#RESISTEISIDORO

Autores

  • Francisco Foureaux

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v1i2.2640

Palavras-chave:

Ocupações urbanas, Função social da terra, Déficit habitacional.

Resumo

As políticas públicas brasileiras que tratam da questão do déficit habitacional historicamente se voltam para a defesa da propriedade em detrimento da necessidade das populações atingidas pelas mesmas políticas. Especificamente no caso da região do Isidoro, a disputa pela forma de ocupação acentuou-se depois da procura e do interesse do mercado imobiliário sobre aquela área urbana na esteira da valorização do “vetor norte” de Belo Horizonte. Com um Plano de Ocupação concebido em 2010, o poder público, especificamente a prefeitura de Belo Horizonte, repete conscientemente formulações por vezes bem intencionadas e mal executadas. O despejo, eufemismo para expulsão das famílias ocupantes, é a expressão crua de como a questão fundiária é tratada quando o interesse econômico, através de suas relações com o poder político, pressiona o Estado para satisfazer seus objetivos. Por fim, é o resultado da democracia representativa que exclui sistematicamente minorias e marginalizados dentro da dinâmica perniciosa estabelecida entre empreiteiras, proprietários e políticos profissionais.

Biografia do Autor

Francisco Foureaux

Licenciado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

RIBEIRO, R. R. (Coord.). Histórias de bairros [de] Belo Horizonte: Regional Norte. Belo Horizonte: Arquivo Público da Cidade, 2011.

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Publicado

2014-09-27

Edição

Seção

Depoimentos