Chamada de Trabalhos – Animais e Organizações
Chamada de Trabalhos
Animais e Organizações
Editores especiais
Tiago Franca Barreto (UPE)
Leticia Dias Fantinel (UFES)
Bárbara Eduarda Nóbrega Bastos (UFPE)
Apresentamos a presente proposta como uma iniciativa pioneira no Brasil e que vem a somar-se a esforços que vêm sendo desenvolvidos apenas recentemente no campo dos Estudos Organizacionais, que vêm se concentrando há menos de uma década. No exterior, é possível mapear, em 2014, a criação do subtema “Animais e Organizações” no LAEMOS (Conference on Latin American and European Organization Studies); os mesmos editores organizaram uma edição especial do periódico Organization, em maio de 2016; da mesma forma, em 2016, destacamos o tema central da conferência SCOS (Standing Conference on Organizational Symbolism), intitulada “The Animal” e, em 2017, com o tema “Carne”. Ainda, relacionada ao SCOS de 2016, foi publicada uma edição especial no periódico Culture and Organization, em 2018. Em 2019, uma edição especial chamada “Organizing Animals” foi publicada na revista Gender, Work and Organization e no mesmo ano o VI CBEO (Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais) teve um Grupo de Trabalho “Animais e Organizações”. Todos esses são exemplos de esforços realizados por coletivos de pesquisa em diferentes países que sinalizam a importância de discutirmos relações organizadas interespécies, com especial atenção aos animais não-humanos, foco especial desta proposta.
Nesse contexto, diversas críticas aos estudos sobre gestão e organizações são compartilhadas: nosso campo vem sistematicamente silenciando e negando o animal não-humano, excluindo-o da teoria organizacional (Labatut, Munro & Desmond, 2016) e/ou reduzindo-o a categorias correspondentes a coisas ou outros, invisibilizando relações de exploração e dominação (sayers; hamilton; sang, 2019). Em um contexto de crescente demanda das organizações sobre os animais não humanos (Hannah & Robertson, 2017), estes últimos parecem interessar à prática organizacional apenas na condição de objetos passivos e obedientes à domesticação – caso contrário serão sumariamente removidos ou descartados por gestores humanos (Sage et al., 2016).
Há, contudo, um movimento recente que, mais que simplesmente evidenciar que animais estão presentes em práticas organizativas, preocupa-se em contestar abordagens que problematizam o fenômeno organizativo a partir unicamente da perspectiva dos humanos que o constituem (Fantinel, 2020; Pina e Cunha, Rego & Munro, 2018; Sayers, 2015). Reconhece-se, por exemplo, as limitações da dicotomia ontológica humano/não-humano, convencionalmente adotada em diferentes pesquisas, que designa a outros animais um problemático status de "intermediário" tanto em nossos estudos quanto na prática organizacional (Doré & Michalon, 2017). Ainda, problematizam-se perspectivas dualistas que marcam entendimentos sobre organizações e o que se convenciona entender como natureza (que oscila, nessa cosmovisão herdeira da modernidade ocidental, entre uma homogênea fonte de recursos e um pano de fundo a ser abstratamente preservado). Animais não-humanos, nessa posição constantemente intermediária, penderiam ora para a organização, quando domesticados e úteis; e ora para a natureza, quando selvagens e indóceis. Tal visão vem se mostrando insuficiente para captar imbricações e emaranhamentos, de forma que são fundamentais questionamentos e debates dessas categorias enquanto entidades pré-existentes, automotivadas e de existência independentes.
Por isso, salientamos que essa proposta de chamada busca articular agendas de pesquisa alinhadas a projetos não apenas epistêmicos, mas também éticos e políticos, de forma engajada a pensar formas de viver e existir para além do antropocentrismo que muitas vezes marca a produção de saberes e fazeres organizacionais, especialmente no contexto em que vivemos, caracterizado por emergências planetárias, catástrofes ambientais e climáticas, extinções e pandemias. Enquanto proponentes, alinhamo-nos à sensibilidade propugnada por Haraway (2008) na busca por ultrapassar uma compreensão representacional ou instrumental de que animais não humanos seriam “bons para pensar” ou “bons para comer”, mas sim como “bons para conviver (living with)”. Em nossas diferentes espécies, somos constituintes do mundo material, em emaranhados processos que imbricam nossas existências; e nesses emaranhados imbricam-se também práticas e formas organizativas.
