CORPORALIDADE TRANS/TRAVESTI: NOTAS SOBRE O CORPO-POLÍTICO VIA PODER E VIOLÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v9i26.6728Palavras-chave:
Corpo, Gênero, Poder, ViolênciaResumo
Este trabalho parte da análise de corporalidades de travestis, mulheres transexuais e homens trans. A partir de uma leitura sobre o (bio)poder e as aproximações pelos caminhos da violência, intenta-se elaborar uma breve discussão entre Agamben, Arendt e Foucault como artifício para tematização de práticas humanas que dialogam com existências vulneráveis, especialmente àquelas compreendidas como minorias na América Latina. Com isso, percebe-se que a ratificação de ideais, associadas à naturalização imposta pela cisheteronorma, fragmenta o sujeito moderno, especialmente quando este foge da diagramação de verdades importas que têm como produto a instauração de inquéritos sobre vidas vivíveis. Assim, intenta-se considerar tais premissas na problematização de suas condições ética e política.
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