NÓS, DANIEL BLAKE: UMA ANÁLISE DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE, DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v5i14.4386Palavras-chave:
Análise fílmica, Dominação, Poder, Resistência, Violência SimbólicaResumo
Objetivou-se neste artigo analisar os dispositivos de controle e das relações de poder, dominação e resistência observados no filme Eu, Daniel Blake. A análise se deu por meio da perspectiva da sociedade disciplinar de Foucault, visão esta que foi revisitada por Deleuze com o conceito de sociedade de controle, e o conceito de habitus e dominação simbólica sob a perspectiva de Bourdieu. O filme traz alguns desses dispositivos e mostra relações de dominação sob uma determinada classe de sujeitos. A análise corrobora o pensamento deleuziano de que a sociedade disciplinar vem sendo reconfigurada por meio de uma narrativa histórica de controle e dominação. Este filme é um retrato da sociedade atual que mostra como os sujeitos são submetidos a normas comportamentais que trazem sofrimento e miséria humana, mas que, ao mesmo tempo, tentam se estabelecer enquanto donos de sua história por meio da resistência e da luta.
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