Resumo
PALAVRAS CHAVES
Epidemiologia dos serviços de saúde, Síndrome Respiratório Aguda Grave, Pandemias por COVID-19, Séries Temporais
APROVAÇÃO DO CEP
Parecer Consubstanciado do CEP Nº4637284, de 08 de abril de 2021
INTRODUÇÃO
A pandemia por COVID-19 se manifestou por flutuações no quantitativo de casos e óbitos que foram denominadas “ondas”. Espera-se um efeito do início da vacinação em Minas Gerais e seus efeitos sobre as “ondas” no estado e dos óbitos de pacientes internados. OBJETIVO Verificar a tendência temporal de casos internados por COVID-19 que vieram a óbito na FHEMIG em 2020 e 2021.
METODOLOGIA
Dados quinzenais enviados pelas Unidades Assistenciais entre as Semanas Epidemiológicas 34-2020 a 26-2021 foram consolidados para análise. Para o ano de 2021, incluiu-se a Semana Epidemiológica 53 de 2020. Utilizaram-se linhas de tendência do Microsoft Excel (2016). Participaram os Hospitais Eduardo de Menezes, Júlia Kubitschek, Infantil João Paulo II, João XXIII, Regional de Barbacena, Regional João Penido e Regional Antônio Dias.
RESULTADOS
Verificou-se uma média móvel de número de casos internados por COVID-19 na FHEMIG maior a partir de março de 2021 em relação a 2020. Não houve diferença na relação por sexo dentre os óbitos no período estudado. Em 2020, a proporção de óbitos em pessoas com 60 anos e mais manteve-se constante, mas observou-se queda em 2021 (R2=0,5965). A proporção quinzenal de óbitos em pessoas sem comorbidades aumentou no período 2020 a 2021 (R2=0,7420). A proporção de óbitos em pessoas residentes em município diferente da sede foi menor que no ano de 2020 entre os meses de março e maio de 2021 (medianas 68,86 e 65,05, respectivamente). As taxas de letalidade se mantiveram constante em 2020. Em 2021, verificou-se queda na taxa de letalidade hospitalar e por utilização de VM, e aumento na taxa de letalidade por internação em CTI (R2=0,5942, R2=0,6541 e R2=0,6666, respectivamente).
CONCLUSÃO
Nos hospitais da FHEMIG onde ocorreram óbitos por COVID-19, observou-se alteração no comportamento dos dados quando se comparou 2020 e 2021. Em especial, verificou-se aumento na proporção de óbitos sem comorbidades e diminuição dentre os pacientes de 60 anos e mais, possivelmente pela maior gravidade dos casos internados e pela introdução da vacina no início de 2021.