O EXCESSO DE CORRESPONDÊNCIA: UM EXPERIMENTO COM AUDITORES NO CONTEXTO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.22561/cvr.v29i2.3063Palavras-chave:
Excesso de correspondência., Viés de correspondência, Erro fundamental de atribuiçãoResumo
Um experimento foi conduzido a partir do plano de referência conceitual associado à teoria da inferência correspondente. Especificamente, o interesse deste trabalho foi o de investigar a existência do viés de julgamento denominado excesso de correspondência. Esse viés se refere à tendência das pessoas de, ao tentarem explicar as causas para o comportamento que observam em outras pessoas, superestimar a influência de causas internas (características pessoais) e subestimar a influência de causas externas (fatores situacionais). No experimento, os participantes (auditores do Tribunal de Contas da União - TCU) foram instruídos a estimar a posição real de um gestor fictício a respeito do tema Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), depois de ler um texto escrito pelo gestor, onde ele expressava opinião a respeito do tópico. As variáveis independentes do estudo foram posição do texto (favorável ou contrária ao RDC) e contexto, isto é, liberdade de escolha por parte do gestor quanto à posição a ser assumida no texto (com liberdade de escolha ou sem liberdade de escolha). Os participantes do experimento foram informados previamente à leitura do texto escrito pelo gestor sobre o contexto em que o texto havia sido preparado. A hipótese principal de pesquisa (confirmada no experimento) foi de que os auditores incorreriam no excesso de correspondência, isto é, eles julgariam a posição real do gestor em relação ao tema em função da posição descrita no texto, independente do gestor ter tido escolha em expressar àquela posição.
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