“O LIXO PODE SER MAIS QUE LIXO”: O SENTIDO DO TRABALHO PARA CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v7i19.4935Palavras-chave:
Trabalho. Sentido, Sócioconstrucionismo.Resumo
Objetiva-se compreender o sentido do trabalho para um grupo de catadores de materiais recicláveis em uma usina de triagem de resíduos urbanos em Arcos, região centro-oeste de Minas Gerais, a partir de uma abordagem sócioconstrucionista. Optou-se por pesquisar os catadores de materiais recicláveis por ser esta uma atividade relativamente recente, que surgiu devido ao acúmulo do “lixo” nos centros urbanos e da necessidade de reciclar alguns de seus componentes. O sentido do trabalho para este grupo de catadores aproxima-se mais do sofrimento que do prazer, embora seja difícil explicar onde começa um e onde termina o outro, tendo em vista que em alguns momentos esses trabalhadores mostraram-se satisfeitos e felizes por estarem lá. Porém, afirmar que se trata de prazer é renegar a trajetória de cada um e o sofrimento vivenciado em decorrência do preconceito sofrido pela sociedade.
Referências
Albornoz, Suzane (1994). O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense.
Antunes, Ricardo (2003). Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo,
Carmo, Paulo S. (1992). A ideologia do trabalho. São Paulo: Moderna.
Dejours, Christophe (1987). A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho (2a ed). São Paulo, Cortez/Oboré.
Dourado, Débora C. P. (2007). Qualidade de vida no trabalho: propósitos organizacionais e mecanismos de alienação do homem. Tese de doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.
Enriquez, Eugène (1999). Perda do trabalho, Perda da Identidade. In Maria R. Nabuco & Antonio Carvalho Neto (Orgs.). Relações de trabalho contemporâneas (pp. 69-83). Belo Horizonte: IRT/PUC Minas.
Gil, Antonio C. (1994). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Godelier, Maurice (1986). Trabalho. In Modo de produção, desenvolvimento e subdesenvolvimento, v. 7 (pp. 11-12). Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda.
González Rey, Fernando L. (2004). O social na Psicologia e a Psicologia Social: a emergência do sujeito. Petrópolis: Vozes.
Juncá, Denise C. M. (2004). Mais que sobras e sobrantes: trajetórias de sujeitos no lixo. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Meaning of Work International Research Team – MOW (1987). The meaning of work. London: Academic Press
Mendes, Ana Magnólia B. (2007). Psicodinâmica do Trabalho: teoria, método, pesquisas. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Morin, Estelle (2002). Os sentidos do trabalho. In Thomaz Wood (Ed.), Gestão empresarial: o fator humano (pp. 13-34). São Paulo: Atlas.
Morin, Estelle (1997). Le sens du travail pour des gestionnaires francophones. Revue Psychologie du Travail e des Organizations, 3(2/3), 26-45.
Morin, Estelle, Tonelli, Maria J., & Pliopas, Ana L. V. (2007). O trabalho e seus sentidos. Psicologia & Sociedade, 19(n.spe1), 47-56.
Spink, Mary J. P. (2000). Os contornos do risco na modernidade reflexiva: contribuições da psicologia social. Psicologia & Sociedade, 12(12), 156-173.
Stolz, Pablo V. (2008). A compreensão dos separadores de resíduos sólidos, em relação ao seu trabalho, saúde e ambiente. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, Brasil.
Triviños, Antonio N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.
Viegas, Sonia (1989). Trabalho e vida. In Anais da Conferência para os profissionais do centro de reabilitação profissional do INPS. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Vygotski, Lev S. (1991). Obras Escogidas II: Problemas de Psicología General. Madrid: Visor Distribuciones.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Késia Aparecida Teixeira Silva, Mozar José de Brito, Rafaella Cristina Campos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).