A sociedade como uma ordem moral: a teoria da sociabilidade de Adam Smith como uma resposta a Mandeville e Rousseau
Resumo
Este artigo busca mostrar que a teoria da simpatia e do espectador imparcial de Smith pode ser entendida como uma tentativa de superar a antropologia egoísta defendida por Mandeville e denunciada por Rousseau. Na visão de Smith, se a teoria de Mandeville a respeito da psicologia por trás do comércio e da troca estivesse correta, então Rousseau teria razão em sua denúncia dos males morais da civilização. No entanto, para Smith, as teses de Mandeville estavam equivocadas, e, assim, as críticas de Rousseau eram amplamente infundadas, pois, paradoxalmente, elas se baseavam na descrição da sociabilidade apresentada por Mandeville. Nesse sentido, as frequentemente enfatizadas simpatias de Smith pelos argumentos de Rousseau devem ser mitigadas.
Palavras-chave: Adam Smith; Sociabilidade; Amor-próprio; Jean-Jacques Rousseau; Bernard Mandeville.
Códigos JEL: B10, B11, B12.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ivan Prates Sternick
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autore[a]s que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autore[a]s mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autore[a]s têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).