O QUE PODE SER UMA PSICOLOGIA CRÍTICA DO TRABALHO? APROXIMAÇÕES COM A TEORIA DA ECONOMIA POLÍTICA DO PODER
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v11i32.8419Palavras-chave:
Psicologia Crítica, Psicologia do Trabalho, Revisão Sistemática de LiteraturaResumo
Este artigo busca refletir sobre o que pode ser uma Psicologia Crítica do Trabalho, propondo aproximações com a Teoria da Economia Política do Poder (EPP). A pesquisa examina as perspectivas críticas tanto nos Estudos Organizacionais quanto na Psicologia Crítica, explorando como essas áreas podem dialogar e se complementar. Por meio de uma revisão de literatura, o estudo identifica definições, métodos e objetivos de Psicologia(s) Crítica(s), destacando a relevância dessas abordagens para a prática de psicólogos no contexto laboral. Os achados revelam que Psicologia(s) Crítica(s), ao questionar(em) as estruturas de poder e ao focar na emancipação dos trabalhadores, oferece(m) importantes reflexões para uma prática de psicologia do trabalho que seja congruente com os princípios da EPP. A pesquisa sugere que a integração desses achados permite uma reflexão sobre a atuação do psicólogo no contexto laboral, orientando práticas que não apenas reconhecem, mas também desafiam as dinâmicas de poder existentes nas organizações.
Referências
Burton, Mark (2013). Liberation psychology: a constructive critical praxis. Estudos de Psicologia, 30(2), 249-259.
Brüning, Camila (2021). Economia política do poder e psicologia crítica: diálogos e construções a partir da obra de José Henrique de Faria. Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 8(22), 530-602.
Corredor-Aristizábal, Javier (2010) Crítica y empírica: el rol de la psicología en el cambio social. Revista Colombiana de Psicología, 19(2), 241-257.
Faria, José H. (2009). Teoria crítica em estudos organizacionais no Brasil: o estado da arte. Cadernos EBAPE.BR, 7(3), 509-515.
Galvão, Tais F., Pansani, Thais S. A., & Harrad, David (2015). Principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises: a recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 335-342.
Gruda, Mateus P. P. (2016) Breves considerações, comentários e ideias acerca de uma Psicologia Social Crítica. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 11(2), 514-526.
Guzzo, Raquel S. L. (2015) Psicologia Crítica: um movimento de ruptura dentro da Psicologia. Estudos de Psicologia, 32(3), 519-520.
Jaraba-Barrios, Breno & Mora-Gámez, Fredi (2010) Reconstruyendo el objeto de la crítica: sobre las posibles confluencias entre psicología crítica y estudios sociales de la ciencia y la tecnología. Revista Colombiana de Psicología, 19(2), 225-239.
Jaramillo, Veronica. A. (2013) Creando subjetividades laborales. Implicaciones del discurso psicológico en el mundo del trabajo y las organizaciones. Psicologia & Sociedade, 25(1), 185-192.
Lhuilier, Dominique (2013). El trabajo como instrumento de resistencia a la opresión carcelaria. Universitas Psychologica, 12(4), 1013-1025.
Montero, Maritza (2010) Crítica, autocrítica y construcción de teoría en la psicología social latinoamericana. Revista Colombiana de Psicología 19(2), 177-191.
Montero, Maritza. (2004) Relaciones entre Psicología Social Comunitaria, Psicología Crítica y Psicología de la Liberación: uma respuesta Latinoamericana. Psykhe, 13(2), 17-28.
Moreira, Ana P. Gomes & Guzzo, Raquel. S. L. (2015). Do trauma psicossocial às situações-limite: a compreensão de Ignácio Martín-Baró. Estudos de Psicologia, 32(3), 569-577
Narciandi, Jose C. L. (2019). La psicología como técnica de subjetivación. Papeles del psicólogo, 40(1), 31-38.
Pardo, Carlos. F., & Burbano Valente, Johanna (2007). Las trampas de la velocidad: analisis de la lectura cultural de dos organizaciones. Universitas Psychologica, 6(1), 131-142.
Pavón-Cuéllar, David, & Arroyo-Ortega, Jocelyn (2015). El Ejercito Zapatista de Liberación Nacional y su crítica de las psicologías conformista, despótica y desmemoriada. Estudos de Psicologia, 32(3), 557-568.
Pulido-Martínez, Hernán C. (2014). De cuestiones internas a problemas internacionales: acerca de las críticas contemporáneas a los procesos de selección de personal. Psicoperspectivas, 13(3), 30-40.
Pulido-Martínez, Hernán C. (2012). La investigación sobre la identidad en, para y por el trabajo en América Latina, como ejercicio crítico acerca del mundo laboral. Psykhe, 21(2), 77-85.
Pulido-Martínez, Hernan C. (2004) En busqueda de una psicología critica de los ambitos laborales. Universitas Psychologica, 3(2), 2013-222.
Pulido-Martínez, Hernan C., & Burbano-Vlente, Johanna (2021). La crítica de la psicología, trabajo y la pandemia de Covid-19. Fractal: Revista de Psicologia, 32(3), 318-327.
Pulido-Martínez, Hernan C., Carvajal-Marín, Luz M., & Cabruja-Ubach, Teresa (2009). El sinuoso fluir de la psicología crítica: una conversación con Teresa Cabruja Ubach. Universitas Psychologica, 8(3), 538-599.
Pulido-Martínez, Hernan C. & Sato, Leny (2013). ...Y entonces ¿esto de la crítica qué es? De las relaciones entre la psicología y el mundo del trabajo. Universitas Psychologica, 12(4), 1355-1368.
Pulido-Martínez, Hernan C.. & Walkerdine, Valerie (2006) Psicología, el mundo del trabajo y la subjetividad: Valerie Walkerdine en conversación com Hernán C. Pulido-Martínez. Universitas Psychologica, 6(1), 185-194.
Rodrigues, Liliana, Carneiro, Nuno Santos & Nogueira, Conceição (2021) História das abordagens científicas, médicas e psicológicas sobre as transexualidades e suas aproximações críticas. Saúde e Sociedade, 30(2), 1-13.
Saavedra, Luisa (2013). Psicologia vocacional e feminismo crítico: do passado ao -futuro. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 14(1), 7-17.
Salgado, Maria & Franciscatti, Kety V. S. (2014) A análise dos dados da história oral: fundamentos para uma Psicologia Crítica. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(1), 304-319.
Santos, Hernani P. & Martins, João B. (2013) O cientificismo como obstáculo à compreensão ético-política da Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, 33(n. esp.), 42-53.
Schraube, Ernst (2015) Why theory matters: analytical strategies of Critical Psychology. Estudos de Psicologia, 32(3), 533-545.
Solan, Tod (2002). Ideología y liberación. Aspectos psicosociales. Revista Subjetividades, 2(1), 9-16.
Teo, Thomas (2015). Critical psychology: a geography of intelectual engagement and resistance. American Psychologist, 70(3), 243-254.
Teo, Thomas. (2006). The critique of psychology: from Kant to postcolonial theory. New York: Springer Science & Business Media.
Valencia, Nelson M. (2005). De la cognición al discurso. aproximación a la Psicología Crítica. Poiésis, 10, s.p..
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Camila Brüning, José Henrique de Faria, Larissa Nazário Nogueira, Luiz Gustavo Camilo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
