CORPO ABERTO: NOTAS SOBRE O ENCONTRO ENTRE GÊNERO, DISCURSO RELIGIOSO E CIENTÍFICO EM UM TERREIRO DE UMBANDA ESOTÉRICA EM BELO HORIZONTE
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v9i24.6489Palavras-chave:
Umbanda, Gênero, CorpoResumo
O presente artigo compõe um trabalho etnográfico mais amplo e busca uma reflexão acerca da organização ritual baseada nas polaridades feminina e masculina presente em um terreiro de Umbanda Esotérica na cidade de Belo Horizonte. Polaridades essas que estão intimamente relacionadas à noção de pessoa, aos fundamentos doutrinários, mágicos e à própria cosmologia desta linha da Umbanda. O discurso científico permeia as explicações relativas às diferenças de gênero e suas funções rituais específicas, sendo, no contexto do pluralismo religioso pregado no terreiro, mais uma linha relacional possível. São acionados discursos sobre as diferenças hormonais, comportamentais, físicas e energéticas entre homens e mulheres. Existe, assim, um fractal de gênero, uma vez que a verdadeira natureza espiritual é andrógena, não existindo um homem ou mulher per se, apesar de haver uma divisão sexual do trabalho ritual justificada por uma aparente essencialização da diferença.
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