Résumé
A pandemia da COVID-19 impôs desafios para o acesso e a continuidade da oferta de cuidados aos usuários na Atenção Primária à Saúde (APS). Uma das estratégias propostas pelo município de Belo Horizonte foi a telessaúde, que consiste na utilização de recursos tecnológicos, como os atendimentos por áudio-vídeo, para a oferta de serviços de saúde. O objetivo deste artigo é apresentar a experiência da estruturação do teleatendimento na APS de Belo Horizonte, no contexto da pandemia. Como metodologia utilizou-se o relato de experiência. Foram apresentados processos estruturantes e aspectos de destaque na oferta dessa modalidade. Dois grandes grupos beneficiados, inicialmente, com o teleatendimento e telemonitoramento foram os usuários com condições crônicas e os casos suspeitos de COVID-19. Embora tenham sido identificados desafios e aspectos que necessitam de maior atenção, investimento e readequações, os resultados alcançados refletem a complexidade do cuidado à saúde e as perspectivas práticas na organização e ampliação da capacidade de resposta dos serviços. Destaca-se que a telessaúde representa benefícios para a prática assistencial e para a gestão dos serviços de saúde.