CRISE E CRÍTICA: 2013 ENTRE DOMINAÇÃO E RUPTURA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Autores

  • Frederico Rodrigues Bonifácio Universidade Federal de Minas Gerais
  • Rogata Soares Del Gáudio Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v6i15.4292

Resumo

Nesse ensaio, pretendemos analisar, a partir de um recorte teórico centrado na apropriação e uso relacionados ao espaço geográfico, as jornadas de junho de 2013 e alguns de seus desdobramentos posteriores, bem como intentamos verificar sua relação com o impedimento do governo Dilma Rousseff em 2016. Assim, inicialmente faremos um resgate dos sentidos e significados da revolta popular de 2013, posteriormente nos ateremos às determinações que imputaram tal revolta, bem como buscaremos compreender seus limites. Limites estes que, como buscaremos delinear, comunicam-se de maneira decisiva a uma forma específica de sociabilidade em que todos os tempos, espaços e ritmos tendem a estar subordinados pelas determinações da abstração real capitalista.  

Biografia do Autor

Frederico Rodrigues Bonifácio, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Geografia. Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências da UFMG.

Rogata Soares Del Gáudio, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Educação. Professora do Curso de Geografia e do Programa de Pós Graduação em Geografia do Instituto de Geociências da UFMG.

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Publicado

2019-05-27

Edição

Seção

Ensaios