Resumo
INTRODUÇÃO: O consumo do álcool é um hábito pré-histórico e está incluído em muitas práticas sociais, culturais e religiosas, porém seu uso generalizado pode ter efeitos deletérios para a saúde. O isolamento e a restrição social causados pela pandemia da COVID-19 podem desencadear comportamentos de risco à população, como o aumento do uso de substâncias ilícitas com destaque para as bebidas alcoólicas.
OBJETIVOS: Investigar o padrão de consumo de bebidas alcoólicas entre a equipe de enfermagem em dois hospitais referência no atendimento da COVID-19.
METODOLOGIA: Trata- se de um estudo transversal em que os dados foram obtidos através de dois instrumentos: questionário semi-estruturado com variáveis sociodemográficas e Teste de Identificação dos Transtornos do Uso de Álcool (AUDIT). Estudo aprovado pelo Parecer: nº 4.130.301.
RESULTADOS: A amostra foi composta por 244 profissionais, sendo (29,1%) enfermeiros, (68,4%) técnicos de enfermagem e (2,5%) residentes de enfermagem, sexo feminino (85,7%), faixa etária entre 30 a 39 anos (35,7%), cor parda (43,9%), casados (55%). O hábito de consumo de bebida alcoólica foi de (56,6%). Houve aumento do consumo desencadeado pela pandemia da COVID-19 em (7,4%). As bebidas mais consumidas foram cerveja (44,9%) e vinho (22,4%). Entre as principais razões para o uso de álcool foi citado relaxamento (16,7%), em seguida de socializar (11,6%) e em momento de lazer ou recreação (9,7%). Conforme a pontuação final do AUDIT (13,1%) dos profissionais de enfermagem apresenta uso de risco para o álcool.
CONCLUSÃO: A análise revela que o padrão de consumo de bebidas alcoólicas aumentou durante a pandemia da COVID-19, sendo necessários novas pesquisas futuras para avaliar a formulação de novas políticas públicas de saúde.
Palavras-Chave: Bebidas alcoólicas; Pandemia; Enfermagem.