QUANTO VALE?

Autores

  • Mariana Luísa da Costa Lage Universidade Federal de Juiz de Fora / Universidade Federal do Espírito Santo
  • Isis Medeiros

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v6i15.5518

Palavras-chave:

Crimes ambientais, Acumulação de capital, Sociedade

Resumo

Os diques se romperam. Pânico, desespero e indignação se instalaram. Os alarmes não soaram e de repente veio o mar de lama. Mar de rejeitos, de impurezas, o resto da produção do qual não nos foi questionado se queríamos. Nos foi enfiado rio abaixo. 

Vimos dor e sofrimento. Corpos (des)encontrados e tudo solidificado. Inabitável. De Bento Rodrigues a Brumadinho, os rios morreram e ficaram amargos: indígenas órfãos, trabalhadores sem bússolas, pescadores sem sustento, agricultores sem produção e surfistas em um back side na areia.

Em três anos, dois meses e 20 dias, tudo se repetiu. Água turva em pedra dura, tanto bate até que...? Que nada acontece! Macacos. Rio Acima. Ouro Preto... Quantas mais? São centenas de barragens pelo Brasil. Como dormir?

Os crimes ambientais não são preocupações para as próximas gerações. São para ontem, para nossa geração! Quanto Vale(m) vidas? Quanto Vale a natureza e o ecossistema? Quanto Vale a água? Quanto Vale o trabalho? Quanto Vale o lucro?

Este lamaçal também nos encobre, nos cega. Precisamos continuar refletindo sobre o papel predatório das organizações e da acumulação do capital. Precisamos discutir interesses sociais, ambientais, políticos e o comprometimento das organizações.

Não, não foi acidente! Não esqueçamos de Mariana e Brumadinho!

Se esse é o dark side, que a luz chegue às margens, e neste caso, nas trevas que encobrem as margens dos rios mineiros.

Biografia do Autor

Mariana Luísa da Costa Lage, Universidade Federal de Juiz de Fora / Universidade Federal do Espírito Santo

Professora Assistente do Departamento de Administração da Universidade Federal de Juiz de Fora Campus de Governador Valadares

Doutoranda em administração pela Universidade Federal do Espírito Santo. Mestre e bacharel em Administração pela Universidade Federal de Viçosa.

Isis Medeiros

Graduada em Design de Ambientes pela Universidade do Estado de Minas Gerais.

Referências

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Publicado

2019-05-27

Edição

Seção

Capa