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Autores

  • João Manuel de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v11i30.6993

Palavras-chave:

Capa

Resumo

Este cacto encontrei-o abundante nas paisagens do sertão sergipano. Cactos do tamanho de árvores, buscando e armazenando a mais ínfima partícula de água que possa cair no sertão. Figura presente na paisagem lunar da canícula, pó e pedras, este cacto que se eleva dos solos, é uma planta extremófila, desafiando a lógica da vegetação rasteira. Um cacto em devir árvore nas paisagens do sertão. Passei por ela a caminho das águas verdes do S. Francisco, com Diadorim e Riobaldo na cabeça, alegorias que a literatura nos dá para sermos capazes de imaginar outras vidas que não vivemos. No sertão, uma outra amplitude do horizonte, uma sensação de alunagem, sou astronauta nessa paisagem. Uma fotografia suja de pó que mantivesse as cores e o grão do sertão, com a estranheza que ele suscita. Viver é perigoso, disse Guimarães Rosa no Grande Sertão: Veredas.

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Publicado

2024-04-08

Edição

Seção

Capa