THE MEANING OF WORK FOR STORE MANAGERS IN SHOPPING MALLS: THE CASE OF A CITY OF STREET VENDORS
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v6i17.4197Keywords:
Meaning of work, Shopping center, AgresteAbstract
Busca-se analisar e compreender a percepção do sentido do trabalho para profissionais que atuam em um shopping center localizado na cidade de Caruaru, na região do Agreste de Pernambuco. Discute-se a centralidade do trabalho na contemporaneidade, de forma situada, considerando a realidade social e histórica da região em questão. Foram entrevistados sete gerentes e os resultados apresentaram as categorias horário, infraestrutura, público, trabalho e centralidade, empowerment e busca de melhores condições de trabalho em cidades maiores. A conclusão indica que os sujeitos pontuam o trabalho como elemento central em suas vidas e reproduzem discursos gerencialistas, impostos pelas organizações contemporâneas. Estes discursos, entretanto, se chocam com modos de vida e de trabalho tipicamente agrestinos, reforçando a existência de uma realidade híbrida no contexto do Agreste, no qual shopping e comércio/feira representam a dinâmica cultural dessa região.
References
Abramides, Maria B. C. & Cabral, Maria S. R. (2003). Regime de acumulação flexível e saúde do trabalhador. São Paulo em Perspectiva, 17(1), 3-10.
Andrade, Tabira S. (2008). A estrutura institucional do APL de confecções do Agreste pernambucano e seus reflexos sobre a cooperação e a inovação: o caso do município de Toritama. Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Paraiba, João Pessoa, Brasil.
Antunes, Ricardo (Org.) (2006). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo.
Antunes, Ricardo (2005). O caracol e sua concha: ensaios sobre a morfologia do trabalho. São Paulo: Boitempo.
Antunes, Ricardo (2000). Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo.
Antunes, Ricardo & Braga, Ruy. (2009). Infoproletários: degradação real do trabalho virtual. São Paulo: Boitempo.
Alcadipani, Rafael, Khan, Farzad R., Gantman, Ernesto & Nkomo, Stella (2012). Southern voices in management and organization knowledge. Organization, 19(2), 131-143.
Araujo, Tania B. (2004). Northeast, Northeasts: what northeast? Latin American Perspectives, 31(2), 16-41.
Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE) (2017). Plano de Mix: Abrasce, 2017. Recuperado em 19 setembro, 2019, de: https://abrasce.com.br/wp-content/uploads/2019/05/AF-PlanoDeMix-2017_2018.pdf.
Assumpção, Roberto, Vegro, Celso L. R. & Pino, Francisco A. (2003). O mercado de café expresso em shopping centers da cidade de São Paulo. Informações Econômicas, 33(11), 38-46.
Baltar, Paulo E., Krein, José D., & Leone, Eugênia T. (2009). Economia e mercado de trabalho no Brasil. In Marcia P. Leite & Ângeça M. C. Araujo (Orgs.). O trabalho reconfigurado: ensaios sobre Brasil e México. São Paulo: Annablume.
Boni, Valdete & Quaresma, Sílvia J. (2005). Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, 2(1), 68-80.
Bendassolli, Pedro F. & Gondin, Silvia M. G. (2014). Significados, sentidos e função psicológica do trabalho: discutindo essa tríade conceitual e seus desafios metodológicos. Avances en Psicología Latinoamericana, 32(1), 131-147.
Benjamin, Walter (1992). Paris, capital do século XIX. In Flavio R. Kothe (Org.). Walter Benjamin, Sociologia. São Paulo: Ática.
Cardoso, Maria F. T. C. (1965). Caruaru: a cidade e sua área de influência. Revista Brasileira de Geografia, 27(4), 587-614.
Canclini, Nestor G. (2013). Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade (4a ed). São Paulo: EDUSP.
D’Acri, Vanda (2003). Trabalho e saúde na indústria têxtil de amianto. São Paulo em Perspectiva, 17(2), 13-22.
Damatta, Roberto. (2010). Fé em Deus e pé na tábua ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco.
Damatta, Roberto (2003). A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco.
Dejours, Christophe (1987). A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez.
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) (2007). O mercado de trabalho na região de Caruaru. Recuperado em 6 agosto, 2013, de: http://www.dieese.org.br/analiseped/2007/200704pedCaruaru.pdf.
Dupont, Véronique (2011). The dream of Delhi as a global city. International Journal of Urban and Regional Research, 35(3), 533-554.