Assim, nos interessa, com a organização da chamada, abrir espaços e articular redes de pesquisadoras e pesquisadores que se dediquem a problematizar tais relações e que possam contribuir com o campo dos Estudos Organizacionais, especialmente em contexto brasileiro. Nossa proposta coloca-se como aberta a epistemologias não funcionalistas (para isso, o foco direciona-se a trabalhos críticos, interpretativos etc.) que abordem o animal não-humano em relação com formas, práticas e/ou estruturas organizativas a partir de diferentes possibilidades de abordagens, que podem vir de teorias reconhecidas da perspectiva animalista (por exemplo Adams, 1990; Joy, 2012; Regan, 2001; Singer, 2009), mas que podem passar por outros campos teóricos, como o Dark Side das organizações (Barreto et al., 2017), Teoria Ator-Rede (Doré & Michalon, 2017), pelo debate pós-humanista (Knight & Sang, 2019) ou ontologias recíprocas (Haraway, 2011). A proposta é, igualmente, mantermos abertura para abordagens ontológicas diversas sobre o que é o fenômeno organizativo, incluindo também perspectivas processuais sobre o organizar.
Nossa proposta, nesse sentido, é que a submissão de trabalhos seja aberta a uma variedade de tópicos e temas, incluindo (mas não restringindo) os seguintes:
- Ética animal, direito dos animais, exploração e extinção animal;
- Emergência de novas moralidades acerca de animais não-humanos em sociedades humanas e seus impactos nas organizações;
- Questões filosóficas e ideológicas sobre o consumo de animais;
- Vegetarianismo, veganismo, dietas “limpas” e alimentos crus, os mercados e a mercantilização dessas práticas;
- Industrialização da produção animal: tecnologias do capitalismo, globalização e animais;
- O Dark side da indústria de exploração animal: corrupção, crimes corporativos, fraudes, ocultações e distorções da realidade sobre o tratamento de animais;
- Escândalos na indústria de alimentos (por exemplo, vaca louca, carne de cavalo, Operação Carne Fraca) e alternativas agrícolas/alimentares;
- Animais e tecnologias: experimentação animal, produção de cobaias e testes alternativos;
- Impactos sociais e ambientais da produção de animais para consumo humano;
- Organizações de direitos animais, movimentos sociais e interseccionalidade: as ligações entre o movimento dos direitos dos animais e outras organizações emancipatórias;
- Relações entre exploração animal e precariedade do trabalho humano na indústria animal;
- Trabalho sujo, trabalhadores em matadouros e frigoríficos: efeitos físicos e psicológicos sobre os trabalhadores dessas indústrias;
- Análise de novas e clássicas metáforas organizacionais como homem tipo bovino (homem ideal), capital (cabeça de gado), tubarões do mercado, etc.;
- A influência dos consumidores e da sociedade na indústria pecuária: consumo consciente, boicote, ação direta, influência de mudanças na legislação;
- Crises sanitárias, políticas públicas de biossegurança, respostas organizadas a zoonoses, epidemias e pandemias zoonóticas;
- Construções sociais, históricas e culturais de determinados animais como pragas, relações organizadas com animais ditos vetores e reservatórios de doenças;
- Indústria pet, novos mercados, profissões e ocupações emergentes relacionadas a animais ditos de estimação;
- O trabalho animal e o animal como força de trabalho em contextos urbanos e rurais;
- Gestão de populações animais em ambiente urbano e silvestre, gestão de santuários e áreas de conservação e preservação ambiental;
- Relações organizadas com o animal espetáculo para entretenimento humano: circos, zoológicos, exposições agropecuárias, esportes, aquários, vaquejadas, rodeios;
- Relações de gênero e o animal: produção de masculinidades e feminilidades na organização da alimentação, consumo de carne e substâncias animais, na proteção animal, na caça, etc.;
- Organizações e extinções animais no antropoceno: catástrofes, desastres.
- Críticas ao antropocentrismo, excepcionalismo humano e ao dualismo humanidade/animalidade na teoria organizacional;
- Epistemologias e metodologias que permitam problematizar relações organizadas com animais não-humanos para além da condição de objeto.
… e assim por diante.
Enquanto revestida por aspectos históricos, instrumentais, éticos, culturais, materiais e simbólicos, que permeiam e estão inseridos em formas e processos organizativos, a relação humano-animal evidencia sua importância enquanto campo e lócus de investigação nos Estudos Organizacionais. Seja no âmbito do trabalho humano-animal, dos novos mercados, relações, profissões e ocupações produzidos em torno das relações com animais não humanos, da relação com corpos animais vivos e mortos na esfera da produção, manejo e consumo, da instrumentalização desses corpos como objetos de experimentação laboratorial ou espetacularização, da chamada gestão de populações animais, entre outras possibilidades.
Entendemos, portanto, que o tema tem grande relevância para nosso campo; ainda, a possibilidade de publicação de um dossiê temático sobre o assunto contribuirá muito para o campo no sentido de articular pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam a tais debates, e mais uma vez reforçará a Farol como periódico de vanguarda na discussão e visibilização de temáticas e abordagens inovadoras e não-hegemônicas nos Estudos Organizacionais.
