Foz do Iguaçu/PR na Perspectiva da Teoria do Espaço Turístico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29149/mtr.v6i2.6621

Palavras-chave:

Hierarquia de Destino Turístico, Espaço turístico, Turismo, Foz do Iguaçu/PR

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo classificar e hierarquizar o  município turístico Foz do Iguaçu/PR, principal destino do Estado do Paraná, com base nos pressupostos de Boullón, quanto ao papel que desempenha e a hierarquia que assume perante os demais destinos brasileiros, baseando-se na origem de sua demanda.  No que diz respeito à delimitação temporal o estudo se caracteriza como longitudinal. Quanto ao método de coleta e análise dos dados se caracteriza como exploratória e descritiva, de abordagem quali-quantitativa, apoiada em fontes bibliográficas e documentais. Os dados foram obtidos em relatórios de pesquisa de demanda disponibilizados pela Secretaria de Turismo do município objeto de análise, artigos científicos e informações sistematizadas da plataforma TripAdvisor. Conclui-se que o município de Foz do Iguaçu, no que diz respeito à função espacial, constitui-se um centro turístico de distribuição, em especial, para os centros turísticos de Ciudad del Este e Puerto Iguazu, Paraguai e Argentina respectivamente. Quanto à abrangência, no que tange a demanda externa classifica-se como um destino internacional não limítrofe, e quanto a demanda interna, ostenta a posição de destino nacional, ocupando a posição 7 nível 3 com uma média de 17.600 turistas em um único dia. Como implicações práticas da investigação, o presente trabalho aponta algumas possibilidades para que o destino se torne um centro de estada. Além disso, a pesquisa indica a pertinência de estudos complementares levando em consideração os países vizinhos pela integração apresentada.

Biografia do Autor

ALEXANDRE GOSENHEIMER, Universidade Federal do Paraná, Brasil

Bacharel em Hotelaria pela Unioeste/Campus Foz do Iguaçu. Mestrando em Turismo pela Universidade Federal do Paraná. Pesquisador colaborador no Centro de Observação e Estudos Regionais. Possui interesse em pesquisas com temas que envolvam gestão de organizações públicas e privadas de turismo. Assuntos temáticos: marketing, cassinos, teoria da probabilidade aplicada aos jogos de apostas e etnografia do apostador.

JOSÉ ELMAR FEGER , Universidade Federal do Paraná, Brasil

Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Universidade do Contestado (1983), mestrado em Desenvolvimento Regional pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (2002) e doutorado em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz - UNISC, de Santa Cruz do Sul - RS (2010). Pós Doutorado no Departamento de Ciências Econômicas e Empresariais da UMA - Universidad de Málaga, Espanha (2017). Atualmente é professor da Universidade Federal do Paraná - UFPR atuando como professor permanente no Mestrado Acadêmico em Turismo vinculado a linha de pesquisa Organizações Turísticas Públicas e Privadas. Líder do Grupo de Pesquisa CORE - Centro de Observação e Estudos Regionais concentrando-se na linha de investigação Políticas Públicas, Populações e Demografia. Participa como colaborador do GEPTA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologia Aplicada na linha de pesquisa Gestão da Informação e Aplicações Tecnológicas. Possui experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Pequenas Empresas e Gestão de Projetos. Em pesquisa atua preferencialmente com os seguintes temas: turismo, políticas públicas de turismo, desenvolvimento regional, empreendedorismo, qualidade em serviços, competitividade e análise de redes sociais.

SARAH MARRONI MINASI, Universidade do Vale do Itajaí, Brasil

Bacharel em Turismo pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Mestra em Desenvolvimento Regional na Universidade de Santa Cruz do Sul (2014). Doutoranda em Turismo e Hotelaria na Universidade do Vale do Itajaí. Bolsista Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. Tem experiência na área de ensino, pesquisa e gestão do turismo. É integrante dos Grupos de Pesquisa CORE - Centro de Observação e Estudos Regionais (UFPR), TerroirTUR - Turismo, Enoturismo, Gastronomia, Patrimônio do Vinho e Desenvolvimento (UFPR) e Turismo, Hospitalidade e Gastronomia (UNIVALI) cadastrados no CNPq. Atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento regional,gestão e planejamento territorial do turismo e geotecnologias no turismo e hospitalidade.

