Resumo
A atenção básica de saúde e a estratégia de saúde da família ganharam força a partir da criação do Sistema Único de Saúde – SUS e foram ampliadas paulatinamente através da adesão dos municípios. São políticas que se propõem a garantir uma maior proximidade com as populações envolvidas, acolhendo suas necessidades e definindo estratégias com bases epidemiológicas. O presente artigo busca analisar a correlação existente entre cobertura da atenção básica e taxa de imunização no âmbito das capitais dos Estados da região nordeste do Brasil. Para isso, foi realizado um estudo descritivo, exploratório e documental, através da utilização de dados disponíveis nos sistemas de informação do ministério da saúde, DATASUS e o e-Gestor AB dos quais foram coletados as variáveis relativa à cobertura da tenção básica, a cobertura da estratégia da saúde da família, a taxa de imunização e de abandono vacinal do período de 2016 a 2019. Com isso, verificou-se que nas cidades avaliadas existe uma baixa correlação entre a cobertura da atenção básica e a taxa de imunização. No entanto, nos munícios onde a atenção básica esteve mais presente a taxa de abandono do programa vacinal foi menor. Isso mostra uma correlação negativa entre as duas variáveis e vem reforçar a importância da busca pelos municípios por uma cobertura total do programa aos usuários, facilitando o acesso aos serviços e, principalmente com equipes de estratégia de saúde da família, por buscar ativamente as pessoas que iniciaram a programação vacinal com vistas a cumprir o protocolo de imunização.