EU QUERO SER OLHADO
Palavras-chave:
Imagem, Retrato, Reprodução mecânica, OlharResumo
Ao espectador apressado, a imagem elaborada por mim apresenta-se sem rosto, simples assim. Para outro tipo de espectador, essa imagem e as demais que compõem a mesma série de trabalhos tomam rumos completamente diferentes. As imagens sem rosto desses trabalhos funcionam como uma máscara ao avesso. Nos rituais, as máscaras têm uma função: elas estão ligadas às emoções, às ações essenciais. Têm também um sentido de mutação, metamorfose. A série “Eu quero ser olhado”, composta de cinco imagens desenvolvidas em 2015, faz uma crítica à substituição de nossas subjetividades pela mecanização de nossos corpos. Apontando para uma relação de tempo/proximidade/distância, esse trabalho nos desvia o olhar e nos tira de um lugar habitual e conhecido. Os retratos aqui são a possibilidade de ferir o olhar e convocar o outro, já que por trás da máscara deve haver um rosto.
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