TRABALHO, SUBJETIVIDADE E CONTEMPORANEIDADE: CONFLUÊNCIA COM O CAMPO DOS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v7i18.5961

Palavras-chave:

Trabalho. Sofrimento. Adoecimento. Violência.

Resumo

Apresenta-se neste artigo o dossiê temático da Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade sobre “Trabalho, Subjetividade e Contemporaneidade”. Parte-se de uma perspectiva crítica ao mundo da gestão, de um modo geral, e ao universo das relações de trabalho, em particular. São apresentados os artigos que compõem esse dossiê, que passam por temas como a reforma trabalhista, o assédio moral, o adoecimento das professoras readaptadas e o sofrimento dos universitários, dos trabalhadores socioeducativos e dos trabalhadores em turnos. A confluência deste Dossiê está na relação que existe entre o trabalho e o trabalhar na contemporaneidade. Este é carregado de dor e de sofrimento que tem reverberado em muitas formas de adoecimento. Caminhar na busca pelo sofrimento criativo é uma alternativa de luta para os trabalhadores. A partir da ação, da força dos coletivos de trabalho, conseguirmos ampliar os laços de cooperação e solidariedade e com isso termos mais saúde e menos doenças na contemporaneidade.

Biografia do Autor

Fernando de Oliveira Vieira, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2003). Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense.

Referências

Alves, G. (2011). Trabalho e Subjetividade: o espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo.
Antunes, R. (2000a). Adeus ao trabalho?: Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. (7. ed. rev. ampl.). São Paulo: Cortez; Editora da Universidade Estadual de Campinas.
Antunes, R. (2000b). Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo.
Antunes, R. (2010). Anotações sobre o capitalismo recente e a reestruturação produtiva no Brasil. In R. Antunes & M. A. M. Silva. (Orgs.). O avesso do trabalho. (2 ed. pp.13-24). São Paulo: Expressão popular.
Antunes, R. (2012). A nova morfologia do trabalho no Brasil: Reestruturação e precariedade. Nueva Sociedad (especial em português).
Antunes, R. (2018). O privilégio da servidão: O novo proletariado de serviço na era digital. São Paulo: Boitempo Editorial.
Barros, Amon. (2018) Empresas e direitos humanos: premissas, tensões e possibilidades. Salvador, BA: O&S - Salvador, v. 25, n. 84, p. 087-099, Jan./Mar.
Brum, E. (2016). Exaustos-e-correndo-e-dopados. Revista El País, Brasil. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html. Acesso em 10 out. 2018.
Dejours, C. (2000). A banalização da injustiça social. (3. ed.) Rio de Janeiro: Editora FGV.
Dejours, C. (2004). Subjetividade, trabalho e ação. Revista Produção. V. 14, n. 3, p. 027-034.
Faria, F. H. (2013). Dissimulações discursivas, violência no trabalho e resistência coletiva. In A. R. C. Merlo; A. M. Mendes & R. D. de Moraes (Orgs.). O sujeito no trabalho: entre a saúde e a patologia. (Biblioteca Juruá de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho, pp. 119-137). Curitiba: Juruá.
Gaulejac, V. (2007). Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida (SP): Idéias e Letras.

Han, B. C. (2015). Sociedade do Cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis-RJ: Vozes.
Heloani, R.; Barreto, M. (2018). Assédio Moral: Gestão por Humilhação. Curitiba: Juruá.
Hopfer, K. R.; Faria, J. H. (2006). Controle por resultados no local de trabalho: dissonâncias entre o prescrito e o real. RAE- eletrônica, v. 5, n. 1, Art.5, jan./jun.
Pagè, M. et alli. (2008). O poder das organizações. São Paulo: Atlas.

Siqueira, , M. V. S. (2009). Gestão de pessoas e discurso organizacional: critica à relação indivíduo-empresa nas organizações contemporâneas. Curitiba: Juruá.

Downloads

Publicado

2020-07-28

Edição

Seção

Dossiê "Trabalho, subjetividade e contemporaneidade"