CUERPO ABIERTO: APUNTES SOBRE EL ENCUENTRO ENTRE GÉNERO, DISCURSO RELIGIOSO Y CIENTÍFICO EN UN TERREIRO ESOTÉRICO DE UMBANDA EN BELO HORIZONTE

Autores/as

  • Bianca Zacarias França Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v9i24.6489

Palabras clave:

Umbanda, Género, Cuerpo

Resumen

El presente artículo forma parte de un trabajo etnográfico más amplio, resultado de la investigación para la tesis de maestría de la autora, que busca una reflexión sobre la organización ritual basada en el género, a la luz de la percepción nativa sobre la dualidad femenina y masculina presente en un terreiro esotérico umbanda de la ciudad de Belo Horizonte. Esta dualidad está íntimamente relacionada con la noción de persona, con los fundamentos doctrinales, mágicos y con la propia cosmología de esta línea de Umbanda. Un discurso con aires científicos impregna las explicaciones relativas a las diferencias de género, hormonales, conductuales, físicas y energéticas entre hombres y mujeres y sus funciones rituales específicas, siendo, en el contexto de la multiplicidad religiosa presente en el terreiro, una fuerte influencia y tendencia de los principios teosóficos y esotéricos. Así, la persona umbandista también es fractal, no existiendo un hombre o una mujer per se, ya que un género también contiene su opuesto, revelando una naturaleza complementaria y andrógina.

Citas

Adler, Margot (2006). Drawing down the moon: witches, druids, goddess-worshippers, and other pagans in america today (5th ed). New York: Penguin.

Bastide, Roger (2001). O Candomblé da Bahia: rito nagô. São Paulo: Companhia das Letras.

Barbosa Neto, Edgar R. (2012a). O quem das coisas: etnografia e feitiçaria em les mots, la mort, les sorts. Horizontes Antropológicos, 18(37), 235-260.

Barbosa Neto, Edgar R. (2012b). A máquina do mundo: variações sobre o politeísmo em coletivos afro-brasileiros. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Birman, Patrícia (2005). Transas e transes: sexo e gênero nos cultos afro-brasileiros, um sobrevôo. Estudos Feministas, 13(2), 403-414.

Brito, Lucas G. (2017). A vibração dos corpos: notas sobre uma teoria umbandista do intercâmbio mediúnico-energético. Religião e Sociedade, 37(3), 173-197.

Caputo, Stela G. (2012). Educação nos terreiros: e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de Janeiro: Pallas.

Chiesa, Gustavo R. (2014). Ectoplasma: borrando as fronteiras entre matéria e espírito. Anais da Reunião Brasileira de Antropologia, Natal, RN, Brasil, 29a.

Cordovil, Daniela (2016). Espiritualidades feministas: relações de gênero e padrões de família entre adeptos da wicca e do candomblé no Brasil. Revista Crítica de Ciências Sociais, 110, 117-140.

Cordovil, Daniela & Castro, Luis P. S. (2018). Espíritos de Índios na Umbanda Esotérica: uma complexa teia de representações. PLURA, Revista de Estudos de Religião, 9(1), 167-187.

Damasceno, Luisa M. (2017). Linhas, tramas e caminhos: seguindo os movimentos de um candomblé do Recôncavo da Bahia. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira, Brasil.

Douglas, Mary (1976). Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva.

Druet, Anna (2017). How did menstruation become taboo? A look at the historical roots and theories behind menstrual stigma. Hello Clue. Recuperado em 4 outubro, 2020 de: https://helloclue.com/articles/culture/how-did-menstruation-become-taboo.

Favret-Saada, Janne (2005). Ser afetado. Cadernos de campo, 13(1), 155-161.

Fine, Cordelia (2010). Delusions of gender: the real science behind sex differences. London: Icon Books.

Flores, Luiza D. (2018). Ocupar: composições e resistências quilombolas. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

França, Bianca Z. (2021). A Umbanda é para todos, mas nem todos são para a Umbanda: multiplicidade, pluralismo religioso e gênero em um terreiro de Umbanda Esotérica. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Mina Gerais, Belo Horizonte, Brasil.