Referências
Adams, Carol J. (1990). The sexual politics of meat: a feminist-vegetarian critical theory. New York: Bloomsburry Revelations.
Barreto, Tiago F., Bacelar, Denise F., Lima, Maria H. C. C. A., Feitosa, Marcos, G. G., & Lorêto, Myrna S. S. (2017). “Soltem os beagles”: desvelando o dark side das organizações a partir da perspectiva da ética animal. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, 4(1), 279-319.
Doré, Antoine & Michalon, Jérôme (2017). What makes human–animal relations ‘organizational’? The de-scription of anthrozootechnical agencements. Organization, 24(6), 761-780.
Fantinel, Leticia D. (2020). O organizar multiespécie da cidade. In Luiz Alex S. Saraiva & Ana Silvia R. Ipiranga (Orgs.). História, práticas sociais e gestão das/nas cidades (pp. 297-344). Ituiutaba: Barlavento.
Hannah, David R. & Robertson, Kirsten (2016). Human-animal work: a massive, understudied domain of human activity. Journal of Management Inquiry, 26(1), 116-118.
Haraway, Donna J. (2011). A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente. Horizontes Antropológicos, 17(35), 27-64.
Haraway, Donna J. (2008). When species meet. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Joy, Melanie (2012). Why we love dogs, eat pigs and wear cows: an introduction to carnism, the belief system that enables us to eat some animals and not others. Newark: Audible.
Knight, Charles & Sang, Kate (2019). ‘At home, he’s a pet, at work he’s a colleague and my right arm’: police dogs and the emerging posthumanist agenda. Culture and Organization, 355-371.
Labatut, Julie, Munro, Iain, & Desmond, John (2016). Animals and organizations. Organization, 23(3), 315-329.
Pina e Cunha, Miguel, Rego, António, & Munro, Iain (2018). Dogs in organizations. Human Relations, 72(4), 778-800.
Regan, Tom (2001). Defending animal rights. Illinois: University of Illinois Press.
Sage, Daniel, Justesen, Lise, Dainty, Andrew, Kjell Tryggestad, & Jan Mouritsen (2016). Organizing space and time through relational human–animal boundary work: Exclusion, invitation and disturbance. Organization, 23(3), 434-450.
Sayers, Janet G. (2015). A report to an academy: on carnophallogocentrism, pigs and meat-writing. Organization, 23(3), 370-386.
Sayers, Janet, Hamilton, Lindsay, Sang, Kate (2019). Organizing animals: species, gender and power at work. Gender, Work & Organization, 26(3), 239-245.
Singer, Peter (2009). Animal liberation: the definitive classic of the animal movement. New York: Harper Collins.
Modalidades de Contribuição
Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade aceita contribuições na forma de Capas, Artigos, Ensaios, Debates, Provocações, Entrevistas, Depoimentos, Resenhas (de livros, filmes, exposições, performances artísticas), Registros fotográficos e Vídeos. Os idiomas aceitos nas contribuições são português, inglês e espanhol, desde que estejam de acordo com a política editorial e as diretrizes para os autores. Para ter acesso às orientações gerais, acesse: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/farol/about/submissions.
Submissão
Qualquer que seja a modalidade de contribuição (Capas, Artigos, Ensaios, Debates, Provocações, Entrevistas, Depoimentos, Resenhas, Registros fotográficos ou Vídeos), es autores devem informar o editor, no item “Comentários para o editor”, que estão submetendo especificamente para o dossiê temático “Animais e organizações”. Para submeter contribuições, acesse: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/farol/index.
Prazo
As contribuições para o dossiê temático “Animais e organizações” se encerram impreterivelmente no dia 14 de novembro de 2022 (segunda-feira).
Informações adicionais
No caso de quaisquer dúvidas sobre este número especial, es editores especiais devem ser contactades: Tiago Franca Barreto (tiagoefebarreto@gmail.com), Leticia Dias Fantinel (leticiafantinel@gmail.com), ou Bárbara Eduarda Nóbrega Bastos (barbarabastos@outlook.com). No caso de dúvidas sobre o periódico em si, o contato deve ser feito com a secretaria editorial (farol@face.ufmg.br).
