CRISE E CRÍTICA: 2013 ENTRE DOMINAÇÃO E RUPTURA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v6i15.4292Resumo
Nesse ensaio, pretendemos analisar, a partir de um recorte teórico centrado na apropriação e uso relacionados ao espaço geográfico, as jornadas de junho de 2013 e alguns de seus desdobramentos posteriores, bem como intentamos verificar sua relação com o impedimento do governo Dilma Rousseff em 2016. Assim, inicialmente faremos um resgate dos sentidos e significados da revolta popular de 2013, posteriormente nos ateremos às determinações que imputaram tal revolta, bem como buscaremos compreender seus limites. Limites estes que, como buscaremos delinear, comunicam-se de maneira decisiva a uma forma específica de sociabilidade em que todos os tempos, espaços e ritmos tendem a estar subordinados pelas determinações da abstração real capitalista.
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