Abstract
A prevalência de psicopatologias em pessoas privadas de liberdade é mais alta que na população em geral. Nesse cenário, esse estudo objetivou analisar as prescrições de psicofármacos para pessoas privadas de liberdade em um complexo penitenciário masculino do Distrito Federal. Foi realizado um estudo transversal, descritivo e observacional, onde a análise foi baseada em dados secundários provenientes do Sistema Integrado de Administração do Sistema Penitenciário. Os resultados mostraram que 584 homens possuíam prescrições de psicofármacos, sendo 56,7% prescrições continham um psicofármaco, 29,3% possuíam dois psicofármacos e 14,0% apresentavam três ou mais psicofármacos. A maioria desses indivíduos possuía entre 30 e 60 anos, com nível fundamental incompleto, com condenações entre 5 e 15 anos por crimes contra o patrimônio e eram recém-chegados a prisão. A classes farmacológicas mais prevalentes nas prescrições foram: antiepilépticos, antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. Entre os medicamentos mais prescritos, destacaram-se: diazepam, carbamazepina, amitriptilina e levomepromazina.