DESAFIOS ORGANIZACIONAIS DO DESENVOLVIMENTO LOCAL: CONTRIBUIÇÕES E LIMITES DA PERSPECTIVA SCHUMPETERIANA E DA NOVA SOCIOLOGIA ECONÔMICA
DOI:
https://doi.org/10.25113/farol.v2i3.2527Palavras-chave:
Desenvolvimento local, Empreendedores, Atores sociais, Sociologia econômica e das organizações.Resumo
O desenvolvimento local, cada vez mais, ganha espaço nas discussões sociais e econômicas. As organizações vêm sendo apontadas como um fator fundamental para o desenvolvimento bem sucedido de territórios. Neste artigo as limitações da perspectiva dos agentes de mercado da firma evolucionária e as possibilidades da sociologia econômica e das organizações para subsidio da análise de processos decisórios em prol do desenvolvimento local. Por um lado, o desenvolvimento local pode ser influenciado por inovações e por perfis psicossociais de aptidões e de comportamentos individuais e gerenciais. Entretanto, esta perspectiva é limitada por não analisar, por outro lado, a influência dos atores com interesses, preferências, rotinas, hábitos e rituais coletivos em redes sociais. Portanto, a promoção do desenvolvimento local pode ser compreendida de forma complementar tanto no nível individual, por meio do empreendedor, como no nível coletivo, por meio dos atores imersos em redes sociais.
Referências
BARNARD, C. I. (1971). Considerações Preliminares sobre os Sistemas Cooperativos. In: BARNARD, C. I. As Funções do Executivo. São Paulo: Editora Atlas, p. 13-76.
BECKER, G. S. (1976). The Economic Approach to Human Behavior. Chicago-IL: The University of Chicago Press, p.3-14.
BOURDIEU, P. (2005a) O campo econômico. Política & Sociedade, v.1, n.6, p.15-57.
BOURDIEU, P. (2005b) The Social Structures of the Economy. Cambridge: Polity Press.
CKAGNAZAROFF, I. B. et al. (2008). A governança em planejamento e desenvolvimento local: uma análise teórica. Revista de Ciências Humanas, v.8, n.2, p. 171-191, jun./dez.
CONTI, S. (2005). Espaço global versus espaço local: perspectiva sistêmica do desenvolvimento local. In: DINIZ, C.C. e LEMOS, M.B. Economia e Território. Belo Horizonte: Editora UFMG.
ELSTER, J. (1994). Peças e Engrenagens das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.
FISHER, T. (2002). Poderes Locais, Desenvolvimento e Gestão Introdução a uma agenda. In: FISCHER, T. (org.). Gestão do desenvolvimento e poderes locais: marcos teóricos e avaliação. Salvador: Casa da Qualidade, p.12-32.
FREEMAN, C.; PEREZ, C. (1988). Structural Crises of Adjustment: Business Cycles and Investment Behaviour. In: DOSI, G. e FREEMAN, C. et al. (Orgs.) Technical Change and Economic Theory. Londres: Pinter Publishers, p. 38-66.
GRANOVETTER, M. (1994). Business Groups. In: SMELSER, N. e SWEDBERG, R. (Eds.). The Handbook of Economic Sociology. Princeton – New York: Princeton University Press, p. 453-475.
GRANNOVETTER, M. (2002). Economic Action and Social Structure: The Problem of Embeddedness. In: BIGGART, N. (Eds.). Readings in Economic Sociology. Malden-MA: Blakwell Publishers, p.154-167.
GRANNOVETTER, M. (1973). The Strength of Weak Ties. American Journal of Sociology, v. 78, n. 06, p. 1360-1380, May.
GRANOVETTER, M. (1992). The sociological and Economic Approches to Labor Market analysis: A Social Structural View. In: GRANOVETTER, M.; SWEDBERG, R. (Eds.). The Sociology of Economic Life. Boulder: Westview Press, p. 233-264.
HODGSON, G. M. (1998). Institutional Economic Theory: The old versus new. In: PRYCHITKO, D (Eds.). Why Economists Disagree: an introduction to the alternative schools of thought. Albany-NY: Suny Press, p. 155-178.
HODGSON, G. M. (1994). The return of institutional economics. In: SMELSER, N.; SWEDBERG, R. (Eds.). The Handbook of Economic Sociology. Princeton – New York: Princeton University Press, p. 58-76.
JENSEN, M. C. (2000). A Theory of the Firm: Governance, Residual Claims and Organizational Forms. Cambridge MA: Havard University Press, 2000, p. 83-89 e p. 136-167.
MARTINS, S. R. O. (2002). Desenvolvimento Local: questões conceituais e metodológicas. Interações. Revista Internacional de Desenvolvimento Local, Campo Grande, v. 3, n. 5. Disponível em: <http://www3.ucdb.br/mestrados/RevistaInteracoes/n5_sergio_martins.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2009.
