A FUNÇÃO DE AUDITORIA INTERNA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA DE BANCOS NO BRASIL: AGENTE DE CONTROLE OU INSTRUMENTO DE LEGITIMIDADE ORGANIZACIONAL?
DOI:
https://doi.org/10.22561/cvr.v29i3.4245Palavras-chave:
Governança Corporativa, Instituições Financeiras, Auditoria Interna, Teoria da Agência, Teoria Institucional.Resumo
Este estudo foca o papel desempenhado da Função de Auditoria Interna (FAI) no sistema de governança corporativa (SGC) de bancos atuando no Brasil. Tem como objetivo investigar porquê e como a FAI foi incorporada ao SGC, e as consequências geradas para ambos, tendo como referências as perspectivas de redução dos problemas de agência, trazidos pela teoria da agência, e a adequação isomórfica ao ambiente em resposta às suas pressões, tratadas pela teoria institucional. O estudo qualitativo, de natureza exploratória e descritiva, considerou uma abordagem multiteórica, utilizando os pressupostos dessas teorias ao material obtido em treze entrevistas semiestruturadas com auditores e conselheiros. Os resultados das análises contribuem para ampliar a compreensão sobre como ocorreu essa incorporação, e o papel representado pela FAI para o SGC. Os resultados são: i) três fatores atuaram como direcionadores: a própria evolução do negócio, a regulação e a convergência de premissas e práticas; e ii) o reposicionamento organizacional gerou consequências ao escopo de trabalho, à intensificação dos conflitos para manutenção da independência e à percepção de valor agregado pela FAI. O estudo apresentou como contribuições ao SGC: a revelação do potencial da FAI para gerar insumos para seu monitoramento, ao atuar como sua extensão enquanto agente de controle no ambiente operacional. Quanto à FAI, o estudo sugere que necessita qualificar seu quadro funcional e se desenvolver metodologicamente para entregar informações condizentes à tomada de decisão pelo SGC; e que a regulação bancária tem função relevante na definição dos papéis que desempenha, legitimando seu posicionamento organizacional.
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