REGULAÇÃO E “UBERIZAÇÃO” DO TRABALHO SEXUAL NO BRASIL: O TRABALHO SEXUAL INFORMATIZADO E INDIRETAMENTE REMUNERADO

Autores

  • Roseli Barbosa UFPR
  • Maria Tarcisa Silva Bega UFPR

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v8i23.5722

Palavras-chave:

Regulação; Trabalho sexual; Uberização

Resumo

O presente artigo trata de mudanças no trabalho sexual implementadas pela tecnologia e pela política pública de regulação no Brasil. O estudo tem por objeto de análise a atividade de profissionais do sexo com o uso de aplicativos e por objetivos descrever como essa ferramenta aliada à regulação (com tendência abolicionista) modificam a forma de contratação de profissionais do sexo e criam novas modalidades de trabalho sexual, além de analisar que vantagens trouxeram a esses profissionais. Os dados discutidos nesse estudo foram produzidos através de etnografia em duas boates de Curitiba, e de entrevistas semi-estruturadas com profissionais do sexo, usuários de aplicativos. Os resultados apontam que a regulação favorece trabalhadores do sexo das camadas mais pobres da população, por livrá-los da importunação de agentes públicos, porém fomenta a “uberização” ao autorizar a prostituição na forma autônoma, nunca com carteira assinada.

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Publicado

2022-10-31

Edição

Seção

Dossiê "Trabalho sexual no Brasil: direitos, políticas e práticas"