Convocatoria de ponencias
Dossier temático “Animales y organizaciones”
Editores especiales
Tiago Franca Barreto (UPE, Brasil)
Leticia Dias Fantinel (UFES, Brasil)
Bárbara Eduarda Nóbrega Bastos (UFPE, Brasil)
Presentamos la presente propuesta como una iniciativa pionera en Brasil y como una adición a los esfuerzos que sólo recientemente se han desarrollado en el campo de los Estudios Organizacionales, que se han concentrado durante menos de una década. En el extranjero, es posible mapear, en 2014, la creación del subtema "Animales y Organizaciones" en LAEMOS (Conferencia de Estudios Latinoamericanos y Europeos de Organización); los mismos editores organizaron un número especial de la revista Organization, en mayo de 2016; asimismo, en 2016, destacamos el tema central de la conferencia SCOS (Standing Conference on Organizational Symbolism), titulado "El Animal" y, en 2017, con el tema "Carne". Además, en relación con el SCOS de 2016, se publicó un número especial en la revista Culture and Organization en 2018. En 2019, se publicó un número especial llamado "Organizar a los animales" en la revista Género, Trabajo y Organización y en el mismo año el VI CBEO (Congreso Brasileño de Estudios Organizacionales) tuvo un Grupo de Trabajo "Animales y Organizaciones". Todos estos son ejemplos de esfuerzos realizados por grupos de investigación en diferentes países que señalan la importancia de discutir las relaciones organizadas entre especies, con especial atención a los animales no humanos, foco especial de esta propuesta.
En este contexto, se comparten varias críticas a los estudios sobre gestión y organizaciones: nuestro campo ha estado silenciando y negando sistemáticamente al animal no humano, excluyéndolo de la teoría organizacional (Labatut, Munro & Desmond, 2016) y/o reduciéndolo a categorías correspondientes a cosas u otros, invisibilizando las relaciones de explotación y dominación (sayers; hamilton; sang, 2019). En un contexto de crecientes exigencias de las organizaciones a los animales no humanos (Hannah y Robertson, 2017), estos últimos parecen interesar a la práctica organizativa solo en la condición de objetos pasivos y obedientes a la domesticación -de lo contrario, serán eliminados sumariamente o descartados por los gestores humanos (Sage et al., 2016).
Existe, sin embargo, un movimiento reciente que, más que evidenciar que los animales están presentes en las prácticas organizacionales, se ocupa de impugnar los enfoques que problematizan el fenómeno organizacional desde la sola perspectiva de los humanos que lo constituyen (Fantinel, 2020; Pina e Cunha, Rego & Munro, 2018; Sayers, 2015). Se reconocen las limitaciones de la dicotomía ontológica humano/no humano, convencionalmente adoptada en diferentes estudios de investigación, que asigna a otros animales un estatus problemático de "intermediario" tanto en nuestros estudios como en la práctica organizacional (Doré & Michalon, 2017). Además, problematizamos las perspectivas dualistas que marcan los entendimientos sobre las organizaciones y lo que convencionalmente se entiende como naturaleza (que oscila, en esta cosmovisión heredada de la modernidad occidental, entre una fuente homogénea de recursos y un fondo que hay que preservar abstractamente). Los animales no humanos, en esta posición intermedia constante, tienden a veces hacia la organización, cuando están domesticados y son útiles; otras, hacia la naturaleza, cuando son salvajes e ingobernables. Este punto de vista ha demostrado ser insuficiente para captar las imbricaciones y los enredos, por lo que es fundamental cuestionar y debatir estas categorías como entidades preexistentes, auto motivadas y de existencia independiente.
Por lo tanto, destacamos que la propuesta de esta convocatoria busca articular agendas de investigación alineadas con proyectos no sólo epistémicos, sino también éticos y políticos, de manera que se comprometan a pensar formas de vivir y existir más allá del antropocentrismo que suele marcar la producción de conocimiento y las prácticas organizativas, especialmente en el contexto en el que vivimos, caracterizado por emergencias planetarias, desastres ambientales y climáticos, extinciones y pandemias. Como proponentes, nos alineamos con la sensibilidad propuesta por Haraway (2008) en la búsqueda de superar una comprensión representacional o instrumental de los animales no humanos como "buenos para pensar" o "buenos para comer", sino como "buenos para vivir con". En nuestras diferentes especies, somos constituyentes del mundo material, en procesos enmarañados que imbrican nuestras existencias; y en estos enmarañamientos se imbrican también las prácticas y las formas organizativas.
Así, nos interesa, con la organización de la convocatoria, abrir espacios y articular redes de investigadores que se dediquen a problematizar dichas relaciones y que puedan contribuir al campo de los Estudios Organizacionales, especialmente en el contexto brasileño. Nuestra propuesta se sitúa como abierta a epistemologías no funcionalistas (para ello, el enfoque se dirige a trabajos críticos, interpretativos, etc.) que aborden al animal no humano en relación con las formas, prácticas y/o estructuras organizativas desde diferentes posibilidades de abordaje, que pueden provenir de teorías reconocidas desde la perspectiva animalista (por ejemplo, Adams, 1990; Joy, 2012; Regan, 2001; Singer, 2009), pero que pueden pasar por otros campos teóricos, como el Lado Oscuro de las organizaciones (Barreto et al, 2017), la teoría del actor-red (Doré y Michalon, 2017), el debate posthumanista (Knight y Sang, 2019) o las ontologías recíprocas (Haraway, 2011). La propuesta es, igualmente, que nos mantengamos abiertos a diversos enfoques ontológicos sobre lo que es el fenómeno organizativo, incluyendo también perspectivas procedimentales sobre la organización.
