AUTOGESTÃO DO TRABALHO NUM ASSENTAMENTO DO MST
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v9i24.6181Palavras-chave:
Autogestão, Assentamento, MST, Organização do trabalho, Observação participanteResumo
O objetivo deste artigo é investigar a aplicação da autogestão na organização do trabalho no assentamento Osvaldo de Oliveira/RJ ligado ao MST. Assim, a investigação é feita a partir do que informam os assentados desse espaço rural. A construção do corpus de pesquisa deu-se a partir de observação participante durante convívio de quinze dias com os assentados. Os dados coletados no relacionamento com a comunidade foram registrados em caderno de campo e entrevistas semiestruturadas realizadas com 11 residentes do assentamento. Esses dados foram interpretados de acordo com as orientações de análise de conteúdo categorial. Os resultados sugerem que a comunidade é gerida coletivamente. Assim, todas as matérias de interesse do assentamento são discutidas em assembleias, desde a escolha dos coordenadores do território, a organização dos grupos de trabalho coletivo, horário do início, intervalos e encerramento da jornada diária de trabalho, forma de remuneração e escolha da cultura a ser plantada.
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