Resumo
Objetivo: Avaliar os casos de intoxicações por paracetamol em um hospital de urgência e emergência da rede pública de Minas Gerais.Material e Método: Realizou-se um estudo retrospectivo, descritivo, a partir de casos de intoxicação registrados no período de janeiro a dezembro de 2019 em um hospital estadual terciário, especializado em urgências. Para a coleta de dados foram utilizados fichas internas da unidade de Toxicologia do Hospital João XXIII, além de informações registradas no sistema de gestão hospitalar (SIGH), programa eletrônico do hospital, que dentre as suas funções, serve como instrumento de registros de dados dos pacientes. As variáveis utilizadas foram: identificação, mês, idade, sexo, dose ingerida, o tempo de ingestão, antídoto, dose do antídoto, conduta, evolução e valores das enzimas transaminases (TGO E TGP). Resultados: Obtidos 55 casos de intoxicação por paracetamol dentro deles 34,55% para o sexo masculino e 65,45% para o sexo feminino. Observou-se que a faixa etária predominante foi a de adultos-jovens, com idade entre 20-29 anos (27,27%), seguido pelo grupo etário 15-19 anos (23,63%), 18,18% dos pacientes que estavam com idade entre 30-39 anos e crianças 1 a 4 anos (11,11%). Das circunstâncias que levaram ao envenenamento, 43 tentativa de autoextermínio, 8 acidental, 2 erro de administração e 2 de automedicação. Conclusão: Dentre os analgésicos, o paracetamol obteve o maior número de casos de intoxicações no maior hospital referência de trauma, toxicologia e queimadura da América Latina.