Nuestra propuesta, en este sentido, es que la presentación de trabajos esté abierta a una variedad de temas y asuntos, incluyendo (pero sin restringir) los siguientes:
- Ética animal, derecho animal, explotación y extinción de animales;
- Surgimiento de nuevas moralidades sobre los animales no humanos en las sociedades humanas y su impacto en las organizaciones;
- Cuestiones filosóficas e ideológicas sobre el consumo de animales;
- El vegetarianismo, el veganismo, las dietas "limpias" y los alimentos crudos, los mercados y la mercantilización de estas prácticas;
- Industrialización de la producción animal: tecnologías del capitalismo, globalización y animales;
- El lado oscuro de la industria de la explotación animal: corrupción, delitos empresariales, fraude, ocultación y distorsión de la realidad sobre el trato a los animales;
- Escándalos de la industria alimentaria (por ejemplo, las vacas locas, la carne de caballo, la Operación Carne Débil) y alternativas agrícolas/alimentarias;
- Animales y tecnologías: experimentación animal, producción de cobayas y pruebas alternativas;
- Impacto social y medioambiental de la producción animal para el consumo humano;
- Organizaciones por los derechos de los animales, movimientos sociales e interseccionalidad: los vínculos entre el movimiento por los derechos de los animales y otras organizaciones emancipadoras;
- Relaciones entre la explotación animal y la precariedad del trabajo humano en la industria animal;
- El trabajo sucio, los trabajadores de los mataderos y las plantas de envasado de carne: efectos físicos y psicológicos en los trabajadores de estas industrias;
- Análisis de metáforas organizativas nuevas y clásicas como el hombre tipo bovino (hombre ideal), el capital (cabeza de ganado), los tiburones del mercado, etc;
- La influencia de los consumidores y la sociedad en la industria ganadera: consumo consciente, boicot, acción directa, influencia de los cambios en la legislación;
- Crisis sanitarias, políticas públicas de bioseguridad, respuestas organizadas a las zoonosis, epidemias zoonóticas y pandemias;
- Construcciones sociales, históricas y culturales de ciertos animales como plagas, relaciones organizadas con animales llamados vectores y reservorios de enfermedades;
- Industria de los animales de compañía, nuevos mercados, profesiones y ocupaciones emergentes relacionadas con los animales de compañía;
- El trabajo animal y el animal como fuerza de trabajo en contextos urbanos y rurales;
- Gestión de poblaciones animales en entornos urbanos y silvestres, gestión de santuarios y áreas de conservación y preservación del medio ambiente;
- Relaciones organizadas con el espectáculo animal para el entretenimiento humano: circos, zoológicos, exposiciones agrícolas, deportes, acuarios, vaqueros, rodeos;
- Relaciones de género y el animal: producción de masculinidad y feminidad en la organización de la alimentación, el consumo de carne y sustancias animales, la protección de los animales, la caza etc.;
- Organizaciones animales y extinciones en el Antropoceno: catástrofes, desastres.
- Crítica al antropocentrismo, al excepcionalismo humano y al dualismo humanidad/animidad en la teoría organizativa;
- Epistemologías y metodologías que permiten problematizar las relaciones organizadas con los animales no humanos más allá de la condición de objeto.
... y así sucesivamente.
Revestida de aspectos históricos, instrumentales, éticos, culturales, materiales y simbólicos, que impregnan y se insertan en las formas y procesos organizativos, la relación hombre-animal destaca su importancia como campo y locus de investigación en los Estudios Organizativos. Ya sea en el ámbito del trabajo humano-animal, de los nuevos mercados, relaciones, profesiones y ocupaciones que se producen en torno a las relaciones con los animales no humanos, de la relación con los cuerpos animales vivos y muertos en la esfera de la producción, la gestión y el consumo, de la instrumentalización de estos cuerpos como objetos de experimentación laboratorial o de espectacularización, de la llamada gestión de las poblaciones animales, entre otras posibilidades.
Entendemos, por lo tanto, que el tema tiene gran relevancia para nuestro campo; además, la posibilidad de publicar un dossier temático sobre el tema contribuirá mucho al campo en el sentido de articular investigadores dedicados a tales debates, y una vez más reforzará a Farol como revista de vanguardia en la discusión y visibilidad de temas y enfoques innovadores y no hegemónicos en los Estudios Organizacionales.
Referências
Adams, Carol J. (1990). The sexual politics of meat: a feminist-vegetarian critical theory. New York: Bloomsburry Revelations.
