AS INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DE COOPERATIVAS POPULARES (ITCP) NA CONSTRUÇÃO DA CONTRA HEGEMONIA ACADÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v5i13.4188Palabras clave:
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, Autogestão, Ciência e tecnologia, Extensão universitária, UniversidadeResumen
Em um contexto de mobilização diante das mudanças no mundo do trabalho e do ressurgimento da alternativa do trabalho coletivo e autogerido, surgem as Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares. No âmbito da extensão universitária, a ideia de transferência de conhecimento não é novidade nem o é a sua crítica. Ainda assim, na atuação das incubadoras, acreditamos que ela permanece e esta é a provocação deste texto. As ITCPs parecem atuar a partir de uma contradição: se por um lado apontam como missão possibilitar o acesso dos grupos populares ao conhecimento gerado na universidade, por outro, afirmam que esse processo não pode ser uma imposição e que é preciso respeitar o saber popular e promover a troca de saberes. A pergunta que fica é: se a questão é o acesso ao conhecimento, isto é, a divulgação de conhecimentos acumulados na academia, como isso pode não ser uma imposição?
Citas
Bernardo, J. (2005). A autogestão da sociedade prepara-se na autogestão das lutas. Piá Piou!, 3. Recuperado em 17 julho, 2018, de: http://coletivotrinca.wordpress.com/2009/01/26/ a-autogestao-da-sociedade-prepara-se-na- autogestao-das-lutas/
Bocayuva, P. C. C. (2001). Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares/COPPE/UFRJ. In: I. Camarotti & P. Spink. Redução da pobreza e dinâmicas locais (pp. 235-263). Rio de Janeiro: FGV.
Braverman, H. (1987). Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no seculo XX (3a ed.). Rio de Janeiro: Guanabara.
Coimbra, A. L. S. & Souza, M. B. (2007). Princípios e ações em economia solidária: a Intercoop/UFJF e o cooperativismo popular com egressos do sistema penitenciário de Juiz de Fora/MG. Proposta: Revista Trimestral de Debate da Fase, 31(112), 4-15.
Costa, F. X. P., Oliveira, I. C., & Melo Neto, J. F. (2006). Incubação de empreendimento solidário popular: fragmentos teóricos. João Pessoa: UFPB.
Cunha, G. C. (2002). Economia Solidária e Políticas Públicas: reflexões a partir do caso do programa Incubadoras de Cooperativas, da Prefeitura Municipal de Santo André, SP. Dissertação de mestrado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Dagnino, R. (2012). Elementos para uma avaliação das incubadoras universitárias de cooperativas. Otra Economía, 6(11), 184-197.
Dagnino, R. P. (2010a). Um dilema latinoamericano: ciência e tecnologia para a sociedade ou adequação sócio-técnica para o povo? In: R. Dagnino. (Org.). Estudos sociais da ciência e tecnologia & política de ciência e tecnologia (pp. 265-292). Campina Grande: UFPB.
Dagnino, R. P. (Org.). (2010b). Tecnologia Social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: Komedi.
Dubeux, A. (2007). O papel das Universidades na construção da economia solidária no Brasil. Proposta: Revista Trimestral de Debate da FASE, 31(111), 4-15.
Faria, M. S. (2005). Autogestão, cooperativa, economia solidária: avatares do trabalho e do capital. Tese de doutorado, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.
Fraga, L. S. (2018). As Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares e as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Revista Tecnologia e Sociedade, 14(31), 140-155.
Fraga, L. S. (2017). Transferência de conhecimento e suas armadilhas na extensão universitária brasileira. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 22, 403-419.
Fraga, L. S. (2012). Extensão e transferência de conhecimento: as Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares. Tese de doutorado, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.
Guimarães, G. & Salomão, I. (2006). Planejamento e gestão de incubadoras de tecnologias sociais para o desenvolvimento: características e instrumentos. Brasília: ANPROTEC/SEBRAE.
Hirata, H. & Segnini, L. (2007). Organização, trabalho e gênero. São Paulo: SENAC.
ITCP/UNICAMP. (2009). Empírica: caderno de metodologia. Campinas: IE/ Unicamp.
Kruppa, S. M. P. & Sanchez, F. J. B. (2002). Metodologia de incubagem: uma tentativa de problematização. São Paulo: Mimeo.
Mészáros, I. (2004). O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo apud Novaes, H. T. (2011). O retorno do caracol a sua concha: alienação e desalienação em associações de trabalhadores. São Paulo: Expressão Popular.
Nascimento, C. (2008). Autogestão: economia solidária e utopia. Otra Economía, 2(3), 27-40.
Nascimento, C. (2007). Autogestão: palavra e ideia. In: Economia solidária e autogestão (pp. 29-46). São Paulo: NESOL/ITCP-USP.
Novaes, H. T. (2012). Reatando um fio rompido: a relação universidade-movimentos sociais na América Latina. São Paulo: Expressão Popular.
Novaes, H. T. (2011). O retorno do caracol a sua concha: alienação e desalienação em associações de trabalhadores. São Paulo: Expressão Popular.
Novaes, H. T. (2007). O fetiche da tecnologia: a experiencia das fabricas recuperadas. São Paulo: Expressão Popular.
Pinheiro, D. C. & Paula, A. P. P. (2010). “Quem educa os educadores?”: a autogestão e os processos de formação nas incubadoras tecnológicas de cooperativas populares. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 3(1), 52-66.
Quijano, A. (2002). El nuevo imaginario anticapitalista. América Latina en Movimiento, 351, p. 14-22. Recuperado em 17 julho, 2018, de: http://red.pucp.edu.pe/ridei/files/2011/08/090706.pdf
Singer, P. (2005). A economia solidária como ato pedagógico. In: S. Kruppa (Org.). Economia solidária e educação de jovens e adultos (pp. 13-20). Brasília: INEP.
Singer, P. (2000). Incubadoras universitárias de cooperativas: um relato a partir da experiência da USP. In: P. Singer & A. Souza (Orgs.). A economia solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego (pp. 123-134). São Paulo: Contexto.
Thiollent, M. (2005). Perspectivas da metodologia de pesquisa participativa e de pesquisa-ação na elaboração de projetos sociais e solidários. In: S. Lianza & F. Addor. Tecnologia e desenvolvimento social e solidário (pp. 172-189). Porto Alegre: UFRGS.
Thiollent, M. (2002). Construção do conhecimento e metodologia da extensão. João Pessoa: ICBEU.
Thiollent, M. (1998). Maio de 1968 em Paris: testemunho de um estudante. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, 10(2), 63-100.
Tragtenberg, M. (1986). Reflexões sobre o socialismo. São Paulo: Moderna.
Tragtenberg, M. (1979). A delinquência acadêmica: o poder sem saber e o saber sem poder. São Paulo: Rumo.
Varanda, A. P. M. (2007). Contribuições ao processo de institucionalização do Proninc. Proposta: Revista Trimestral de Debate da FASE, 31(111), 27-33.
Wirth, I., Fraga, L., & Novaes, H. T. (2011). Educação, trabalho e autogestão: limites e possibilidades da economia solidária. In: E. L. Batista & H. T. Novaes (Orgs.). Trabalho, educação e reprodução social: as contradições do capital no século XXI (pp. 191-218). Bauru: Canal 6.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).