A UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA E A ORGANIZAÇÃO DA FAVELA: PODER E CONTROLE ORGANIZACIONAIS NO ESPAÇO SOCIAL
Palabras clave:
UPP, Organizar, Espaço social, FavelasResumen
O artigo tem por objetivo analisar como as novas formas de controle e poder organizacionais, que se consolidam a partir da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora, manifestam-se no espaço social de favelas. Para tal, foram realizadas observação participante em uma favela “pacificada” da cidade do Rio de Janeiro e 28 entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram analisados com base em três categorias teóricas: encantamentos do espaço, colocação no espaço e circulação no espaço (Dale & Burrell, 2008). Concluiu-se que o poder das UPPs manifesta-se no espaço principalmente por meio da ampliação das possibilidades de mobilidade pelo espaço. Entretanto, também foi possível perceber como essa circulação no espaço é controlada pela UPP. Além disso, um certo domínio do tráfico ainda paira sobre a favela “pacificada” e faz com os policiais alteream suas próprias formas de organizar.
Citas
Banco Mundial. (2012). O retorno do Estado às favelas do Rio de Janeiro: uma análise da transformação do dia a dia das comunidades após o processo de pacificação das UPPs. Rio de Janeiro: Banco Mundial.
Clegg, S. & Kornberger, M. (2006). (Ed.). Space, organizations and management theory. Oslo: Liber.
Dale, K. (2005). Building a social materiality: spatial and embodied politics in organizational control. Organization, 12(5), 649-678.
Dale, K. & Burrell, G. (2008). The spaces of organisation and the organisation of space: power, identity & materiality at work. New York: University of Leicester.
Feldman, M. S. & Orlikowski, W. J. (2011). Theorizing practice and practicing theory. Organization Science, 22(5), 1240-1253.
Grillo, C. (2013). Coisas da vida no crime: tráfico e roubo em favelas cariocas. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
ISER. (2012). As Unidades de Polícia Pacificadora e a segurança pública no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: ISER.
Lefebvre, H. (2007). The production of space. Oxford: Blackwell.
Machado da Silva, L. A. (2010). Afinal, qual é a das UPPs. Rio de Janeiro: Observatório das Metrópoles.
Medeiros, B. F. (2009). Gringo na laje: produção, circulação e consumo da favela turística. Rio de Janeiro: FGV.
Observatório de favelas. (2009). O que é favela afinal? In: J. S. SILVA (Org.). O que é favela, afinal? Rio de Janeiro: Observatório de Favelas do Rio de Janeiro.
UERJ e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2012). Os donos do morro: uma avaliação exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UERJ e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Valladares, L. (2005). A invenção da favela: do mito de origem a favela.com. Rio de Janeiro: FGV.
Zaluar, A. & Alvito, M. (2006). Introdução. In: A. Zaluar & M. Alvito (Orgs.). Um século de favela. Rio de Janeiro: FGV.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).