Enriquez, Eugène (1999). Perda do trabalho, perda da identidade. In Maria R. Nabuco & Antonio Carvalho Neto (Orgs.). Relações de trabalho contemporâneas (pp. 69-83). Belo Horizonte: IRT/PUC Minas.
Enriquez, Eugène (2014). O trabalho, essência do homem? O que é o trabalho? Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 17(n.spe), 163-176.
Freyre, Gilberto (2004). Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil (7a ed). São Paulo: Global.
Godoy, Arilda S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, 35(3), 20-29.
Gomes, Wagner R. (2013). Construção (inter) cultural em uma instituição federal de ensino superior. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
Gaulejac, Vincent (2007). Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentaçãosocial. São Paulo: Idéias e Letras.
Hackman, J. Richard, Oldham, Greg R., Janson, Robert & Purdy, Kenneth (1975). A new strategy for job enrichment. California Management Review, 17(4), 57-71.
Harvey, David (1989). Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2019). Recuperado em 20 setembro, 2019 de: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/caruaru/panorama.
Imas, J. Miguel & Weston, Alia. (2012). From Harare to Rio de Janeiro: Kukiya-Favela organization of the excluded. Organization, London, 19(2), 205-227.
Kleba, Maria E. & Wendausen, Agueda (2009). Empoderamento: processo de fortalecimento dos sujeitos nos espaços de participação social e democratização política. Saúde e Sociedade, 18(4), 733-743.
Koehl, Jean L. (1990). Les centres commerciaux. Paris: PUF.
Lancman, Selma & Sznelwar, Laerte I. (Orgs.). (2004). Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro: Fiocruz; Brasília: Paralelo 15.
Lima, Lunie I. (2008). Tipologia motivacional de consumo de adolescentes em shopping centers. Revista Eletrônica de Administração, 14(1), 93-110.
Magalhães, Guilherme S., Malaia, Maria C. B. T. & Viegas, Maria C. L. C. (2011). O contexto das relações humanas no trabalho no setor público a partir da reforma de Estado de 1995. Anais do Encontro de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, João Pessoa, PB, Brasil, III.
Mattoso, Jorge & Pochmann, Marcio (1998). Mudanças estruturais e trabalho no Brasil. Economia e Sociedade, 7(1), 213-243.
Marx, Karl (1984). Manuscritos econômico-filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar.
Méda, Dominique (1996). New perspectives on work as value. International Labor Review, 135(6), 633-644.
Melo, Ana B. T. (2011). O trabalho autogestionário na economia solidária: afinal, o que recuperam e o que transformam as empresas recuperadas? Em Debate: Revista Digital, 6, 214-229.
Meira, Paulo R. S. (1998). Shopping centers de Porto Alegre: um estudo de serviços ao consumidor final. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
Morin, Estelle M. (2001). Os sentidos do trabalho. Revista de Administração de Empresas, 41(3), 8-19.
Morin, Estelle M., Tonelli, Maria J. & Pliopas, Ana L. V. (2003). O trabalho e seus sentidos. Anais do Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Atibaia, SP, Brasil, XXVII.
Nascimento, Fernando J. & Ferraz, Adilson. S. (2013). A condição (des)humana: o trabalho no Agreste pernambucano a partir de Hannah Arendt. In Marcio G. Sá, Diogo H. Helal, Adilson Ferraz, & Jailson P. Silva (Orgs.). Trabalho: questões no Brasil e no Agreste Pernambucano (pp. 119-132). Recife: UFPE.
Nardi, Henrique C. (2006). Ética, trabalho e subjetividade: trajetórias de vida no contexto das transformações do capitalismo contemporâneo. Porto Alegre: UFRGS.
Novick, Marta (2000). La transformación de la organización del trabajo. In Enrique G. Toledo (Coord.). Tratado Latinoamericano de sociología del trabajo (p. 123-147). Mexico: Fondo de Cultura Económica.
Offe, Claus (1989). Trabalho: a categoria sociológica chave? In Claus Offe. Capitalismo desorganizado: transformações contemporâneas do trabalho e da política (pp. 167-198). São Paulo: Brasiliense.
Padilha, Valquiria (2003). Shopping center: a catedral das mercadorias e do lazer reificado. Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, Brasil
Paes de Paula, Ana P. (2005). Por uma nova gestão pública: limites e potencialidades da experiência contemporânea. Rio de Janeiro: FGV.
