DISPUTAS E O DIREITO A CIDADE:
O “RIO VIVIDO” E O “RIO VENDIDO”
DOI:
https://doi.org/10.29149/mtr.v9i1.8276Palavras-chave:
turismo, cidades, territorio, antropologia urbanaResumo
Parágrafo O presente trabalho vai articular as relações entre cidade, samba, territorialidade e turismo, buscando entender como esse encadeamento tenta, através de estratégias fomentadas pelo capital, mover e reconfigurar espaços dentro da cidade do Rio de Janeiro. Nossa proposição neste trabalho é, portanto, indicar as relações existentes entre o turismo e o uso da cidade como espaço político. Para isso, iniciarei o artigo com um breve resumo das práticas sociais do turismo, seus usos e conflitos. Depois, irei trazer falas das musicistas que elucidam a questão territorial, indicando aspectos geográficos em seus discursos. Por fim, irei refletir sobre o papel do turismo em atravessar as lacunas existentes entre o Rio de Janeiro “vivido” e o “vendido”. Nosso corpus engloba as matérias jornalísticas que abordaram este tema, além das publicações nas redes sociais e uma parcela do meu escopo de entrevistas semiestruturadas através de História Oral, desenvolvido na minha pesquisa de mestrado, defendida em março de 2021 no PPHBPC. Pela Fundação Getulio Vargas. A pergunta que norteia essa pesquisa é: como a transformação do local em “turístico” fez o espaço para vendas ser “maior” que o espaço cultural destinado ao samba?
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