Barreto, Tiago F., Bacelar, Denise F., Lima, Maria H. C. C. A., Feitosa, Marcos, G. G., & Lorêto, Myrna S. S. (2017). “Soltem os beagles”: desvelando o dark side das organizações a partir da perspectiva da ética animal. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, 4(1), 279-319.
Doré, Antoine & Michalon, Jérôme (2017). What makes human–animal relations ‘organizational’? The de-scription of anthrozootechnical agencements. Organization, 24(6), 761-780.
Fantinel, Leticia D. (2020). O organizar multiespécie da cidade. In Luiz Alex S. Saraiva & Ana Silvia R. Ipiranga (Orgs.). História, práticas sociais e gestão das/nas cidades (pp. 297-344). Ituiutaba: Barlavento.
Hannah, David R. & Robertson, Kirsten (2016). Human-animal work: a massive, understudied domain of human activity. Journal of Management Inquiry, 26(1), 116-118.
Haraway, Donna J. (2011). A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente. Horizontes Antropológicos, 17(35), 27-64.
Haraway, Donna J. (2008). When species meet. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Joy, Melanie (2012). Why we love dogs, eat pigs and wear cows: an introduction to carnism, the belief system that enables us to eat some animals and not others. Newark: Audible.
Knight, Charles & Sang, Kate (2019). ‘At home, he’s a pet, at work he’s a colleague and my right arm’: police dogs and the emerging posthumanist agenda. Culture and Organization, 355-371.
Labatut, Julie, Munro, Iain, & Desmond, John (2016). Animals and organizations. Organization, 23(3), 315-329.
Pina e Cunha, Miguel, Rego, António, & Munro, Iain (2018). Dogs in organizations. Human Relations, 72(4), 778-800.
Regan, Tom (2001). Defending animal rights. Illinois: University of Illinois Press.
Sage, Daniel, Justesen, Lise, Dainty, Andrew, Kjell Tryggestad, & Jan Mouritsen (2016). Organizing space and time through relational human–animal boundary work: Exclusion, invitation and disturbance. Organization, 23(3), 434-450.
Sayers, Janet G. (2015). A report to an academy: on carnophallogocentrism, pigs and meat-writing. Organization, 23(3), 370-386.
Sayers, Janet, Hamilton, Lindsay, Sang, Kate (2019). Organizing animals: species, gender and power at work. Gender, Work & Organization, 26(3), 239-245.
Singer, Peter (2009). Animal liberation: the definitive classic of the animal movement. New York: Harper Collins.
Modalidades de contribución
Farol - Revista de Estudios Organizacionales y Sociedad acepta contribuciones en forma de Portadas, Artículos, Ensayos, Debates, Provocaciones, Entrevistas, Declaraciones, Reseñas (de libros, películas, exposiciones, espectáculos artísticos), Registros fotográficos y de vídeo. Los idiomas aceptados en las contribuciones son el portugués, el inglés y el español, siempre que estén de acuerdo con la política editorial y las directrices para los autores. Para ver las directrices generales, acceda a: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/farol/about/submissions.
Presentación
Cualquiera que sea el tipo de contribución (Portadas, Artículos, Ensayos, Debates, Provocaciones, Entrevistas, Testimonios, Reseñas, Fotografías o Vídeos), los autores deben informar al editor, en el punto "Comentarios al editor", que se presentan específicamente para el dossier temático "Animales y Organizaciones". Para enviar contribuciones, diríjase a: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/farol/index.
Fecha límite
La fecha límite para las contribuciones al número temático "Animales y organizaciones" es el 14 de noviembre de 2022 (lunes).
Más información
Para cualquier pregunta relacionada con este número especial, puede ponerse en contacto con los editores especiales: Tiago Franca Barreto (tiagoefebarreto@gmail.com), Leticia Dias Fantinel (leticiafantinel@gmail.com), o Bárbara Eduarda Nóbrega Bastos (barbarabastos@outlook.com). En caso de preguntas sobre la propia revista, póngase en contacto con la oficina editorial (farol@face.ufmg.br).
Call for papers
Thematic dossier “Animals and Organizations”
Special Editors
Tiago Franca Barreto (UPE, Brazil)
Leticia Dias Fantinel (UFES, Brazil)
Bárbara Eduarda Nóbrega Bastos (UFPE, Brazil)
We present the present proposal as a pioneering initiative in Brazil, which adds to efforts that have only recently been developed in the field of Organizational Studies, which have been concentrated for less than a decade. Abroad, it is possible to map, in 2014, the creation of the subtheme "Animals and Organizations" in LAEMOS (Conference on Latin American and European Organization Studies); the same editors organized a special issue of the journal Organization, in May 2016; likewise, in 2016, we highlight the central theme of the SCOS (Standing Conference on Organizational Symbolism) conference, entitled "The Animal" and, in 2017, with the theme "Meat". Also, related to the 2016 SCOS, a special issue was published in the journal Culture and Organization in 2018. In 2019, a special issue called "Organizing Animals" was published in the journal Gender, Work and Organization and in the same year the VI CBEO (Brazilian Congress of Organizational Studies) had a Working Group "Animals and Organizations". All these are examples of efforts made by research groups in different countries that signal the importance of discussing inter-species organized relationships, with special attention to non-human animals, the special focus of this proposal.
