative enterprises: a system dynamic approach. Revista de Administração, 47(3), 436-445.

Vizeu, Fabio (2011). Rural heritage of early Brazilian industrialists: its impact on managerial orientation. Brazilian Administration Review, 8(1), 68-85.

Downloads

Publicado

2021-08-27

Edição

Seção

Artigos