Gama, Lígia B. (2009). Kosi ejé kosi orixá: simbolismo e representações do sangue no candomblé. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.

Giumbelli, Emerson (2002). Zélio de Moraes e as origens da Umbanda no Rio de Janeiro. In Vander G. Silva (Org.). Caminhos da alma: memória afro-brasileira (pp. 183-217). São Paulo: Summus.

Goldman, Marcio (2005). Formas do saber e modos do ser observações sobre multiplicidade e ontologia no Candomblé. Religião e Sociedade, 25(2), 102-120.

Guerriero, Silas (2006). Novos movimentos religiosos - o quadro brasileiro. São Paulo: Paulinas.

Haraway, Donna (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41.

Hutton, Ronald (1995). The triumph of the moon: a history of modern pagan witchcraft. Oxford Paperbacks: New Ed Edition.

Johson, Paul C. (2002). Secrets, gossip, and gods: the transformation of brazilian candomble. Oxford: Oxford University Press.

Laqueur, Thomas (2001). Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos à Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

Laqueur, Thomas (1992). La fabrique du sexe. Paris: Gallimard.

Latour, Bruno (2005). Reassembling the social: na introduction to actor-network theory. Oxford: Oxford University Press.

Laurant, Jean-P. (1995). O esoterismo. São Paulo: Paulus.

Lépine, Claude (2004). Análise formal do panteão nagô. In: Carlos E. M. Moura (Org.). Culto aos Orixás, Voduns e Ancestrais nas Religiões Afro-brasileiras (pp. 21-78). Rio de Janeiro: Pallas.

Lloyd, Genevieve (1966). Reason, science and the domination of matter. In Evelyn F. Keller & Helen E. Longino (Eds.). Feminism & Science (pp. 41-53). Oxford: Oxford Univ. Press.

Matta e Silva, Woodrow W. (2011). Umbanda e o poder da mediunidade (3a ed). São Paulo: Ícone.

Melo, Erisvelton S. & Canto, Marcos A. (2007). Estar de “Bagé”: impureza e poder da mulher. Anais do Simpósio Internacional de Ciências das Religiões. João Pessoa, PB, Brasil.

Morais, Mariana. R. (2010). Nas teias do sagrado: registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Espaço Ampliar.

Napoleão, Eduardo (2011). Vocabulário Yorubá. Rio de Janeiro: Pallas.

Oliveira, José H. M. (2017). A escrita do sagrado na literatura umbandista: uma análise da obra de Matta e Silva em perspectiva comparada. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Peixoto, André L. S. (2015). Umbanda Esotérica em Brasília: notas iniciáticas de um terreiro. Monografia, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.

Prieto, Claudiney (2012). Wicca: a religião da Deusa. São Paulo: Alfabeto.

Rocha, Sanara S. (2018). No Candomblé, mulher é troca: a tradição reinventada. Anais do Congresso Internacional Sobre Culturas, Memória e Sensibilidade: cenários da experiência cultural contemporânea. Cachoeira, BA, Brasil, IV.

Rohden, Fabiola (2008). O império dos hormônios e a construção da diferença entre os sexos. História, Ciências, Saúde, 15, 133-152.

Sardenberg, Cecilia M. B. (2002). Da crítica feminista à ciência a uma ciência feminista. In Ana A. A. Costa & Cecilia M. B. Sardenberg (Orgs.). Feminismo, ciência e tecnologia (pp. 89-120). Salvador: REDOR/NEIM-FFCH/UFBA.

Schienbinger, Londa (1996). Why Mammals are called mammals: gender politics in eighteenth century natural history. In Evelyn F. Keller & Helen E. Longino (Eds.). Feminism & Science (pp. 137-153). Oxford: Oxford Univ. Press.

Silva, Vagner G. (2006). O antropólogo e sua magia: trabalho de campo e texto etnográfico nas pesquisas antropológicas sobre religiões afro-brasileiras. São Paulo: EDUSP.

Simas, Luiz. R. & Rufino, Luiz (2018). Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula.

Strathern, Marilyn (2004). Partial connections. New York: Altamira.

Publicado

2022-11-25

Número

Sección

Estudios de ciencia, tecnología y sociedad desde una perspectiva feminista