In this context, several criticisms of studies on management and organizations are shared: our field has been systematically silencing and denying the nonhuman animal, excluding it from organizational theory (Labatut, Munro & Desmond, 2016) and/or reducing it to categories corresponding to things or others, invisibilizing relations of exploitation and domination (sayers; hamilton; sang, 2019). In a context of increasing demands by organizations on nonhuman animals (Hannah & Robertson, 2017), the latter seem to be of interest to organizational practice only in the condition of passive and obedient objects to domestication - otherwise they will be summarily removed or discarded by human managers (Sage et al., 2016).
There is, however, a recent movement that, more than simply evidencing that animals are present in organizational practices, is concerned with contesting approaches that problematize the organizational phenomenon from the sole perspective of the humans that constitute it (Fantinel, 2020; Pina e Cunha, Rego & Munro, 2018; Sayers, 2015). One recognizes, for example, the limitations of the ontological human/non-human dichotomy, conventionally adopted in different researches, which assigns to other animals a problematic "intermediary" status both in our studies and in organizational practice (Doré & Michalon, 2017). Furthermore, we problematize dualistic perspectives that mark understandings about organizations and what is conventionally understood as nature (which oscillates, in this cosmovision inherited from Western modernity, between a homogeneous source of resources and a background to be abstractly preserved). Non-human animals, in this constantly intermediate position, would tend towards organization when domesticated and useful, and towards nature when wild and unmanageable. Such a vision has proven to be insufficient to capture imbrications and entanglements, so that it is fundamental to question and debate these categories as pre-existent, self-motivated, and independently existing entities.
Therefore, we emphasize that this call proposal seeks to articulate research agendas aligned with projects that are not only epistemic, but also ethical and political, in a way engaged in thinking ways of living and existing beyond the anthropocentrism that often marks the production of knowledge and organizational practices, especially in the context in which we live, characterized by planetary emergencies, environmental and climatic disasters, extinctions and pandemics. As proponents, we align ourselves to the sensibility propounded by Haraway (2008) in the search to overcome a representational or instrumental understanding that non-human animals would be "good for thinking" or "good for eating", but rather as "good for living with". In our different species, we are constituents of the material world, in entangled processes that imbricate our existences; and in these entanglements practices and organizational forms are also imbricated.
Thus, we are interested, with the organization of the call, in opening spaces and articulating networks of researchers dedicated to problematize such relations and that may contribute to the field of Organizational Studies, especially in the Brazilian context. Our proposal places itself as open to non-functionalist epistemologies (for this, the focus is directed to critical, interpretative works, etc.) that address the non-human animal in relation to organizational forms, practices and/or structures from different possibilities of approaches, which can come from recognized theories from the animalist perspective (e.g. Adams, 1990; Joy, 2012; Regan, 2001; Singer, 2009), but that can pass through other theoretical fields, such as the Dark Side of organizations (Barreto et al, 2017), Actor-Network Theory (Doré & Michalon, 2017), the post-humanist debate (Knight & Sang, 2019) or reciprocal ontologies (Haraway, 2011). The proposal is, likewise, that we remain open to diverse ontological approaches to what the organizational phenomenon is, also including procedural perspectives on organizing.
Our proposal, in this sense, is that paper submissions will be open to a variety of topics and themes, including (but not restricting) the following
- Animal ethics, animal law, animal exploitation and extinction;
- Emergence of new moralities about non-human animals in human societies and their impacts on organizations;
- Philosophical and ideological issues about animal consumption;
- Vegetarianism, veganism, "clean" diets and raw foods, the markets and the commodification of these practices;
- Industrialization of animal production: technologies of capitalism, globalization and animals;
- The Dark side of the animal exploitation industry: corruption, corporate crimes, fraud, concealment, and distortions of reality about the treatment of animals;
- Food industry scandals (e.g., mad cow, horse meat, Operation Weak Meat) and agricultural/food alternatives;
- Animals and technologies: animal experimentation, guinea pig production and alternative testing;
- Social and environmental impacts of animal production for human consumption;
- Animal rights organizations, social movements and intersectionality: the links between the animal rights movement and other emancipatory organizations;
- Relations between animal exploitation and human labor precarity in the animal industry;
- Dirty work, workers in slaughterhouses and meatpacking plants: physical and psychological effects on workers in these industries;
- Analysis of new and classic organizational metaphors such as bovine type man (ideal man), capital (cattle head), market sharks, etc.;
- The influence of consumers and society on the livestock industry: conscious consumption, boycott, direct action, influence of changes in legislation;
- Sanitary crises, public biosecurity policies, organized responses to zoonoses, zoonotic epidemics and pandemics;
- Social, historical and cultural constructions of certain animals as pests, organized relations with animals called vectors and reservoirs of disease;
- Pet industry, new markets, emerging professions and occupations related to pet animals;
- Animal labor and the animal as a labor force in urban and rural contexts;
- Management of animal populations in urban and wild environments, management of sanctuaries and environmental conservation and preservation areas;
- Organized relations with the animal show for human entertainment: circuses, zoos, agricultural exhibitions, sports, aquariums, cowboys, rodeos;
- Gender relations and the animal: production of masculinities and femininities in the organization of food, consumption of meat and animal substances, animal protection, hunting, etc.;
- Animal organizations and extinctions in the Anthropocene: catastrophes, disasters.