João Eugenio Marynowski, Universidade Federal do Paraná, Brasil

Professor adjunto na Universidade Federal do Paraná (UFPR), atuando no curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, no qual é o atual coordenador. Seus interesses envolvem big data, incluindo banco de dados, sistemas distribuídos, segurança, teste e tolerância a falhas. Possui formação em Ciência da Computação, sendo doutor (2013) e mestre (2004) pela UFPR, e bacharel (2001) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Também realizou pós-doutorado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) entre 2014 e 2015. Possui experiência tanto no ensino superior de diversas disciplinas (p. ex.: Algoritmos, BD, Redes, IA, Compiladores, SO e SD) quanto no uso de TI como apoio à gestão empresarial. Atuou como consultor, gerente, analista e orientador durante o desenvolvimento e implantação de sistemas distribuídos, web, de tempo real e planejamento. Foi diretor e administrador de empresa no seguimento de suporte e segurança de sistemas, provendo serviços de infra-estrutura tecnológica, auditoria de sistemas, administração de banco de dados e software livre.

THALYSON MISSAEL DA SILVA , Universidade Federal do Paraná, Brasil

Possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Paraná (2014). Atualmente estudando Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade Federal do Paraná (2015 - )

Referências

Agência de Notícias do Paraná. (2020). Parque Nacional do Iguaçu bate recorde de visitantes em 2019. Recuperado de http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=105231&tit=Parque-Nacional-do-Iguacu-bate-recorde-de-visitantes-em-2019

Almeida, M. (2006). Matriz de avaliação do potencial turístico de localidades receptoras. Tese de doutorado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Barrado-Timon, D.A. (2004). El concepto de destino turístico. Una aproximación geográfico-territorial. Estúdios Turísticos, no. 160, p.45-68. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2140762

Boullón, R. C. (2005). Os municípios Turísticos. Bauru: Edusc.

___________. (2006). Planificación del espacio turístico (4a. ed.). México: Trillas.

Castro, F. J. G. (2020) Fatores explicativos da oferta e da demanda dos destinos turísticos paranaenses. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Recuperado de https://www.prppg.ufpr.br/siga/visitante/trabalhoConclusaoWS?idpessoal=71426&idprograma=40001016079P9&anobase=2020&idtc=2

Corrêa, R. L. (2000). Espaço, Um Conceito Chave da Geografia. In Castro, I. E., Gomes, P. C. C. & Corrêa, R. L. (Orgs.) Geografia Conceitos e Temas. 2ª edição. p. 15 - 47, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Cury, M. J. F. (2010). Territorialidades Transfronteiriças do Iguassu (TTI): Interconexões, Interdependências e Interpenetrações nas cidades da tríplice fronteira: Foz do Iguaçu (BR), Ciudad del Este (PY) e Puerto Iguazú (AR). (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Recuperado de https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24222/tese-territorialidadestransfronteiricasdoiguassu-maurojoseferreiracury07-07-2010.pdf?sequence=1

Feger, J. E. (2010). Regionalização do turismo na área de influência dos municípios de Marcelino Ramos (RS) e Piratuba (SC). (Tese de Doutorado) - Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS. Recuperado de https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/455/1/JoseElmar.pdf

Feger, J. E., Fischer, A., Moraes, P. E. S., & Siepmann, V.D. (2013). A hierarquia dos municípios turísticos localizados na fronteira gaúcha e catarinense e suas implicações para o planejamento do turismo regional. VI Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento Regional. UNISC, Rio Grande do Sul/RS. Recuperado de https://www.unisc.br/site/sidr/2013/Textos/255.pdf

Foz do Iguaçu Destino do Mundo. (2020). Foz da emoção. Recuperado de https://www.fozdoiguacudestinodomundo.com.br/foz-da-emocao

Fratucci, A.C. (2000). Os lugares turísticos: territórios do fenômeno turístico. GEOgraphia, ano II, n.o 4, p. 121 - 133. Recuperado de https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2000.v2i4.a13390

____________. (2014). Turismo e território: relações e complexidades. Caderno Virtual de Turismo. Edição especial: Hospitalidade e políticas públicas em turismo. Rio de Janeiro, v. 14, supl.1, s.87-s.96. Recuperado de http://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php/caderno/article/viewFile/1018/404

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6a. ed). São Paulo: Atlas.

Guissoni, R., Alencar, D. G., & Gândara, J. M. G. (2019). O Turismo de experiência no Paraná-Brasil: Uma análise sobre os turistas que procuram por experiências em negócios, meio urbano e esportes. Revista Turismo & Desenvolvimento, n.o 32, p. 235 - 253. Recuperado em http://each.usp.br/turismo/publicacoesdeturismo/ref.php?id=52829

Impacto. (2017). Foz é o 3o. destino mais visitado por turistas estrangeiros no país. Recuperado de http://www.impactopr.com.br/foz-do-iguacu-e-o-3o-destino-mais-visitado-por-turistas-estrangeiros-no-pais/

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2017). Divisão regional do Brasil. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/divisao-regional/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html?edicao=15905&t=acesso-ao-produto

____________________________________________. (2019). Cidades e Estados. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pr/foz-do-iguacu.html

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (2012). Turistas de 160 países visitaram o Parque Nacional do Iguaçu em 2011. Recuperado de https://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/2475-turistas-de-160-paises-visitaram-o-parque-nacional-do-iguacu-em-2011

Lacoste, Y. (1988). A geografia – isso serve em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus.

