Euráfrica: integração após o processo colonial? Reflexões a partir da experiência do Congo Belga
Palabras clave:
Euráfrica, colonização, pensamento econômico, Congo BelgaResumen
O texto busca introduzir uma discussão sobre a Euráfrica, projeto de integração entre os continentes europeu e africano concebido no período entre guerras. Por muito tempo permaneceu uma “concepção imaculada” (HANSEN; JONSSON, 2014) desse termo e é necessário um olhar crítico sobre essa questão. O processo de formação da Comunidade Econômica Europeia, o primórdio da União Europeia, contou com a inclusão de algumas colônias de seus países membros, dentre as quais se enquadra o Congo Belga, atual República Democrática do Congo. Seria possível um processo de exploração se reverter automaticamente quando da independência dos países africanos? É possível falar sobre integração econômica e política no contexto de recente dominação? Trata-se de um texto introdutório que busca analisar criticamente o processo de descolonização do continente africano, tomando a experiência congolesa como exemplo, e a continuidade da exploração, agora em outros termos, pelas antigas metrópoles.
Citas
CÂNEDO, Letícia Bicalho. A descolonização da Ásia e da África: processo de ocupação colonial, transformações sociais nas colônias e os movimentos de libertação. São Paulo: Atual. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1985.
GARAVINI, Giuliano; NYBAKKEN, Richard. After Empires: European integration, decolonization and the challenge from the global South 1957-1986. Oxford (UK): Oxford University Press, 2012. Capítulos 1 e 2.
HANSEN, Peo; JONSSON, Stefan. Eurafrica: The untold history of european integration and colonialismo. London: Bloomsbury Publishing Plc, 2014. Capítulos 1 e 2.
PEREIRA, Francisco Manuel Rente Nunes. A União Europeia e os Países de África, Caraíbas e Pacífico – Meio século de parceria. Dissertação (Mestrado). Coimbra: Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes. 2014, 177 f. Capítulo 2: Quatro décadas de convenções ACP – EU.
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