Piccinini, Valmiria C., Oliveira, Sidinei R., Fontoura, Daniele S., Schweig, Cristine (2005). Quando trabalhar faz sentido. In Anais da Conferência da AGRH, Paris, França, 16..
Pitt, Michael & Musa, Zairul N. (2009). Towards defining shopping centres and their management systems. Journal of Retail & Leisure Property, 8(1), 39-55.
Prado Junior, Caio (2008). Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense.
Rocha, Décio & Deusdará, Bruno (2005). Análise do conteúdo e análise do discurso: aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória. Alea: Estudos Neolatinos, 7(2), 305-322.
Rossari, Tânia T. (1992). Demarcação de identidade em espaço coletivo: o Shopping Iguatemi em Porto Alegre. In Heitor Frúgoli Junior & Silvana Pintaudi. Shopping centers: espaço, cultura e modernidade nas cidades brasileiras (pp. 107-129). São Paulo: Unesp.
Sá, Marcio G. (2019). Em busca do impacto perdido? Experiências significativas com sentido local em pesquisa, ensino e extensão. Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 6(15), 364-398.
Sá, Marcio G. (2018). Filhos das feiras: uma composição do campo de negócios agreste. Recife: Massangana.
Sá, Marcio G. (2013). Feirantes: possíveis contribuições. In Marcio G. Sá, Diogo H. Helal, Adilson Ferraz, & Jailson P. Silva (Orgs.). Trabalho: questões no Brasil e no Agreste Pernambucano (pp. 101-116). Recife: UFPE.
Sá, Marcio G. (2011). Feirantes: quem são e como administram seus negócios? Recife: UFPE.
Sá, Marcio G. & Mattos, Pedro. L. C. L. (2016). De pequenos negócios de feira à metodologia científica: avanços a partir de (e para) experiências em contexto agreste. Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 3(7), 628-669.
Sales, Teresa (1982). Agreste, agrestes: transformações recentes na agricultura nordestina. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Santos, Elisabeth C. (2016). Práticas e relações de trabalho da cultura popular no Agreste de Pernambuco: entre o moderno e o tradicional. Tese de doutorado, Universidade Federal da Paraiba, João Pessoa, Brasil.
Santos, Elisabeth C. & Helal, Diogo, H. (2018). O moderno e o tradicional no Agreste de Pernambuco. Ciência & Trópico, 37(1), 163-188.
Santos, Elisabeth C. & Helal, Diogo H. (2016). Relações de trabalho e práticas: aproximações teóricas. Anais do Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD, Belo Horizonte, MG, Brasil, IX.
Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) (2012). Estudo econômico do arranjo produtivo local de confecções do Agreste pernambucano. Relatório final. Recuperado em 20 setembro, 2019, de: https://meuatendimento.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Estudo%20Economico%20do%20APL%20de%20Confeccoes%20do%20Agreste%20-%20%2007%20de%20MAIO%202013%20%20docx.pdf.
Sennet, Richard (2009). O artífice (2a ed). Rio de Janeiro: Record.
Shopping Center (1996). Recuperado em 26 julho, 2013, de: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/relato/shopping.pdf.
Soares, Luiz A. G. M. (2000). Entre a casa e a rua: cultura, espaço e consumo nos shopping centers. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Souza, Jessé (2000). A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema brasileiro. Brasília: UnB.
Telles, Vera S. (2006). Prefácio. In Henrique C. Nardi. Ética, trabalho e subjetividade: trajetórias de vida no contexto das transformações do capitalismo contemporâneo (pp. 7-12). Porto Alegre: UFRGS.
Varotto, Luis F. (2018). Varejo no Brasil: resgate histórico e tendências. Brazilian Journal of Marketing, 17(3), 429-443.
Véras de Oliveira, Roberto (2013). Trajetória e desafios das políticas públicas de emprego no Brasil. In Marcio G. Sá, Diogo H. Helal, Adilson Ferraz, & Jailson P. Silva (Orgs.). Trabalho: questões no Brasil e no Agreste Pernambucano (pp. 19-36). Recife: UFPE.
Xavier, Maria G. P. (2006). O processo de produção do espaço urbano em economia retardatária: a aglomeração produtiva de Santa Cruz do Capibaribe. Tese de doutorado, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, Brasil.
Yu, Tun-Hsiang E., Cho, Seong-Hoon & Kim, Seung G. (2012). Assessing the residential property tax revenue impact of a shopping center. The Journal of Real Estate Finance and Economics, 45(3), 604-621.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).