- Critiques of anthropocentrism, human exceptionalism and the dualism humanity/animality in organizational theory;
- Epistemologies and methodologies that allow problematizing organized relations with non-human animals beyond the condition of object.
... and so on.
While coated by historical, instrumental, ethical, cultural, material and symbolic aspects, which permeate and are inserted in organizational forms and processes, the human-animal relationship highlights its importance as a field and locus of investigation in Organizational Studies. Be it in the scope of human-animal work, of the new markets, relations, professions and occupations produced around the relations with non-human animals, of the relation with living and dead animal bodies in the sphere of production, management and consumption, of the instrumentalization of these bodies as objects of laboratory experimentation or spectacularization, of the so-called management of animal populations, among other possibilities.
We understand, therefore, that the theme has great relevance for our field; furthermore, the possibility of publishing a thematic dossier on the subject will contribute a lot to the field in the sense of articulating researchers dedicated to such debates, and once again will reinforce Farol as a vanguard journal in the discussion and visibility of innovative and non-hegemonic themes and approaches in Organizational Studies.
References
Adams, Carol J. (1990). The sexual politics of meat: a feminist-vegetarian critical theory. New York: Bloomsburry Revelations.
Barreto, Tiago F., Bacelar, Denise F., Lima, Maria H. C. C. A., Feitosa, Marcos, G. G., & Lorêto, Myrna S. S. (2017). “Soltem os beagles”: desvelando o dark side das organizações a partir da perspectiva da ética animal. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, 4(1), 279-319.
Doré, Antoine & Michalon, Jérôme (2017). What makes human–animal relations ‘organizational’? The de-scription of anthrozootechnical agencements. Organization, 24(6), 761-780.
Fantinel, Leticia D. (2020). O organizar multiespécie da cidade. In Luiz Alex S. Saraiva & Ana Silvia R. Ipiranga (Orgs.). História, práticas sociais e gestão das/nas cidades (pp. 297-344). Ituiutaba: Barlavento.
Hannah, David R. & Robertson, Kirsten (2016). Human-animal work: a massive, understudied domain of human activity. Journal of Management Inquiry, 26(1), 116-118.
Haraway, Donna J. (2011). A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente. Horizontes Antropológicos, 17(35), 27-64.
Haraway, Donna J. (2008). When species meet. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Joy, Melanie (2012). Why we love dogs, eat pigs and wear cows: an introduction to carnism, the belief system that enables us to eat some animals and not others. Newark: Audible.
Knight, Charles & Sang, Kate (2019). ‘At home, he’s a pet, at work he’s a colleague and my right arm’: police dogs and the emerging posthumanist agenda. Culture and Organization, 355-371.
Labatut, Julie, Munro, Iain, & Desmond, John (2016). Animals and organizations. Organization, 23(3), 315-329.
Pina e Cunha, Miguel, Rego, António, & Munro, Iain (2018). Dogs in organizations. Human Relations, 72(4), 778-800.
Regan, Tom (2001). Defending animal rights. Illinois: University of Illinois Press.
Sage, Daniel, Justesen, Lise, Dainty, Andrew, Kjell Tryggestad, & Jan Mouritsen (2016). Organizing space and time through relational human–animal boundary work: Exclusion, invitation and disturbance. Organization, 23(3), 434-450.
Sayers, Janet G. (2015). A report to an academy: on carnophallogocentrism, pigs and meat-writing. Organization, 23(3), 370-386.
Sayers, Janet, Hamilton, Lindsay, Sang, Kate (2019). Organizing animals: species, gender and power at work. Gender, Work & Organization, 26(3), 239-245.
Singer, Peter (2009). Animal liberation: the definitive classic of the animal movement. New York: Harper Collins.
Modalities of Contribution
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Deadline
The deadline for contributions to the "Animals and Organizations" thematic issue is November 14, 2022 (Monday).
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