Lohmann, G., & Panosso, A. N. (2008). Teoria do turismo: conceitos, modelos e sistemas. São Paulo: Aleph.

Middleton, V. T. C., & Clarke, J. (2002). Marketing de turismo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus.

Ministério do Turismo (MTur). (2018). Dados e Fatos. Recuperado de http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-54-03/demanda-tur%C3%ADstica-internacional.html

Miskalo-Cruz, M., & Gândara, J. M. (2016). Indicadores para monitoramento e gestão de destinos turísticos inteligentes. CULTUR, ano 10 - nº 02 – Jun/2016. Recuperado em https://periodicos.uesc.br/index.php/cultur/article/view/1602

Paraná Turismo. (2016). Plano Paraná Turístico 2026 – Pacto para um destino inteligente, Curitiba (PR). Recuperado de http://www.turismo.pr.gov.br/arquivos/File/institucional/PLANO_DE_TURISMO/ParanaTuristico2026documentocompleto__1.pdf

Pearce, D. (2003). Geografia do turismo: fluxos e regiões no mercado de viagens. São Paulo: Aleph.

Petrocchi, M. (2004). Marketing para destinos turísticos: Planejamento e gestão. São Paulo: Futura.

Rabahy, W. (2003). Turismo e desenvolvimento: estudos econômicos e estatísticos no planejamento. Barueri, SP: Manole.

Ramos, R.G. & Lopes, W.G.R. (2012). Zonificación turística de la región centro-norte del estado de Piauí (Brasil). Aplicación de la teoría del espacio turístico de Roberto Boullón. Estudios y Perspectivas en Turismo, vol. 21, número 2, p. 417-435, Buenos Aires. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/1807/180721638008.pdf

Rodrigues, A. A. B. (2011). Geografia e Turismo - Notas Introdutórias. Revista Do Departamento De Geografia, 6, 71-82. https://doi.org/10.7154/RDG.1992.0006.0006

Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu/PR. (SMT). (2014) Inventário da Oferta Turística de Foz do Iguaçu. Recuperado de http://www.pmfi.pr.gov.br/ArquivosDB?idMidia=75475

___________________________________________________. (2019a). Tabela de Atrativos Turísticos e Entretenimento. . Recuperado de http://www.pmfi.pr.gov.br/ArquivosDB?idMidia=108601

____________________________________________________. (2019b) Inventário Técnico de Estatísticas Turísticas. Recuperado de http://www.pmfi.pr.gov.br/ArquivosDB?idMidia=108547

Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu/PR & Secretaria de Estado do Turismo do Paraná. (SMT/SETU). (2012). Estudo de demanda turística de Foz do Iguaçu 2011 / 2012. Recuperado de http://www.turismo.pr.gov.br/arquivos/File/DemandaTuristicaFozdoIguacu20112012.pdf

Soares, J. G., & Cardozo, P. F. (2012). Metodologia para aferimento de potencialidade turística: um estudo de caso. Revista Espaço Acadêmico, 11(128), 171-179.

Suzart, V., Ribeiro, R.M., & Moraes, E.H. (2016). Planejamento do turismo sob a perspectiva da análise espacial: um estudo em Paranapiacaba/SP. Applied Tourism, 1(2), 135-151. DOI: 10.14210/at.v1n2.p135-151

Valls, J., Bustamante, J., Gusmán, F., & Vila, M. (2006). Gestão integral de destinos turísticos sustentáveis. Rio de Janeiro: Editora FGV.

Vieira, I.K.R., Knupp, M.E.C.G., & Costa, M.R. (2014). Gestão integrada e descentralizada; desenvolvimento social e turístico no Destino Iguassu. VIII Fórum Internacional de Turismo do Iguassu. Foz do Iguaçu/PR. Recuperado de https://festivaldascataratas.com/wp-content/uploads/2014/01/3.-GEST%c3%83O-INTEGRADA-E-DESCENTRALIZADA-DESENVOLVIMENTO-SOCIAL-E-TUR%c3%8dSTICO-NO-DESTINO-IGUASSU.pdf

Visit Iguassu. (2020). O que fazer a noite. Recuperado de https://www.iguassu.com.br/o-que-fazer/o-que-fazer-a-noite/cassinos/

Publicado

2021-09-28

Como Citar

GOSENHEIMER, A., FEGER, J. E., MINASI, S. M., Marynowski, J. E., & DA SILVA , T. M. . (2021). Foz do Iguaçu/PR na Perspectiva da Teoria do Espaço Turístico . Marketing & Tourism Review, 6(2). https://doi.org/10.29149/mtr.v6i2.6621

Edição

Seção

Artigos