ECONOMIA DE RUA: UM OLHAR SOBRE BELO HORIZONTE

Autores

  • Daniela Viegas da Costa Nascimento Centro Universitário UNA
  • Camila Álvares dos Reis
  • Armindo dos Santos de Sousa Teodósio Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Palavras-chave:

Economia de rua, Pessoas em situação de rua, Resistir, Comércio de rua.

Resumo

Este ensaio fotográfico, realizado na cidade de Belo Horizonte, teve o objetivo de capturar e examinar imagens relacionadas às práticas de “Resistir”, em especial ao que interessa à economia de rua, marcada por transações comerciais informais exercidas por diferentes pessoas nos contextos da cidade. A intenção foi apresentar as formas alternativas de negócios praticados pela população que atua gerando uma “nova economia” de rua. Há diversas extensões do resistir, que resultam em variadas contradições sociais (BRITTO; JACQUES, 2009). A forma de resistir, considerando o espaço urbano e os atores registrados nas fotos, pode contrapor o caráter puramente mercadológico, ao mesmo tempo em que, ao defender o uso do espaço urbano de forma diversa, pode encobertar novas formas de desenho do sistema capitalista. As pessoas em situação de rua adotam um modo de viver particular, de maneira a garantir sua permanência nas vias urbanas.

Biografia do Autor

Daniela Viegas da Costa Nascimento, Centro Universitário UNA

Doutoranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora do Centro Universitário UNA.

Camila Álvares dos Reis

Mestranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Armindo dos Santos de Sousa Teodósio, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Doutor em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas. Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Referências

Britto, F. D. & Jacques, P. B. (2009). Corpocidade: arte enquanto micro- resistência urbana. Fractal: Revista de Psicologia, 21(2), 337-350.

Bursztyn, M. (2000). No meio da rua: Nômades, excluídos e viradores. Rio de Janeiro: Garamond.

Canclini, N. G. (2002). Cidades e cidadãos imaginados pelos meios de comunicação. Opinião Pública, III(1), 40-53.

Carrieri, A. P., Maranhão, C. M. S. A., & Murta, I. B. D. (2009). Crítica ao manejo humano em Belo Horizonte. Revista de Administração Pública, 43(6), 1315-1342.

Carvalho, M. (2000). Cidade global: anotações críticas sobre um conceito. São Paulo em Perspectiva, 14(4), 70-82.

Certeau, M. (2008). A invenção do cotidiano (14a ed.). Petrópolis: Vozes.

Fischer, T. (1997). Gestão contemporânea, cidades estratégicas: aprendendo com fragmentos e configurações do local (pp. 13-23). In: T. Fischer (Org.). Gestão contemporânea: cidades estratégicas e organizações locais. Rio de Janeiro: FGV.

Harvey, D. (1992). Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola.

Jackson, J. (2011). The global gentrification of nothing. Spaces and Flows: An International Conference on Urban and ExtraUrban Studies, 1(1), 25-36.

Nascimento, M. C. R., Teixeira, J. C., Oliveira, J. S., & Saraiva, L. A. S. (2016). Práticas de segregação e resistência nas organizações: uma análise discursiva sobre os “rolezinhos” na cidade de Belo Horizonte (MG). Revista de Administração Mackenzie, 17(1), 55-81.

Magnani, J. G. C. & Torres, L. L. (1996). Quando o campo é a cidade: fazendo antropologia na metrópole (pp. 12-53). In: J. G. C. Magnani & L. L. Torres (Org.). Na metrópole: textos de antropologia urbana (3a ed.). São Paulo: Edusp/Fapesp..

Mendes, L. & Cavedon, N. R. (2012). A atividade de camelô como prática urbana no contexto das cidades. Urbe – Revista Brasileira de Gestão Urbana, 4(1), 123-140.

Pesavento, S. J. (2007). Cidades visíveis, cidades sensíveis, cidades imaginárias. Revista Brasileira de História, 27(53), 11-23.

Rodrigues, F. S. & Ichikawa, E. Y. (2015). O cotidiano de um catador de material reciclável: a cidade sob o olhar do homem ordinário. Revista de Gestão Social e Ambiental, 9(1), 97-112.

Sánchez, F. (2001). A reinvenção das cidades na virada de século: agentes, estratégias e escalas de ação política. Revista de Sociologia e Política, 16, 31-49.

Santos, M. (2000). Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record.

Vieira, M. A. C., Bezerra, E. M. R, & Rosa, C. M. M. (2004). (Orgs.). População de rua: quem é, como vive, como é vista. São Paulo: Hucitec.

Viegas, G. C. F. S. & Saraiva, L. A. S. (2015). Discursos, práticas organizativas e pichação em Belo Horizonte. Revista de Administração Mackenzie, 16(5), 68-94.

Downloads

Publicado

2017-10-19

Edição

Seção

Registros fotográficos