A FUNÇÃO DE AUDITORIA INTERNA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA DE BANCOS NO BRASIL: AGENTE DE CONTROLE OU INSTRUMENTO DE LEGITIMIDADE ORGANIZACIONAL?

Autores

  • Volnei Adriano de Freitas FGV\Eaesp
  • Joaquim Rubens Fontes Filho FGV\EBAPE

DOI:

https://doi.org/10.22561/cvr.v29i3.4245

Palavras-chave:

Governança Corporativa, Instituições Financeiras, Auditoria Interna, Teoria da Agência, Teoria Institucional.

Resumo

Este estudo foca o papel desempenhado da Função de Auditoria Interna (FAI) no sistema de governança corporativa (SGC) de bancos atuando no Brasil. Tem como objetivo investigar porquê e como a FAI foi incorporada ao SGC, e as consequências geradas para ambos, tendo como referências as perspectivas de redução dos problemas de agência, trazidos pela teoria da agência, e a adequação isomórfica ao ambiente em resposta às suas pressões, tratadas pela teoria institucional. O estudo qualitativo, de natureza exploratória e descritiva, considerou uma abordagem multiteórica, utilizando os pressupostos dessas teorias ao material obtido em treze entrevistas semiestruturadas com auditores e conselheiros. Os resultados das análises contribuem para ampliar a compreensão sobre como ocorreu essa incorporação, e o papel representado pela FAI para o SGC. Os resultados são: i) três fatores atuaram como direcionadores: a própria evolução do negócio, a regulação e a convergência de premissas e práticas; e ii) o reposicionamento organizacional gerou consequências ao escopo de trabalho, à intensificação dos conflitos para manutenção da independência e à percepção de valor agregado pela FAI. O estudo apresentou como contribuições ao SGC: a revelação do potencial da FAI para gerar insumos para seu monitoramento, ao atuar como sua extensão enquanto agente de controle no ambiente operacional. Quanto à FAI, o estudo sugere que necessita qualificar seu quadro funcional e se desenvolver metodologicamente para entregar informações condizentes à tomada de decisão pelo SGC; e que a regulação bancária tem função relevante na definição dos papéis que desempenha, legitimando seu posicionamento organizacional.

Biografia do Autor

Volnei Adriano de Freitas, FGV\Eaesp

Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas (EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). Auditor interno atuando há treze anos em instituições financeiras.

Joaquim Rubens Fontes Filho, FGV\EBAPE

Doutor em Administração - EBAPE/FGV. Professor e Coordenador do Mestrado Executivo em Gestão Empresarial da EBAPE/FGV, professor visitante do Doutorado em Administração da Universidad Andina Simon Bolivar, em Quito, Equador. FGV/EBAPE - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas.

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Publicado

2019-03-14

Como Citar

FREITAS, V. A. de; FONTES FILHO, J. R. A FUNÇÃO DE AUDITORIA INTERNA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA DE BANCOS NO BRASIL: AGENTE DE CONTROLE OU INSTRUMENTO DE LEGITIMIDADE ORGANIZACIONAL?. Contabilidade Vista & Revista, [S. l.], v. 29, n. 3, p. 73–101, 2019. DOI: 10.22561/cvr.v29i3.4245. Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/4245. Acesso em: 23 abr. 2024.