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. (1997). An Evolutionary Theory of Economic Change. In: FOSS, N. J. Resources, Firms and Strategies: A Reader in the Resources-Based Perspective. Oxford: Oxford University Press, p. 82-99.
OLIVEIRA, F. (2001). Aproximações ao enigma: o que quer dizer desenvolvimento local? São Paulo. 40p. Disponível em: <http://www.direitoacidade.org.br/download/46.pdf> Acesso em: 08 nov. 2009.
PENROSE, E. (1962). Teoría del Crecimiento de la Empresa. Madrid: Aguilar-Madrid.
RAUD-MATTEDI, C. (2007). Bourdieu e a nova sociologia econômica. Tempo Social, v. 19, n. 2, p.203-232, nov.
SCHUMPETER, J. A. (1982). O Fenômeno Fundamental do Desenvolvimento Econômico. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril Cultural, p.43-66 (Os economistas).
SIEDENBERG, D. R. (2006). Desenvolvimento: ambiguidades de um conceito difuso. Cadernos Ebape, v.4, n.4, dez. Disponível em:<http://www.ebape.fgv.br/cadernosebape/asp/dsp_lst_artigos_edicao.asp?coded=44> Acesso em: 23 dez. 2009.
SMELSER, N.; SWEDBERG, R. (1994). The Sociological Perspective on the Economy. In: SMELSER, N.; SWEDBERG, R. (Eds.). The Handbook of Economic Sociology. Princeton – New York: Princeton University Press, p. 03-26.
STEINER, P. (2006). A Sociologia Econômica. São Paulo: Atlas.
STIGLER, G. J.; BECKER, G. S. (1977). De Gustibus Non Est Disputandum. The American Economic Review, v. 67, n.2, p. 76-90, Mar.
SUZIGAN, W.; CERRÓN, A. P. M.; DIEGUES JUNIOR, A. C. (2005), “Localização, Inovação e Aglomeração: o papel das instituições de apoio às empresas no Estado de São Paulo”. São Paulo em Perspectiva, 19, 2: 86-100.
SUZIGAN, W.; GARCIA, R.; FURTADO, J. (2007), “Estruturas de governança em arranjos ou sistemas locais de produção”. Gestão & Produção, 14, 2: 425-439.
SWEDBERG, R. (1994). Markets as social structures. In: SMELSER, N.; SWEDBERG, R. (Eds.). The Handbook of Economic Sociology. Princeton – New York: Princeton University Press, p. 255-282.
SWEDBERG, R. (2004). Sociologia econômica: hoje e amanhã. Tempo Social, v. 16, n.2, p.7-34, nov.
SWEDBERG, R.; GRANOVETTER, M. (1992). Introduction. In: GRANOVETTER, M.; SWEDBERG, R. (Eds.). The Sociology of Economic Life. Boulder: Westview Press, p. 1-26.
TAPIA, J. R. B. (2005). Desenvolvimento local, concertação social e governança: a experiência dos pactos territoriais na Itália. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 132-139, jan./mar.
TEECE, D. (1988). Technological Change and the Nature of the Firm. In: DOSI, G. e FREEMAN, C. et. al. (Orgs.) Technical Change and Economic Theory. Londres: Pinter Publishers, cap. 12, p. 256-281.
WILLIAMS, P. L. (1978). The Emergence of the Theory of the Firm: From Adam Smith to Alfred Marshall. Londres: Macmillan, p.1-69.
WILLIAMSON, O. E. (1991a). Comparative Economic Organizations: the analysis of discrete structural alternatives. Administrative Science Quarterly, v. 36, p. 269-296, jun.
WILLIAMSON, O. E. (1991b). Mercados y Jerarquías: Su Análisis y sus Implicaciones Antitrust. México: Fondo de Cultura Económica, p17-59.
WILLIANSON, O. E. (1994). Tansaction Cost Economics and Organization Theory. In: SMELSER, N. e SWEDBERG, R. (Eds.). The Handbook of Economic Sociology. Princeton – New York: Princeton University Press, p. 77-107.
WILLIAMSON, O. E.; WINTER, S. G. (Orgs.) (1996). La Naturaleza de la Empresa: Orígenes, Evolucíon y Desarrollo. México: Fondo de Cultura Económica, p. 03-84.
ZAFIROVSKI, M. (1999). Economic Sociology in Retrospect: In search of its identity within economics and sociology. American Journal of Economics and Sociology, New York, v. 58, n.4, pp.583-627, Oct.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Assume-se que em qualquer das modalidades de contribuições aceitas pela Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, ao submeter um trabalho, o(s) autor(es) se reconhece(m) como detentor(es) do direito autoral sobre ele e autoriza(m) seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído, adaptado e impresso, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original. Em caso de aprovação do trabalho para publicação, os direitos autorais (inclusive os direitos de tradução) são exclusivamente do(s) autor(es).
Os autores devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).