Análise da Relação entre o Coeficiente Beta, o Índice de Alavancagem D/E e a Taxa de Retorno de Ações Ordinária de uma Amostra de Empresas listadas no Ibovespa
Palavras-chave:
Risco Financeiro. Risco do Negócio. Alavancagem. Beta. Retorno.Resumo
O objetivo do presente artigo foi investigar a existência de correlação positiva e estatisticamente significativa entre o Índice de Alavancagem, a Taxa de Retorno do Capital próprio e o Coeficiente Beta Ajustado pelo Modelo de Blume (1975). Previamente, assumiu-se o pressuposto que o Coeficiente Beta poderia ser adotado como um dos referenciais para analisar o risco financeiro representado pelo Índice de Alavancagem e pela Taxa de Retorno das Ações Ordinárias. Foram usados os preços de fechamento das ações ordinárias de 20 empresas de setores diferentes, listadas na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo - BOVESPA, no período de 1995 a 2006, para o cálculo da taxa de retorno e do Coeficiente Beta. Para a análise dos dados estatísticos, foram considerados os pressupostos da normalidade, homocedasticidade, independência dos erros e linearidade. Para a validação desses pressupostos, foram utilizadas as seguintes métricas estatísticas: Teste T, p-value e Coeficiente de Durbin-Watson. Os resultados não foram homogêneos para todas as empresas da amostra, invalidando a premissa que não necessariamente empresas com elevados níveis de alavancagem apresentam os maiores betas e, por conseqüência, maiores custos de capital do acionista. Esse resultado sinalizou a inadequação de utilização do Coeficiente Beta como medida única do risco financeiro, devendo sempre ser analisado juntamente com informações complementares, como as informações qualitativas relacionadas aos riscos do negócio, do setor e da conjuntura econômica.
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