DE PEQUENOS NEGÓCIOS DE FEIRA À METODOLOGIA CIENTÍFICA: DÚVIDAS HERDADAS DE EXPERIÊNCIAS DE PESQUISA

Authors

  • Marcio Gomes Sá UFPE
  • Pedro Lincoln Carneiro Leão de Mattos Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v3i7.2528

Keywords:

pequenos negócios, metodologia de pesquisa, experiências de pesquisa

Abstract

Este ensaio reflete, a partir de experiências de pesquisa científica no Agreste de Pernambuco, condições de pesquisa que precisariam ser repensadas para entender melhor a dinâmica local e seus protagonistas a partir das seguintes dúvidas: Como entender mais integralmente o contexto e acessar dimensões mais interiores ao pesquisado, com recursos interativos de pesquisa? Pode o pesquisador libertar-se de conceitos “ultramarinos” e avançar em aproximações sucessivas-criativas de empiria-teoria? Em que termos este trabalho investigativo poderia ser bem avaliado, tanto pelos parâmetros da ciência tradicional quanto pelos da sociedade a que se destina?

Author Biographies

Marcio Gomes Sá, UFPE

Professor do Núcleo de Gestão do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (NG/CAA/UFPE)

Pedro Lincoln Carneiro Leão de Mattos, Universidade Federal de Pernambuco

Pós-doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ph.D. em Management pela London School of Economics and Political Sciences. Professor Titular da Universidade Federal de Pernambuco.

References

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
DEMO, P. Por uma ciência autocrítica (prefácio). In: SÁ, M. Frutos do Agreste: sobre ensino e pesquisa em Administração. Recife: UFPE, 2011, p. 9-11.
DIEESE. Diagnóstico do setor têxtil e de confecções de Caruaru e região. Relatório de
Pesquisa. Recife: DIEESE, 2010.
FERREIRA, J. E. Ocupação humana do agreste pernambucano: uma abordagem antropológica para a história de Caruaru. João Pessoa: FAFICA/Ideia, 2001.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo 2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php?uf=26; acesso em: 23 abr. 2012.
KLIMOVSKY, G. Las desventuras del conocimiento científico. Una introducción a la epistemología. Buenos Aires: A-Z ed., 1997. p. 97-218.
KUHN, T. S. The structure of scientific revolutions. Chicago: University of Chicago Press, 1962.
KUHN, T. S. El camino desde la estructura. Barcelona: Paidós, 2002.
LAHIRE, B. L'esprit sociologique. Paris: La Découverte, 2005.
LIRA, S. Muito além da feira da sulanca. Recife: UFPE, 2011.
LYOTARD, J.-F. A condição pós-moderna. 7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002.
MAGEE, B. As idéias de Popper. São Paulo: Cultrix, 1989.
MATTOS, P. L. Os resultados desta pesquisa (qualitativa) não podem ser generalizados: pondo os pingos nos is de tal ressalva. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 9, p. 450-468, 2011.
NIETZSCHE, F. Acerca da verdade e da mentira no sentido extramoral. In: NIETZSCHE, F. Obras escolhidas. Lisboa: Relógio D’Água, 1997. v. 1. p. 213-232.
NUNES, J. A. Teoria crítica, cultura e ciência: O(s) espaço(s) e o(s) conhecimento(s) da globalização. In: SANTOS, B. S. (Org.). A globalização e as ciências sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. 301-344.
NUNES, J. A. Um discurso sobre as ciências 16 anos depois. In: SANTOS, B. S. (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2004. p. 59-83.
POPPER, K. R. Conhecimento objetivo. São Paulo: EDUSP, 1975.
POPPER, K. R. Conjecturas e Refutações. O desenvolvimento do conhecimento científico. Coimbra: Almedina, 2006.
PORTOCARRERO, V. (Org.) Filosofia, história e sociologia das ciências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994.
RAPOSO, M.; GOMES, G. Estudo de caracterização econômica do pólo de confecções do agreste de Pernambuco. Recife: FADE/UFPE/SEBRAE, 2003.
RORTY, R. Contingência, Ironia e Solidariedade. Lisboa: Presença, 1994.
SÁ, M. Pós-modernidade!? Dimensões e reflexões. Caderno Pós Ciências Sociais, São Luís, v. 3, p. 41-60, 2006.
SÁ, M. Feirantes: Quem são? Como administram seus negócios? In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, XXXIV, 2010, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2010a.
SÁ, M. O homem de negócios contemporâneo. Recife: UFPE, 2010b.
SÁ, M. Feirantes: quem são e como administram seus negócios. Recife: UFPE, 2011a.
SÁ, M. Frutos do agreste: sobre ensino e pesquisa em Administração. Recife: UFPE, 2011b.
SÁ, M. Feirantes: possíveis contribuições. In: ENCONTRO NACIONAL DA ABET, XII, 2011, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABET, 2011.
SANTOS, B. S. Introdução a uma ciência pós-moderna. 4. ed. Porto: Afrontamento, 1995 [1989].
SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. V. 1. Porto: Afrontamento, 2000. p. 53-110. [Reprodução de “Um Discurso Sobre as Ciências”]
SANTOS, B. S. (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2004.
SOKAL, A.; BRICMONT, J. Imposturas intelectuais. Lisboa: Gradiva, 1999.
UNGER, R. M. O desenvolvimento do nordeste como projeto Nacional: um esboço. Brasília: Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2009.
VÉRAS DE OLIVEIRA, R. O pólo de confecções do agreste de Pernambuco: ensaiando uma perspectiva de abordagem. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 35, 2011, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPOCS, 2011.
VESSURI, H. Perspectivas en el estudio de la ciencia. Interciencia, 1991, n. 16, p. 60-69.

Published

2016-09-06

Issue

Section

Ensaios