“KIT GAY” E OS PROBLEMAS DA “PÓS-VERDADE”: PERSEGUINDO RESPOSTAS CRÍTICAS
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v9i26.6722Palavras-chave:
Kit gay, Pós-verdade, Gênero, Política, TecnologiaResumo
O artigo aborda a polêmica do “kit gay” a partir de um mapeamento de controvérsias realizado em publicações virtuais entre os anos de 2011 e 2018. Tem como foco a resposta crítica que tal significante recebeu em disputas políticas, nas quais foi referido como apelido pejorativo do programa Escola sem Homofobia, em um movimento frequentemente associado a falácias, mentiras ou à chamada “pós-verdade”. Argumentamos que tal estratégia reduz a complexidade da controvérsia, baseando-se em um ideal estabilizado para a verdade, que já aparece superada pelo uso do prefixo “pós”. Desse modo, com base nos Estudos da Ciência e Tecnologia, propomos uma outra abordagem para o “kit gay", não o considerando, previamente, uma mentira, mas sim perseguindo a rede performativa através da qual ele adquire graus de veridicção na esfera pública brasileira, efetivando-se como fato da política, em um movimento que chamamos coordenação.
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