SIN DISPAROS, SIN HAMBRE, SIN COVID
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v8i21.7078Palabras clave:
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Son tiempos de intensa lucha. La portada de este número muestra la fuerza y la resistencia de quienes luchan por mantenerse vivos en un país estructuralmente racista.
En medio de la pandemia que asola gran parte del mundo, Brasil lleva a las innumerables tumbas, a los negros. Son tantas las amenazas que es necesario cada día resistir y exponer esta realidad cada vez que nos levantamos.
En las periferias de la mayoría negra, está la informalidad del trabajo que hace inviable estar en casa para protegerse, los transportes públicos abarrotados e incluso la falta de condiciones para obtener alcohol en gel o máscaras adecuadas, que llevaron a la muerte a miles de personas. Sin el apoyo adecuado del Estado, vemos el descarado genocidio que ni siquiera busca el disfraz. La falta de espacio en casa para aislar a los infectados por el virus Covid-19 hace que el contagio sea inevitable. La esperada ayuda de recursos para mantener a los muchos que se quedaron sin ingresos llegó con un retraso inhumano.
Sin precedentes recibimos noticias sobre la violencia policial en las barriadas, el disparo que sólo ve el color en los cuerpos, la injusticia social y el fracaso de la justicia que juzga y condena con balas. La sangre se derrama trayendo dolor y revuelta.
Queremos vacunas para todos, condiciones para mantener a nuestras familias fuera de la vulnerabilidad y con buenas escuelas. La esperanza nos mueve por nuestros hijos. Para el futuro. No hay disparos, no hay hambre, no hay covid. Queremos vivir.
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