INSTITUCIONALIZAÇÃO DE PRÁTICAS DE GESTÃO DE RISCO EM UMA CONCESSIONÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
DOI:
https://doi.org/10.22561/cvr.v29i3.3565Palavras-chave:
Gestão de riscos, Setor elétrico, Gestão de riscos corporativos, Coso.Resumo
Tendo como objetivo verificar o processo de institucionalização de práticas de gestão de riscos em uma concessionária de distribuição de energia elétrica. Realizou-se uma pesquisa exploratória, por meio de estudo de caso e com abordagem mista (quantitativa e qualitativa). De um total de 123 gestores, obteve-se 37 questionários válidos (30%), os dados coletados foram complementados com entrevistas semiestruturadas aplicadas a dois diretores e ao presidente da corporação. Entre os resultados, constatou-se que os principais fatores que influenciaram a formalização das práticas de gestão de riscos na concessionária foram o Plano Estratégico e o Plano Diretor. A concessionária está em processo de institucionalização de práticas de gestão, cujo objetivo é adotar novas práticas de gestão de risco, melhorar a governança e estar em conformidade com as leis e os regulamentos. Constatou-se que outras empresas do setor elétrico já adotam práticas de gestão de riscos e infere-se que práticas foram influenciadas pelo isomorfismo, ou seja, a concessionária se reestruturou assemelhando-se a outras que enfrentam ou estão expostas a um mesmo conjunto de adversidades ambientais. O estudo contribui por evidenciar que o isomorfismo, no caso o mimético e o coercitivo, são indutores da gestão de riscos. Contrariando o preconizado pelo COSO (2013), de que o Conselho de Administração e diretoria são indutores à adoção da gestão integrada dos riscos, no contexto analisado não se apresentou como suficiente para a instituição do GRC, indicando que as relações de poder entre os gestores em nível tático são barreiras que necessitam serem cuidadosamente mitigadas.
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